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Edições anteriores
Artigos publicados na edição nº 54 Ano 08 de Junho de 2012
Autor: José Gustavo Bononi
Palavras-chave | Resumo

Autor: Emerson Ike Coan
Palavras-chave | Resumo

Autora: Julia Cerqueira Gumieri
Palavras-chave | Resumo

Autor: Vagner José Moreira
Palavras-chave | Resumo

Autora: Elenice Silva Ferreira
Palavras-chave | Resumo

Autora: Pâmela de Almeida Resende
Palavras-chave | Resumo

Artigos publicados na edição nº 53 Ano 08 de Abril de 2012
Autor: Aldrin Moura de Figueiredo
Palavras-chave | Resumo

Autor: Ronaldo Salvador Vasques
Palavras-chave | Resumo

Autor: Eliza Bachega Casadei
Palavras-chave | Resumo

Autora: Larissa Sousa de Carvalho
Palavras-chave | Resumo

Autores: Regina Célia Lima Caleiro
Autores: João Lucas Fagundes Versiani Gusmão
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Autora: Luciana Andrzejewski
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Artigos publicados na edição nº 52 Ano 08 de Fevereiro de 2012
Autor: Josimar Faria Duarte
Palavras-chave | Resumo

Autores: Ana Eugênia Nunes de
Fernando Henrique do Vale
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Autor: Carlos Gregório dos Santos Gianelli
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Autora: André Dela Vale
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Autor: Rodrigo Alberto Toledo
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Artigos publicados na edição nº 51 Ano 07 de Dezembro de 2011
Autor: Luiz Fernando Veloso Nogueira
Palavras-chave | Resumo

Autores: Isabel Maria Alves Mezzalira
Ornella Regina Flandoli
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Autor: Gustavo Querodia Tarelow
Palavras-chave | Resumo

Autora: Maíra Rosin
Palavras-chave | Resumo
Artigos publicados na edição nº 50 Ano 07 de Outubro de 2011
Autora: Micheline Reinaux de Vasconcelos
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Autor: Daniel Precioso
Palavras-chave | Resumo

Autores: Camila Guidini Camargo
Aires Zitkoski
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Autor:Magno Francisco de Jesus Santos
Palavras-chave | Resumo

Autor: Elis Regina Barbosa Angelo
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Artigos publicados na edição nº 49 Ano 07 de Agosto de 2011
Autora: Andrea Silva Domingues
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Autora: Ane Luíse Silva Mecenas
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Autor:Robson Roberto da Silva
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Autor:Nielson Rosa Bezerra
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Autores: Catiane Matiello
Autores: Gilson Leandro Queluz
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Autora: Olga Suely Teixeira
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Artigos publicados na edição nº 48 Ano 07 de junho de 2011
Autores: Marcos Pereira Coelho João
Paulo Pereira Coelho
Vanessa Alves Bertolleti
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Autor: Rodrigo Cardoso Soares de Araujo
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Autor:Adalberto Coutinho de Araújo Neto
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Autores:Fernando Arthur de Freitas Neves
José Maia Bezerra Neto
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Autora: Marco Antonio Brandão
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Autora: Maria Izilda Santos de Matos
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Artigos publicados na edição nº 47 Ano 06 de abril de 2011
Autor: Janes Jorge
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Autora: Elenita Malta Pereira
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Autor:Rodrigo Christofoletti
André Müller de Mello
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Autora:Dora Shellard Corrêa
Palavras-chave | Resumo

Autora: Rosicleide Rodrigues Garcia
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Artigos publicados na edição nº 46 Ano 06 de fevereiro de 2011
Autora: Fabiana Schleumer
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Autor: Manoel Batista do Prado Junior
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Autor: Allan Thomas Tadashi Kato
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Autora:Cristiane Batista da S. Santos
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Autora: Mariana Alice Pereira Schatzer Ribeiro
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Autora: Elenice Silva Ferreira
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Artigos publicados na edição nº 45 Ano 07 de dezembro de 2010.
Autora: Maria de Fátima A. Di Gregorio
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Autor: Azemar dos Santos Soares Júnior
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Autor: Rafael Cardoso de Mello
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Autora: Priscila Kaufmann Corrêa
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Autora: Mônica Karawejczyk
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Autora: Jéssica Ferraz Juliano
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Autora: Maria Izilda Santos de Matos
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Artigos publicados na edição nº 44 Ano 06 de outubro de 2010.
Autor: Raul Coelho Barreto Neto
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Autor: Prof. Dr. Antonio Emilio Morga
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Autor: Felipe Augusto de Bernardi Silveira
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Autor: Rubens Leonardo Panegassi
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Autor: Silvio Ferreira Rodrigues
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Autora: Regina Célia Lima Caleiro
Késia Tavares Celestino2
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Artigos publicados na edição nº 43 Ano 06 de agosto de 2010.
Autor: Antonio Carlos Gaeta
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Autor: André Oliva Teixeira Mendes
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Autora:Isabel Rodrigues de Morais
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Autora: Lucieni de Menezes Simão
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Autoras: Mariana Cunha Pereira
Noeci Carvalho Messias
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Autora:Luciene Pereira Carris Cardoso
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Artigos publicados na edição nº 42 Ano 06 de junho de 2010.
Autora: Priscila de Lima
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Autora: Flaviane Ribeiro NASCIMENTO
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Autor:Gustavo Pinto de SOUSA
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Autor: André Carlos dos Santos
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Autor: Heitor Pinto de Moura Filho
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Artigos publicados na edição nº 41 Ano 06 de abril de 2010.
Autora: Denise A. Soares de Moura
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Autor: Fernando Prestes de Souza
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Autora: Ivone Salgado
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Autora: Viviane Lima
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Autor: Francivaldo Alves Nunes
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Autor: Filipe Cordeiro de Souza Algatão
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Artigos publicados na edição nº 40 Ano 06 de fevereiro de 2010.
Autora: Fernanda de Freitas Dias
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Autor: Edson Roberto de Jesus
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Autor: Rodrigo Linhares
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Autor: Tiarajú D’Andrea
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Autor: Amailton Magno Azevedo
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Autor: Francisco de Assis Santana Mestrinel (Chico Santana)
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Artigos publicados na edição nº 39 Ano 05 de dezembro de 2009.
Autora: Vera Lucia Vieira
Palavras-chave | Resumo

Autor: Nilo Dias de Oliveira
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Autora: Luciana da Conceição Feltrim
Palavras-chave | Resumo                                      

Autores: Felipe Morelli Machado
               Luciano Deppa Banchetti
Palavras-chave | Resumo

Autora: Monique Félix Borin
Palavras-chave | Resumo

Autor: Heber Ricardo da Silva
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Artigos publicados na edição nº 38 Ano 05 de novembro de 2009.
Autora: Giselle Cristina dos Anjos Santos
Palavras-chave | Resumo

Autores: Humberto Perinelli Neto
               Jorge Luiz de França
Palavras-chave | Resumo

Autor: João Valério Scremin
Palavras-chave | Resumo                                      

Autor: Bergman de Paula Pereira
Palavras-chave | Resumo                                      

Autores: Catarina de Oliveira Buriti
               José Otávio Aguia
Palavras-chave | Resumo

Autor: José Maia Bezerra Neto
               Sidiana da C. Ferreira de Macêdo
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Artigos publicados na edição nº 37 Ano 05 de agosto de 2009.
Autor: Fábio Silva Tsunoda
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Autor: Juliano Tiago Viana de Paula
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Autor: Paulo de Assunção
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Autora: Vera Nathália Silva de Tarso
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Autores:Rafael Chambouleyron e Raimundo Moreira das Neves Neto.
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Autor: Ivan Ducati
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Artigos publicados na edição nº 36 Ano 05 de junho de 2009.
Autor: Alexandre Tavares do Nascimento Lira
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Autores: Pádua Fernandes e Diego Marques Galindo
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Autor: Rogério Ivano
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Autora: Maíra Carvalho Carneiro Silva
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Autor: Cássio Santos Melo
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Autor: Francivaldo Alves Nunes
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Artigos publicados na edição nº 35 Ano 05 de abril de 2009.
Autor: Júlio César Medeiros da Silva Pereira
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Autor: Sandor Fernando Bringmann
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Autor: Luís Antônio Francisco de Souza
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Autora: Eliane Mimesse
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Autora: Ana Carolina Vendrusculo de Sousa
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Autor: Rafael Navarro Costa
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Artigos publicados na edição nº 34 Ano 05 de janeiro de 2009.
Autora: Maria da Penha Smarzaro Siqueira
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Autora: Cibélia Renata da Silva Pires
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Autor: Aristeu Elisandro Machado Lopes
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Autor: Leandro Brunelo
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Autora: Renata Fratini
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Autor: Luiz Gustavo Lima Freire
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Artigos publicados na edição nº 33 Ano 04 de outubro de 2008.
Autora: Patrícia Ferreira dos Santos
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Autor: Sérgio C. Fonseca
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Autor: Maurício de Fraga Alves Maria
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Dossiê "Democracias X Autoritarismos"

Autora: Larissa Rosa Corrêa
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Autora: Cátia Faria
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Autor: Rodrigo de Souza Pain
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Artigos publicados na edição nº 32 Ano 04 de agosto de 2008.
Autor: Humberto Perinelli Neto
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Autor: Rodrigo Modesto Nascimento
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Autor: Daniel Precioso
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Autora: Loiva Canova
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Autora: Regina M. A. Machado
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Autora: Elisa Maria Verona
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Artigos publicados na edição nº 31 Ano 04 de junho de 2008.
Autor: Danilo Wenseslau Ferrari
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Autor: Alexandre Pianelli Godoy
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Autora: Isabela Candeloro Campoi
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Autora: Marina Gusmão de Mendonça
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Autor: Luis Carlos dos Passos Martins
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Artigos publicados na edição nº 30 Ano 04 de abril de 2008.
Autor: Marcos Roberto de Faria
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Autor: Antonio Marcelo Jackson F. da Silva
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Autora: Zuleika Stefânia Sabino Roque
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Autora: Cibélia Renata da Silva Pires
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Autor: Marcos Paulo da Silva
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Autor: Heber Ricardo da Silva
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Autor: Paulo Henrique do Nascimento
Palavras-chave | Resumo
Artigos publicados na edição nº 29 Ano 04 de janeiro de 2008.
A Câmara da Vila de São Paulo como manifestação da sociedade civil – Benedito Prezia volta-se ao estudo da atuação da Câmara Municipal nos primórdios da cidade de São Paulo.
A gripe espanhola na cidade de São Paulo – A epidemia que assola a cidade em 1918 é o foco do estudo de Leandro Carvalho Damacena Neto, que trabalha as alterações do cotidiano na “metrópole do café” provocadas pela doença.
Projetos e iniciativas sobre a habitação popular em São Paulo - Simone Lucena de Cordeiro dirige sua análise à habitação popular na cidade pensada e construída nos anos 40 e 50, mostrando os confrontos de idéias e de soluções.
Artigos publicados na edição nº 28 Ano 03 de dezembro de 2007.
Histórias recontadas: imigrantes judias, empresárias em São Paulo (1945-1956) – gênero e tradição judaica na análise das trajetórias de mulheres imigrantes judias é o foco da análise de Marie Felice Weinberg.
Educação e catequese na formação de São Paulo – Felipe Narita relaciona a instituição educacional Casa dos Meninos de Piratininga, colégio jesuítico, com a fundação, o povoamento e o desenvolvimento da São Paulo colonial.
As “bexigas” e a introdução da vacina antivariólica em São Paulo - Luis Soares de Camargo volta-se à história da saúde em São Paulo, observando surtos de varíola na cidade e as ações de cura pela vacina jenneriana.
Artigos publicados na edição nº 27 Ano 03 de novembro de 2007.
Os Juízes de Órfãos e a institucionalização do trabalho infantil
Gislane Azevedo apresenta um estudo sobre os Juizados de Órfãos e seu envolvimento nas questões relativas aos menores e ao trabalho compulsório no século XIX.
Café, ferrovias e crescimento populacional
Diego de Carvalho estuda o papel da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil na expansão da cafeicultura e no crescimento populacional do noroeste paulista.
Virgindade, moralidade e honra
Edivilson Rafaeta analisa processos-crime de defloramento da cidade de Piracicaba entre 1908 e 1926.
Artigos publicados na edição nº 26 Ano 03 de outubro de 2007.
Trabalhadores e os doutores da lei
Larissa Rosa Corrêa analisa a atuação de alguns advogados sindicais paulistas como elo de ligação entre os trabalhadores e a Justiça do Trabalho entre os anos de 1953 e 1964.
Escravos no novo oeste paulista
Guilherme Valente estuda a exploração de mão-de-obra negra na região de Jaú no século XIX, nas fazendas Madaguahy e Riachuelo, através de documentação do Cartório de Notas e Protestos.
“Furiosos” e “incuráveis”
Cláudia Tomaschewski escreve sobre os loucos na Santa Casa de Misericórdia de Pelotas (RS) entre 1848 e 1908, um problema ignorado pela medicina, tomado como do âmbito da caridade e do controle social.
Artigos publicados na edição nº 25 Ano 03 de setembro de 2007.
Horrorosos, atrasados, incivilizados e degenerados
Henrique Sugahara observa a difamação dos feiticeiros negros, curandeiros e cartomantes, promovida pela imprensa paulistana e pela elite republicana no início do século XX.
Sociedade Promotora da Imigração
Ivison Poleto busca analisar o processo de formação da instituição responsável por promover a imigração estrangeira para São Paulo e as influências da elite cafeeira sobre as ações da Sociedade.
Mato Grosso – o embate da memória
Andréia Heinst trata da identidade matogrossense, construída sobre o discurso do paulista civilizador da abundante natureza do Mato Grosso. Contrasta com a memória construída em relatos orais.
Artigos publicados na edição nº 24 Ano 03 de agosto de 2007.
Tecnologia e Espiritualidade
O autor apresenta neste artigo uma refinada análise sobre a utilização das mídias contemporâneas pela igreja e o papel que elas desempenham nessa dinâmica de manutenção da fé.
Futebol e Identidade no Brasil
Neste texto podemos apreciar o desenvolvimento histórico do futebol, esporte que surge no início do século XX, enquanto um dos elementos privilegiados da identidade nacional.
Guerra Fria, OVNIs e Cinema
Podemos apreciar aqui a intrigante relação entre o contexto da Guerra Fria, a crença na existência de extra-terrestres e sua representação no cinema norte-americano na década de 50.
Artigos publicados na edição nº 23 Ano 02 de julho de 2007.
Franz Kafka e a política brasileira
O autor coloca em paralelo alguns aspectos da recepção de textos kafkianos com algumas notas sobre a política brasileira do final dos anos 60 e durante a década de 70.
A Exceção como Regra
A divisão das administrações nacionais em três poderes é comum nos paises ocidentais. Mas o que acontece quando um regime de exceção tenta usar um deles para legitimar o Terror?
Irmandade São Miguel e almas
O objetivo do artigo é analisar as novas práticas fúnebres do final do século XIX na cidade de Porto Alegre, realizadas pela irmandade São Miguel e almas. Inicia-se aqui o processo de higienização da morte.
Artigos publicados na edição nº 22 Ano 02 de junho de 2007.
Santo Antônio do Corvello
O artigo mostra como o Arraial de Santo Antônio do Corvello apesar de ser um pequeno povoado perdido nas imensidões dos sertões das Gerais, estava bem próximo das preocupações metropolitanas.
Gripe espanhola
O autor analisa as relações conflituosas entre cultura erudita e popular através do estudo da gripe espanhola em São Paulo, apontando para o confronto entre o saber médico e o saber tradicional na cura das doenças.
Artigos publicados na edição nº 21 Ano 02 de abril/maio de 2007.
Preconceito em Sorocaba e Médio Tietê
Carlos Carvalho Cavalheiro escreve um instigante artigo colocando em discussão a presença do preconceito e as práticas de resistência em Sorocaba e no médio Tietê.
Surgimento do Candomblé
André Sekkel Cerqueira escreve sobre as características da cultura africana no Brasil detendo-se no candomblé e analisando os significados desta forma de religiosidade.
Violência contra a mulher
Tânia Pinafi apresenta um histórico sobre o surgimento da desigualdade de gêneros discutindo também as atuais políticas públicas que tratam das práticas de violência contra a mulher.
Artigos publicados na edição nº 20 Ano 02 de março de 2007.
A polêmica no final do oitocentos brasileiro
Milena da Silveira Pereira faz uma análise sobre a literatura do século XIX, atentando para as rivalidades entre os intelectuais da época e para o papel da polêmica.
A Igreja e os usos políticos do passado
Alfredo César da Veiga estuda a relação entre a Igreja Católica, suas correntes modernizadoras e o uso, por parte de ambas, do passado como meio justificador de suas ideologias.
Artigos publicados na edição nº 19 Ano 02 de fevereiro de 2007.
Trajetórias Cruzadas
Lívia Maria Botin discute as intervenções do Juizado de Órfãos acerca da infância abandonada nas últimas décadas do regime imperial (1870-1889).
Belém da borracha
Cristina Donza Cancela investiga as relações sociais que foram redefinidas a partir da fortuna gerada da extração de recursos naturais.
A influência militar na Primeira República
Daniela Meira Cotrim analisa o papel do militarismo e do movimento tenentista na política brasileira no período de 1922 a 1930.
Artigos publicados na edição nº 18 Ano 02 de janeiro de 2007.
História e Civilização na Revista Nitheroy
Lílian Martins de Lima analisa de que modo os conceitos de “história” e “civilização” são trabalhados na Revista Nitheroy de 1836.
O corpo e as mazelas do corpo: aprendendo pelo olhar
A partir de uma fotografia, Alfredo César da Veiga discorre sobre a apreensão da arte pós-moderna pela sociedade e o papel que ela exerce nesse contexto.
Ferroviários e Tenentes (1932 - 1934)
Adalberto Coutinho de Araújo Neto investiga o relacionamento entre ferroviários da Estrada de Ferro Sorocabana e uma certa parcela do tenentismo no estado de São Paulo.
Artigos publicados na edição nº 17 Ano 02 de dezembro de 2006.
Há uma cultura genuinamente brasileira?
Carlos Eduardo França de Oliveira analisa a identidade nacional ao estabelecer um diálogo entre os discursos dos autores Antonio Candido e Roberto Schwarz.
Autoritarismo político e institucionalidade democrática
Francisco Fonseca trata do papel da imprensa no período de consolidação da democracia no Brasil pós-ditadura.
A colonização do Planalto gaúcho por empresas privadas – Rosane Márcia apresenta o processo de desenvolvimento dessa região, além de retratar como se estabeleciam as ocupações e comércio de terras no século XIX.
Artigos publicados na edição nº 16 Ano 02 de novembro de 2006.
Conservatório Dramático e Musical
Elizabeth Ribeiro Azevedo reflete sobre o papel pioneiro dessa escola, além de trazer informações precisas sobre a sua história, os cursos ministrados e professores.
Um discurso sobre o Brasil
Lílian Martins de Lima versa sobre a construção de uma identidade nacional por meio da literatura brasileira e uma análise do jornal Minerva Brasiliense, do Rio de Janeiro.
Quando o homem domina o tempo: a gênese de mitos modernos – Emilio Cordeiro discorre sobre o surgimento da geração beatnik, por meio dos livros Pé na Estrada, de Jack Kerouac e O uivo, de Allen Ginsberg.
Artigos publicados na edição nº 15 Ano 02 de outubro de 2006.
Simplificação ou complexidade da escrita?
Renata Ferreira Costa faz um estudo sobre abreviaturas retiradas do manuscrito Memória Histórica da Capitania de São Paulo e todos os seus Memoráveis Sucessos.
Narrativa e conhecimento histórico
Carlos Eduardo França de Oliveira aponta várias aproximações entre história e literatura, selecionando perspectivas de diferentes autores e os critérios para a tentativa de diferenciá-las.
Fontes para a História da Imprensa Católica Popular no Brasil – Marcos Gonçalves analisa as características e o papel da revista Ave Maria, fundada no final do século XIX, e que circula até os dias de hoje.
Artigos publicados na edição nº 14 Ano 02 de setembro de 2006.
A pesca na cidade de São Paulo, 1890-1940
Janes Jorge percorre os principais rios de São Paulo, principalmente o rio Tietê, descrevendo os modos de pesca desde José de Anchieta até o século XX.
A Ditadura das Imagens
Adilson José Gonçalves apresenta os dois lados da moeda da imprensa utilizada na Ditadura Militar: dos panfletos da resistência aos arquivos da CIA.
A imprensa negra em São Paulo no início do século XX
Pedro de Souza Santos reflete sobre o papel da imprensa negra como forma de educar e promover a integração dos negros na sociedade.
Artigos publicados na edição nº 13 Ano 02 de Agosto de 2006.
Uma história possível
Janaína Lacerda expõe várias abordagens sobre instrumentos científicos como fonte para a história da ciência.
Trajetória da luta operária em Sorocaba: a greve de 1917
Isabel Cristina Caetano Dessotti destaca o movimento grevista aos olhos do jornal Cruzeiro do Sul.
Acerca da História e da Memória
Fabiano Junqueira de Freitas e Paula Lou Ane Matos Braga apontam questões sobre a memória individual e coletiva em contraponto à historiográfica.
Artigos publicados na edição nº 12 Ano 02 de julho de 2006.
O bestiário nas escolas do norte europeu
Sandra Daige Antunes Corrêa Hitner descreve as figuras fantásticas produzidas pela imaginação do homem da Idade Média no norte europeu.
A história da invenção do avião
Ilton José de Cerqueira Filho aborda toda trajetória de Santos Dumont até a conquista do primeiro vôo de um objeto mais pesado que o ar, o 14-bis.
Progresso e civilização à luz ultramontana
Mauro Dillmann Tavares disserta sobre como as autoridades religiosas utilizavam os periódicos eclesiásticos para difundir as ideologias católicas no Sul do Brasil.
Artigos publicados na edição nº 11 Ano 01 de junho de 2006.
Memórias de mulheres católicas
Vanessa Ribeiro Simon Cavalcanti descreve o universo feminino católico entre as décadas de 1920 e 1940, a partir de relatos de ex-alunas do Colégio Sion, de São Paulo.
Educação, trabalho e juventude
Maria Angela Borges Salvadori retoma o processo de criação da malha ferroviária em São Paulo, a partir do processo de formação e trabalho de jovens ferroviários.
Artigos publicados na edição nº 10 Ano 01 de maio de 2006.
Lituanos e seus descendentes
Eliane Sebeika Rapchan investiga a preservação da identidade nacional na comunidade lituana residente no Brasil, especialmente em São Paulo.
Repressão e punição nas Minas setecentistas
André Nogueira e Fernando Gaudereto Lamas discutem os métodos e as razões para a repressão e a punição na América portuguesa durante o século XVIII.
A cidade de São Paulo no século XIX
Paulo de Assunção relata como desenvolvimento urbano de São Paulo exigiu a expansão do número de ruas e pontes e como se deu essa transformação.
Artigos publicados na edição nº 9 Ano 01 de abril de 2006.
Imigração Italiana
Miriam de Oliveira Santos analisa a imigração Italiana para o Rio Grande do Sul no século XIX, levando em conta as origens do processo migratório e suas principais facetas no Brasil.
A procissão do Senhor Morto
Bárbara Caldeira analisa as relações de poder entre a liturgia, as comemorações populares e os governantes, tendo como objeto de estudo a procissão do Senhor Morto.
Escravidão e Liberdade nos tribunais
Adriana Pereira Campos debate a antecipação do conteúdo da Lei do Ventre Livre e dos Sexagenários nas decisões de magistrados da Comarca de Vitória no Espírito Santo.
Artigos publicados na edição nº 8 Ano 01 de março de 2006.
Povoamento e colonização da Zona da Mata Mineira
O texto de Fernando Gaudereto Lamas aponta e discute algumas questões relativas ao povoamento, no século XVIII, da atual Zona da Mata mineira.
O açúcar no Norte Fluminense
Paulo Paranhos relata o surgimento e desenvolvimento da atividade açucareira no norte Fluminense, o que revela o importante papel dessa na história brasileira.
A Influência da medicina legal em processos crimes de defloramento
João Valerio Scremin analisa o modo como os laudos médicos presentes nestes processos interferiram no julgamento dos acusados.
Artigos publicados na edição nº 7 Ano 01 de dezembro de 2005.
CANAL 100
Paulo Maia conta a história do periódico cinematográfico mais importante da segunda metade do século XX.
Apologia da “barbárie”
A compreensão da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP) sobre a neomissiologia católica, sob a perspectiva da questão dos povos indígenas.
Primeiros núcleos Coloniais
Paulo Paranhos mostra as etapas de formação regional em Minas Gerais, conduzida pela descoberta da mineração, destrinchando as questões elementares do desenvolvimento daquele Estado.
Artigos publicados na edição nº 6 Ano 01 de outubro de 2005.
CONTRIBUIÇÃO METODOLÓGICA
O artigo de Maria Lucília Viveiros Araújo apresenta os métodos e os procedimentos relacionados ao uso dos testamentos.
Os Refugiados
O artigo de Julia Bertino Moreira traz a questão do refugiado, relatando os motivos que levaram ao seu surgimento no mundo e a posição do Brasil em relação a essas pessoas.
Burguesia de pés descalços
O texto de Agnaldo de Sousa Barbosa trata da origem do empresariado no interior paulista – indústria de calçados –, da passagem de um processo que era todo artesanal para o emprego das máquinas.
Artigos publicados na edição nº 5 Ano 01 de setembro de 2005.
REPRESENTAÇÕES DA LIBERDADE
Denise Bernuzzi de Sant`Anna expõe um pouco da história do corpo e da liberdade física.
Trabalho, migração e lutas sindicais
Este artigo fala da importância dos imigrantes – os chamados “baianos”, apesar de não terem nascido na Bahia – no momento em que o país começava a se industrializar e o preconceito em relação a eles.
Brasil na Guerra do Vietnã?
O artigo trata do quase envolvimento militar do Brasil na Guerra do Vietnã (1964-1973), mostrando as origens do conflito e as razões estratégicas do regime militar que impediram a entrada de tropas brasileiras.
Artigos publicados na edição nº 4 Ano 01 de agosto de 2005.
A CODICOLOGIA E OS RECLAMES
O artigo de Elizangela Nivardo Dias visa a apresentar a Codicologia e a inserção dos reclames nesta ciência.
Companhia Sorocabana
Bianca Barbagallo Zucchi trata da criação do curso de ferroviários da CIA Sorocabana na década de 1930.
Gravuras de Albrecht Dürer
Sandra Daige Antunes Corrêa Hitner apresenta um trabalho inédito no Brasil: uma investigação científica das gravuras de Albrecht Dürer utilizando métodos laboratoriais.
Artigos publicados na edição nº 3 Ano 01 de julho de 2005.
CONFLITOS SEXUAIS
Daniela Meira Cotrim expõe o problema que preocupava a sociedade piracicabana do início da República.
Discursos Intolerantes
O texto de Claudia de Moraes Souza trata da Educação Rural, resgatando a origem dessa iniciativa e mostrando os reais objetivos do Estado em relação a esse projeto.
A Plebe sob a Perspectiva de Sêneca
Luciane Munhoz de Omena apresenta uma análise das relações de poder entre a plebs e o imperator de Roma, mostrando os aspectos da negociação entre estes.
Artigos publicados na edição nº 2 Ano 01 de junho de 2005.
TERRAS E IMIGRAÇÃO
Kátia Cristina Petri fala da ligação entre a imigração, a distribuição de terras entre colonos e os núcleos de café.
Lei de Terras de 1850
O texto de José Luiz Cavalcante trata da Lei de Terras de 1850, mostrando o que levou à criação dessa Lei e o que ela afirmava.
Sesmarias e Posse de Terras
Este artigo de Mônica Diniz expõe como funcionava o sistema de sesmarias e a política fundiária utilizada pelos portugueses para assegurar a colonização do Brasil.
Artigos publicados na edição nº 1 Ano 01 de abril de 2005.
DO REGISTRO À SEDUÇÃO
Daniela Palma faz um precioso relato acerca do uso da imagem na publicidade no início do séc XX.
Conservação e Preservação de Coleções Fotográficas
Marli Marcondes traz um panorama histórico da fotografia e fala sobre os percalços da preservação fotográfica.
Moradia Popular na Cidade de São Paulo (1930-1940)
Simone Lucena Cordeiro narra a trajetória dos primeiros problemas habitacionais em São Paulo, como o surgimento de cortiços e a falta de planejamento urbano.
Professor de Filosofia e Antropologia na Universidade Federal de Alfenas – MG. Bacharel e Licenciado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC/MG; Mestre e doutorando em Educação: História, Política, Sociedade na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP, onde, desde o mestrado, pesquisa os jesuítas nos séculos XVI e XVII, sob a orientação da Profª. Dra. Maria Rita de Almeida Toledo. E-mail para contato: marcosfaria07@yahoo.com.br
Jesuítas - missão - conflitos
A intenção primeira deste artigo é apontar a ligação entre o poder remetido aos jesuítas pela legislação indígena do final do século XVI e os conflitos com a sociedade colonial que se acirram a partir daí. Nesse sentido, o presente trabalho resgata alguns excertos dessa legislação e expõe os relatos da expulsão dos missionários do Colégio de São Paulo em 1640. As contradições da missão jesuítica aparecem, sobretudo, no envolvimento dos padres com a administração temporal das aldeias e o conseqüente conflito com os colonos. O objetivo deste artigo é, portanto, descrever a situação conflituosa na qual se encontram os jesuítas, fazendo uso dos documentos que se constituem a base para a presente publicação.
Bacharel em História pela UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), Mestre e Doutor em Ciência Política pelo IUPERJ (Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro). Professor- pesquisador do UGB (Centro Universitário Geraldo Di Biase), da FACEV/FAA (Faculdade de Ciências Econômicas de Valença) e Avaliador de Cursos de Graduação do INEP (Instituto de Estudos e Pesquisas em Educação Anísio Teixeira). Autor, entre outros, dos livros Contos da Casa: a história e a história da Coleção Casa dos Contos )Brasília: Ministério da Fazenda, 1999) e Inventário da Correspondência de João Rodrigues de Macedo (Rio de Janeiro, Madri: Biblioteca Nacional, Fundaciòn Mapfre Tavera), além de artigos em periódicos científicos. e-mail: amjfs@yahoo.com.br
Brasil Império – Partidos Políticos – Poder Moderador
O texto analisa o equilíbrio e desequilíbrio político nas relações entre o Imperador Dom Pedro II e as correntes ideológicas que atuavam dentro dos partidos políticos no Império – em particular, a crise de 1868.
Bacharel em História pela Universidade do Vale do Paraíba (2001); Mestre em História Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2007), Doutoranda em História Social pela PUC/SP. Atualmente pertence ao Quadro Efetivo da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo e desenvolve pesquisas sobre as políticas públicas de Educação e Saúde nos anos finais do Império e primeira metade do século XX. É membro do Núcleo de Estudos Culturais Histórias, Memórias e Perspectivas do Presente (PUC/SP).
Escolas - Cotidiano - Império
Compreender como se processou a Educação Pública no município de São José dos Campos. Buscar através das fontes, os setores sociais que compunham as camadas sociais e trazer à tona conflitos de interesses, o perfil de quem administrava e freqüentava tais espaços e de quem se apropriava deles foram alguns dos questionamentos que perseguimos no intuito de elucidar a tessitura social e a complexidade das categorias de análise do público e do privado.
Formada em Letras (bacharelado e Licenciatura) pela USP. Atualmente faz mestrado em Filologia e Língua Portuguesa com bolsa Capes, sendo orientada pelo profº Manoel Mourivaldo Santiago de Almeida e participa do projeto de pesquisa da USP intitulado “Formação e expansão do português paulista ao longo do Rio Tietê até o Mato Grosso a partir do século XVI” que está sendo financiado pela Fapesp sob a coordenação do profº Ataliba T. de Castilho. Além disso, atua na área de monitoria PAE (Programa de Aperfeiçoamento de Ensino) pela USP na área de Fonética e Fonologia.
Piracicaba - manuscritos - século XIX
Este estudo faz parte de um projeto de pesquisa da USP intitulado “Formação e expansão do português paulista ao longo do Rio Tietê até o Mato Grosso a partir do século XVI”, sob a coordenação do professor Ataliba Teixeira de Castilho. Sendo parte de uma pesquisa maior, procurou-se dar ênfase em apenas um período histórico de uma determinada região, no caso Piracicaba. Para isso foram consultados diversos documentos do século XIX desta região presentes na seção de manuscritos do Arquivo Público do Estado de São Paulo. Baseando-se nos documentos da época, este artigo pretende mostrar como se deu o processo de urbanização de Piracicaba no século XIX e de que maneira a política cooperou para esse desenvolvimento.
Jornalista e mestre em Comunicação pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus de Bauru-SP. E-mail: silva_mp@uol.com.br
Jornalismo - Segunda Guerra Mundial - Comunismo - Integralismo
O artigo tem como proposta debater as representações criadas ao redor do imaginário do comunismo durante o ano de 1941, período marcado pela Segunda Guerra Mundial, por um jornal interiorano paulista. Trata-se do caso do semanário O Eco, fundado em 1938, em Lençóis Paulista, cidade fortemente marcada pela imigração italiana. Com a análise, procura-se averiguar a hipótese de um possível alinhamento entre o discurso do veículo e a estratégia integralista de embate ao comunismo.
Mestre em História pela Universidade Estadual Paulista, Campus de Assis, onde defendeu a dissertação intitulada A democracia impressa. Transição do campo jornalístico e do político e a cassação do PCB nas páginas da imprensa brasileira (1945-1948). É vinculado ao Núcleo de Pesquisa Interdisciplinares de Mídia e Linguagem e à Linha de Pesquisa do CNPq intitulada Mídia e Política na História do Brasil Contemporâneo sob a orientação do professor Dr. Áureo Busetto.
Imprensa - Democracia – Campo político
Este artigo apresenta reflexões sobre as concepções de democracia emitidas pelos grandes diários liberais brasileiros no período marcado por uma dupla transição, tanto política, balizada pelo enfraquecimento da estrutura estadonovista e pelo despontar da democratização nacional, quanto jornalística, marcada pelos iniciais passos da imprensa em direção ao modelo empresarial. Dessa forma, foram pesquisados os jornais paulistas O Estado de S. Paulo, Folha da Manhã e Diário de S. Paulo e os cariocas Correio da Manhã, Jornal do Brasil e O Globo.
Bacharel e licenciado em História pela UNESP, Campus de Franca. Desenvolveu durante a graduação pesquisa sobre a Copa do Mundo de 1938 e as implicações deste evento no nacionalismo e na identidade nacional brasileira. Atualmente, desenvolve pesquisas na área de Sociologia do Esporte. É membro do GIEF (Grupo Interdisciplinar de Estudos sobre Futebol) e do Centro de Estudos Socioculturais do Movimento Humano, ambos da USP.
Nacionalismo - Identidade nacional - Era Vargas - Futebol - cultura de massa
Uma das principais características da política governamental de Getúlio Vargas, no tocante à cultura, foi atrelar elementos de uma crescente cultura popular a idéias como “nação”, “cidadania” e “brasilidade”. A Copa do Mundo de futebol, realizada em 1938 na França, foi o primeiro grande momento de entusiasmo do brasileiro com o futebol, podendo ser considerada emblemática na medida em que representou o sucesso por parte da política governamental do Estado Novo em associar elementos da cultura tida como “popular” no Brasil – e o futebol era um desses elementos – ao que de mais íntimo e peculiar haveria na “brasilidade” pensada à época.
Possui graduação em História pela UNESP / Assis e realiza pesquisa sobre intelectuais da imprensa brasileira durante a Era Vargas.
imprensa - intelectuais - revistas
O artigo consiste na reconstituição da trajetória da revista Diretrizes (1938-1944) composta, em certa medida, de acordo com as audaciosas experiências de seu principal responsável, Samuel Wainer, importante figura da imprensa brasileira. Esta atuação foi balão de ensaio para a sua futura carreira, o que certamente fez de Diretrizes uma revista de múltiplas faces. Para tanto, analisou-se não só o grupo responsável, mas também a materialidade, estrutura e demais colaboradores.
É bacharel, licenciado, mestre e doutor em história social pela PUC-SP. Professor de Prática e Metodologia do Ensino de História da UNICASTELO/SP, professor auxiliar na disciplina de Prática de Ensino de História da PUC/SP e professor colaborador nas disciplinas de Didática e Prática do Ensino Superior para o curso de extensão e especialização lato sensu da COGEAE/PUC/SP. É também membro do GT de Ensino de História da ANPUH-SP.
visualidade - notícia - camadas médias
O artigo em questão trata de documentar o estilo escrito-visual que foi a marca editorial do jornal Última Hora do Rio de Janeiro nos anos 1950. Procura interpretar o significado histórico desse estilo editorial a partir de suas notícias policiais, de sua coluna de reclamações do "leitor" e de suas colunas sociais, bem como confrontá-los com as memórias do seu proprietário, de modo que se possa lançar outro olhar sobre a importância do periódico que não aderido às explicações da política institucional que tanto marcam a época, mas do cotidiano das camadas médias que se constituíam como seu principal público-leitor e a "razão de viver" de sua escrita que expunha mais do que ocultava à precariedade daquela sociedade que começava a se massificar.
Doutora em História pela Universidade Federal Fluminense.
Adalgisa Nery - jornalismo político - Jornal Última Hora
O trabalho da escritora Adalgisa Nery no jornal Última Hora elegeu-a deputada constituinte da Guanabara, em 1960. Aspectos de sua trajetória fizeram de Adalgisa Nery uma defensora do nacionalismo getulista, assim como foi o jornal de Samuel Wainer. Procuramos mostrar seus posicionamentos políticos no colunismo diário, pontuando as inimizades e as alianças que a jornalista cultivou, tanto no jornalismo como no parlamento estadual.
Bacharel em História e em Direito pela Universidade de São Paulo; Mestre e Doutora em História Econômica pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo; Professora Titular de Formação Econômica do Brasil e Formação Econômica da América Latina da Faculdade de Economia e Relações Internacionais da Fundação Armando Álvares Penteado; autora de Progresso e autoritarismo no Brasil (Editora Pensieri), O demolidor de presidentes (Editora Códex), e Formação econômica do Brasil (Editora Thomsom), este último em colaboração com Marcos Cordeiro Pires.
Carlos Lacerda - Samuel Wainer - Jornal Última Hora
Desde o início da campanha eleitoral de 1950, que culminaria com a eleição de Getúlio Vargas para o segundo mandato (1951/1954), o sistema político brasileiro viveu uma de suas mais intensas crises, marcada por tentativas de golpe, intrigas palacianas, denúncias de corrupção, oposição sem tréguas no Congresso, campanhas de difamação na imprensa e, até mesmo, uma tentativa de impeachment do Presidente da República. Nesse clima de profunda instabilidade, uma figura se sobressaiu: trata-se do jornalista Carlos Lacerda, proprietário do periódico Tribuna da Imprensa e um dos líderes da União Democrática Nacional (UDN) que, por meio de seu jornal - e com apoio de toda a grande imprensa - moveu uma das mais violentas campanhas contra o governo, tendo como um de seus principais alvos o vespertino Última Hora, dirigido por Samuel Wainer.Os motivos pessoais e políticos que levaram Lacerda a escolher Wainer como adversário e a tentativa de destruição da Última Hora, ambos como instrumentos para atingir o inimigo maior - Getúlio Vargas -, são o objeto deste artigo.
Doutorando em História no Programa de Pós-graduação em História da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Mestre em História pela PUCRS, com a dissertação "O processo de criação da Petrobras: imprensa e política no segundo governo Vargas" (2006).
Última Hora - nacionalismo - Vargas
A criação da Petrobras (1951-1953) foi uma das questões mais polêmicas do segundo governo Vargas, envolvendo disputas político-ideológicas que colocaram em xeque a própria identificação de Getúlio com o nacionalismo econômico. O jornal Última Hora (UH) , órgão getulista, esteve diretamente envolvido nesse processo, tentando conciliar a defesa das conflitantes demandas políticas de Vargas com sua própria identidade doutrinária no universo jornalístico. Por estas razões, a análise do posicionamento da UH neste tema oferece uma interessante oportunidade para compreendermos melhor seu alinhamento ideológico e sua relação com o governo, bem como a própria relação entre imprensa e política no período.
Doutorando em História e Cultura Política (UNESP/Franca) e graduando em Letras (UNESP/S.J. Rio Preto). Professor do Centro Universitário “Barão de Mauá” (Ribeirão Preto, SP) e da Fundação Educacional de Fernandópolis (SP), onde coordena a graduação em História, o Centro de Documentação e Pesquisa (CDP) e o Projeto “Memória Regional e Local”. É membro do CEMUMC (Centro de Estudos da Modernidade e Urbanização no Mundo do Café) e do GT “História Cultural” (UEG/UFRGS). Contato: perinellineto@yahoo.com.br
Companhia Paulista de Estradas de Ferro e Fluviais – Circuito Mercantil do Gado – Conselheiro Antônio de Almeida Prado
Este artigo visa apresentar o interesse que existia por parte dos diretores da Companhia Paulista de Vias Férreas e Fluviais em bem aproveitar as oportunidades oferecidas pela pecuária, atividade econômica praticada fortemente nas divisas do próprio Estado de São Paulo e nas terras circunvizinhas e situadas nos Estados de Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. Com isso, questionamos a vinculação realizada de modo absoluto entre avanço ferroviário pelo interior paulista e plantio cafeeiro, apontando, ao invés disso, a flexibilidade dos paulistas quanto ao investimento de seus capitais.
É graduado e mestre em História pela Universidade Estadual Paulista - Campus de Assis. Atualmente é professor do curso de graduação em História da Universidade Estadual do Norte do Paraná - Campus de Jacarezinho.
Marília – Público e Privado – Patrimônio Cultural
Neste artigo, pretendemos analisar as relações entre o público e o privado através da preservação da memória, selecionando o estudo sobre o processo de tombamento da casa da rua Dom Pedro, n° 87 em Marília – São Paulo. Esse processo está localizado no Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Cultura que institui o acervo de bens culturais do Estado de São Paulo.
Mestrando em História (UNESP - Franca) e bolsista CNPq.
Artes liberais - Homens pardos - Irmandades - Mobilidade social - Ofícios mecânicos
Esse estudo tem por objetivo a análise da inserção social de homens livres ou libertos, de ascendência africana, na sociedade mineira setecentista através do desempenho de artes liberais ou de ofícios mecânicos . Para tanto, tomamos a irmandade de São José de Vila Rica como locus de análise. Assim, nosso olhar se voltará não para as questões que envolvem a oferta e a demanda das “artes mecânicas” ao longo da reconstrução do templo, cuja provisão de autorização é de 1746, mas para trajetórias individuais de confrades que ocuparam cargos de direção no sodalício e arremataram obras do projeto de reconstrução e de ornamentação durante a segunda metade do século XVIII.
Licenciada e Bacharel em História pela Universidade Federal de Mato Grosso, em 1990. Especialista em “Semiótica da Cultura” pela Universidade Federal de Mato Grosso, em 1996. Especialista em “Metodologia da Pesquisa em História: A Capitania de Mato Grosso-Temporalidades e Espacialidades” pela Universidade Federal de Mato Grosso, em 2001. Mestre em História na área “História, Territórios e Fronteiras”, pela mesma universidade em 2003 e doutoranda do Programa de Pós-Graduação em História pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Integra o corpo docente efetivo do Departamento de História da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) desde 1994. E-mail: loiva.c@terra.com.br
Antônio Rolim de Moura - Mato Grosso - Índios
A proposta desse texto é suscitar algumas reflexões sobre a temática indígena em Mato Grosso, no governo de Antônio Rolim de Moura, definidas entre os anos de 1751 e 1765. A região do Mato Grosso, conhecida pelos colonizadores desde o início dos anos trinta do setecentos, no vale do Guaporé, constituiu-se em uma nova frente de colonização que determinou uma ocupação na bacia daquele rio. Tal estratégia colonizadora caracterizou uma política diferenciada daquela já iniciada nas minas do Cuiabá e do vale do rio Paraguai. Nesse contexto, estão os índios, que foram agentes fundamentais na definição da fronteira portuguesa na Amazônia.
Tradutora e pesquisadora do CREPAL (Centre d’études sur les pays lusophones), Doutora pela Universidade Paris3/La Sorbonne Nouvelle, tendo defendido tese sobre FICTION ET CAFÉ DANS LA VALLÉ DU PARAÏBA – TROIS ROMANS DE LA FAZENDA ESCLAVAGISTE (Ficção e café no vale do Paraíba – Três romances da fazenda escravagista).
O assunto defendido anteriormente em seu master, LE SENS DE LA NATURE DANS OS CABOCLOS DE VALDOMIRO SILVEIRA (O sentido da natureza em Os caboclos de Valdomiro Silveira), tinha despertado seu interesse pelas relações entre literatura e história no Sudeste brasileiro. Sua pesquisa voltou-se em seguida para as formas da ficção romântica tendo por tema o mundo rural dessa região e sua evolução durante o século XIX.
Vale do Paraíba – Fazenda de café – José de Alencar
Na sua fase madura, definida por seu filho como “a do político”, José de Alencar traz para a ficção os problemas e valores que orientam e preocupam a sociedade brasileira da segunda metade do século XIX. Em 1871, escreve O tronco do ipê, romance da fazenda escravagista de café do vale do Paraíba em pleno apogeu. Nele aparecerão os barões e outras figuras da hierarquia imperial, os agregados e dependentes da família patriarcal rural, senhores e escravos que constituem a sociedade brasileira em plena mutação. A fazenda ficcional de José de Alencar refletirá tanto a modernização da sociedade brasileira quanto suas origens, lendas e tradições, num contraponto de vozes provenientes da casa-grande e da cabana dos escravos.
Bacharel e licenciada em História pela Universidade Estadual Paulista. Mestre em História também pela UNESP e doutoranda do Programa de Pós-Graduação em História da UNESP, campus Franca. Linha de pesquisa: História e cultura. Bolsista Capes. E-mail: elisa.verona@bol.com.br
Romance – Reforma moral – Modelos de feminilidade
O principal objetivo desse ensaio é entender o lugar da atividade literária no Brasil do século XIX, atentando principalmente para a intenção moralizadora que foi presença marcante dentre os critérios que nortearam o pensamento crítico no período. Trataremos de algumas das condições que fizeram do romance um gênero tão apreciado e cultivado no meio cultural oitocentista e de como ele contribuiu para a disseminação da idéia de reforma moral entre os indivíduos. Por fim, pretendemos demarcar alguns padrões de escrita relacionados à noção de “natureza feminina”, para estabelecer como essa noção veiculada pelos romances contribuiu para a construção de alguns modelos de feminilidade extremamente vantajosos para a reforma moral.
Pesquisadora de História de Minas Gerais e do Brasil Colônia. Bolsista Capes para a pesquisa de doutoramento: “Carentes de Justiça: clérigos e juízes seculares e eclesiásticos na confusão de latrocínios das Minas Setecentistas”, sob orientação do Prof. Dr. Carlos de Almeida Prado Bacellar. Como pesquisadora, atua junto ao Núcleo de Estudos da Religião, vinculado à Universidade Federal de Ouro Preto, nas seguintes linhas de pesquisa: História das tradições religiosas do Brasil e História da Arquidiocese de Mariana.
Bispos – Cartas pastorais – Coroa portuguesa
Este artigo se propõe a analisar as relações de forças detectadas no campo religioso luso-brasileiro à época da expulsão dos padres jesuítas. Baseado em manuscritos pastorais, bulas papais e cartas régias, pretende-se demonstrar a complexidade do arranjo político entre a coroa e o papado para a extinção dos jesuítas e a sua repercussão no plano local da diocese de Mariana, em Minas Gerais.
Professor Doutor na Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Departamento de Psicologia e Educação.
Instituto Disciplinar – Trabalho – Menores
Em 1903, São Paulo edificou sua primeira instituição, em tempos republicanos, destinada a receber, tutelar e reeducar meninos recolhidos das ruas da capital pela polícia ou por ordem do judiciário. O Instituto Disciplinar, cujo nome mais tarde é completado pelo bairro onde existiu, foi instalado nesse ano no Tatuapé em uma antiga fazenda, dotado de um casarão, dormitórios e barracão, reformados com o fim de receber os primeiros meninos internos. Tendo em vista esse lugar atribuído e ocupado pelo Instituto, o intuito deste texto é destacar alguns dos aspectos de suas formas de atuar sobre os meninos, tornados internos, cujo propósito era regenerá-los pelo trabalho. O trabalho, como demonstra a documentação analisada neste artigo, foi o componente fundamental da disciplina imposta aos internos.
Mestrando em História e Sociedade pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus de Assis (UNESP/Assis). É vinculado à linha de pesquisa Identidades Culturais, Etnicidades e Migrações, sob a orientação da professora Dra. Flávia Arlanch Martins de Oliveira. Atualmente desenvolve pesquisa referente ao desenvolvimento do colunismo social brasileiro pós 1950 em algumas das grandes cidades brasileiras como Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba, bem como sua difusão nas cidades da região Centro-Sul do Estado do Paraná.
Colunas Sociais – Modernização – Política
O artigo em questão trata de documentar como os novos colunistas sociais brasileiros, inspirados no colunismo social norte-americano que desde a década de 1920 já desfrutava de grande prestígio nos Estados Unidos, adaptaram esse colunismo ao já praticado no Brasil, sobretudo de inspiração francesa, criando um novo gênero jornalístico brasileiro que marcou a imprensa das décadas de 50, 60 e 70 do século XX, tendo como um dos alvos principais as figuras políticas nacionais. Buscamos com isso interpretar a atuação desses colunistas sociais em meio às mudanças sociais entre as elites estadunidenses e brasileiras, sobretudo após a 2ª Grande Guerra.
Doutoranda em História Social pela UNICAMP e Funcionária do Setor Permanente do Arquivo Público do Estado.
Polícia política – DEOPS – Dossiês
Esse artigo busca apresentar parte da história do Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo – DEOPS –, por meio das atividades realizadas pelas delegacias especializadas que compunham a polícia política de São Paulo e da estrutura organizacional de seu arquivo. O conhecimento do trabalho cotidiano da repressão ao “crime político e social” desenvolvido pelos diversos setores do órgão e, principalmente, pelo Arquivo Geral, possibilita compreender o contexto em que os documentos foram produzidos. Na segunda parte, procuramos apontar algumas observações no tocante à lógica de arquivamento da série Dossiês do acervo DEOPS.
Mestre em História Social pela Universidade Fluminense e, atualmente, leciona no Curso de História da Universidade Estácio de Sá.
Ditadura – Presos políticos – Presos comuns
O Decreto-Lei 898/69, conhecido como nova Lei de Segurança Nacional, não diferenciava as ações praticadas por aqueles que se opunham à ditadura dos assaltos cometidos por bandidos. Assim, todos os enquadrados nessa lei respondiam a um Inquérito Policial Militar, eram julgados por um tribunal militar e cumpriam pena em uma galeria do presídio da Ilha Grande. Através de pesquisa documental e da História Oral, o trabalho pretende resgatar a memória e a luta dos presos políticos para que a ditadura reconhecesse sua existência.
Doutor do Programa de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (CPDA /UFRRJ); Especialista em História da África pelo Centro de Estudos Afro-Asiáticos (CEAA /UCAM); Bacharel e licenciado em Ciências Sociais e História pela PUC-RIO; Membro do Centro Angolano de Altos Estudos Internacionais (CAAEI). Endereço eletrônico para contato: rodrigo.pain@gmail.com.
Sociedade Civil Angolana – Estado – Política
O presente artigo pretende analisar os novos caminhos percorridos pela sociedade civil angolana após a passagem da Primeira República – caracterizada por um Estado de Partido Único e de economia planificada, inspirada nos ideais marxistas e leninistas –, para a Segunda República, ou seja, para uma economia de mercado multipartidária, explicitando as adversidades provindas das diversas realidades sociais, políticas e culturais do espaço territorial angolano, resultante do processo de colonização, para a formação e consolidação da democracia e da sociedade civil em Angola.
Dra. em História Econômica pela USP. Pós-Doutora em Sociologia Urbana pela Universidade Nova de Lisboa – UNL. Prof. do Programa de Pós-Graduação/Mestrado em História Social das Relações Políticas na Universidade Federal do Espírito Santo-UFES. E-mail para contato: penhasiq@hotmail.com.
Projeto colonizador – Pobreza – Misericórdia
Este artigo discute a questão da pobreza – no contexto da desigualdade social brasileira – e sua base histórica, gerada nos princípios do projeto colonizador, que ressaltava a noção de pobreza na concepção cristã, promovendo a expansão do projeto de assistência pela ação da Ordem da Misericórdia, segundo a proposta de assistência social portuguesa. Referenciamos a cidade de Vitória, onde essa Ordem exerceu papel proeminente, ultrapassando os limites temporais da sociedade colonial.
Formada em Letras (bacharelado e licenciatura) pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre e doutoranda em Filologia e Língua Portuguesa pela mesma universidade. Além disso, participa como pesquisadora do projeto de pesquisa da USP intitulado “Formação e expansão do português paulista ao longo do Rio Tietê até o Mato Grosso a partir do século XVI” que está sendo financiado pela Fapesp sob a coordenação do profº Ataliba T. de Castilho.
Piracicaba – Escola – Século XIX
O presente artigo faz parte de uma pesquisa de mestrado recentemente concluída que teve por objetivo o estudo da história social e variedade linguística em Piracicaba, região localizada no estado de São Paulo. Tomando como base a história social da região e os documentos localizados no Arquivo Público do Estado de São Paulo, procuramos pôr em discussão o ensino público em Piracicaba no século XIX, argumentando de que maneira a instituição escolar daquele período cooperava no processo de exclusão social, impedindo o acesso ao poder.
Mestre e doutorando em História pela UFRGS. Bolsista CNPq. Professor substituto da Universidade Federal do Rio Grande/FURG.
Imprensa Ilustrada – Guerra Franco-Prussiana – Rio de Janeiro
A imprensa ilustrada no Rio de Janeiro alcançou notoriedade no século XIX com a veiculação de um número amplo de periódicos. Como Corte do Império do Brasil, a cidade atraía um vasto número de imigrantes com profissões adversas; um deles foi Henrique Fleiuss, artista gráfico que lançou em 1860 o periódico Semana Illustrada. Analisar um pequeno grupo de ilustrações desse artista no jornal é o objetivo do presente artigo. O assunto selecionado foi a Guerra Franco-Prussiana (1870-1871), comentada nas ilustrações do periódico e que apontam como o artista se posicionou em relação ao conflito.
Mestre em História pela Universidade Estadual de Maringá (UEM-PR). Tem experiência na área de História do Brasil, com ênfase em História do Brasil República e História Regional do Brasil, atuando principalmente nos seguintes temas: Partido Comunista Brasileiro, Regime Militar, História do Paraná e Repressão Política. Atualmente é Professor Assistente do Departamento de História da UEM.
Regime militar – DOPS – Partido Comunista Brasileiro
Este artigo analisou a repressão política que incidiu sobre a sociedade brasileira, sobretudo contra as organizações de esquerda e, em especial, contra o Partido Comunista Brasileiro (PCB), particularmente no estado do Paraná, durante os anos de 1964 e 1984. Nesse caso, as pesquisas utilizaram como fontes os documentos produzidos pela Delegacia de Ordem Política e Social (DOPS), unidade da Secretaria do Estado de Segurança Pública, que tinha como função essencial prevenir qualquer espécie de perturbação de ordem social, além de identificar e limitar o poder de ação dos indivíduos que contestavam o governo militar.
Licenciada em História pela Unesp/Assis (2002-2005). Cursou a Especialização em Organização de Arquivos do IEB-USP (2007-2008). Atualmente, é pesquisadora da Fundap no projeto Memória Paulista.
Educação patrimonial – Arquivos – Ação educativa em arquivos
A ação educativa patrimonial é essencial para a preservação e a legitimação do patrimônio público pertencente a uma cidade, estado e nação. Essa prática está relacionada diretamente com a formação dos cidadãos, com o exercício da cidadania, da democratização e apropriação da cultura, na qual o patrimônio documental está inserido. A ação educativa em arquivos mostra-se uma ferramenta importante no contexto social brasileiro para um aprendizado diferenciado. Este artigo faz uma breve explanação sobre o conceito de educação patrimonial e procura analisar a literatura existente nessa área, sobretudo em arquivos e do ponto de vista da arquivística. Verifica-se a existência de muitas lacunas em relação ao tema, mas demonstram-se exemplificações concretas de atividades de educação patrimonial em arquivos (com documentos de arquivo), encontradas em instituições da cidade de São Paulo.
Psicólogo e professor, especialista em Psicologia das Organizações e do Trabalho (UNICAP), mestre em Ciências da Educação e doutorando em Psicologia da Educação (Universidade de Lisboa, FPCE). É investigador do Projeto de Documentação Histórica “Resgate: Barão do Rio Branco” no Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa.
Arquivo – Educação – Escola
Neste artigo, pretendemos demonstrar a importância da utilização de ações educativas nos arquivos permanentes, e do uso dos documentos manuscritos por parte dos alunos do ensino fundamental, médio e universitário, seja nos próprios arquivos, seja em outras instituições de ensino. Além disso, oferecemos indicações de como fazê-lo.
O autor é mestre em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e doutorando em História das Ciências e da Saúde pela Fundação Oswaldo Cruz, onde desenvolve ,sob a orientação da Profa. Dra. Angela Porto, a tese: Práticas de saúde e sociabilidade escrava na Imperial Fazenda Santa Cruz, da segunda metade do século XIX.
Escravidão - Doenças - História Cultural
O presente artigo tem por objetivo analisar, à luz da História da Medicina e das Doenças - sob o enfoque da História Cultural -, como os escravos da Imperial Fazenda de Santa Cruz, da segunda metade do século XIX, lidaram com as enfermidades que os afligiam e suas práticas de saúde exercidas em torno dos conhecimentos da medicina vigente. A pesquisa tem demonstrado que a questão da saúde e da incidência de certas doenças está amplamente vinculada a questões sociais. A sociabilidade escrava girava em torno da obtenção de um certo "espaço de liberdade", que ia desde a manutenção de um hospital de escravos até o direito à alimentação gratuita para as crianças, velhos e doentes. A partir do momento em que tais "conquistas" foram suprimidas pelo superintendente da Fazenda, a rebeldia tomou conta da comunidade cativa, gerando uma forte crise social.
Graduado em História pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM-RS) e mestrando em História Cultural no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Pesquisador assistente do Laboratório de História Indígena (LABHIN-UFSC), com experiência nas áreas de Arqueologia e Etno-História. Bolsista CAPES/Reuni.
Índios - Imigrantes - Fronteiras
Neste artigo pretendemos analisar alguns acontecimentos decorrentes do contato entre colonizadores alemães e indígenas na região nordeste do Rio Grande do Sul em meados do século XIX. Estudamos principalmente a relação conflituosa entre os imigrantes alemães e os indígenas hoje conhecidos pelo etnônimo Kaingang. Nesta relação acentuamos as questões de fronteiras ainda pouco abordadas na história do contato interétnico, particularmente no Rio Grande do Sul. Foram as "fronteiras étnicas" de exclusão e de inclusão, provenientes da imposição/exposição aos padrões da cultura europeia que agiram na ressignificação dos hábitos e costumes tradicionais dos indígenas.
Doutor em Sociologia. Professor Doutor da Universidade Estadual Paulista (Unesp, campus de Marília).
Controle social - Moralidade - Cidade de São Paulo
O presente artigo explora as conexões entre reformas urbanas, controle social e moralidade na formação da cidade de São Paulo, na Primeira República. Essas conexões são perceptíveis nos relatos de cronistas, escritores, petições, circulares policiais e discursos dos vereadores. Percebe-se que o crescimento da cidade e os problemas advindos dele deram oportunidade para diferentes atores expressarem suas preocupações e suas visões sobre a vida social na metrópole do café.
Doutora em Educação pelo Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: História, Política, Sociedade da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Tuiuti do Paraná.
História da Educação - Ensino
Este estudo analisou como ocorreu o processo de criação da Escola Moderna número três, de cunho anarquista, em uma antiga colônia de imigrantes italianos no ano de 1918. A escola se situava na localidade de São Caetano, sede do antigo núcleo colonial de mesmo nome. A gênese desta instituição de ensino libertária surgiu da iniciativa de operários, vinculados ao Sindicato dos Laminadores. A hipótese para a criação desta é a de que as salas das escolas públicas existentes não dispunham de um número de vagas suicientes. Com a miscigenação da população na comunidade supõe-se que foi considerada aceitável a criação de uma escola libertária.
Licenciada em História pelo Centro Universitário Barão de Mauá. Especialista em História, Cultura e Sociedade pela mesma instituição. Docente da rede pública do Ensino Fundamental e Ensino Médio de Ribeirão Preto.
Martinico Prado - História de São Paulo - Imigração - Micro-história
Este artigo foi elaborado valendo-se das bases metodológicas relacionadas à história local e à micro-história. Tendo como base o personagem histórico de Martinico Prado, este trabalho mostra, por meio de suas atividades políticas, uma parcela dos conflitos que se articularam entre monarquistas e republicanos no fim do século XIX e início do XX. Destaca também alguns de seus empreendimentos econômicos, apontando dessa forma as mudanças ocorridas neste período no contexto agrícola no interior do estado de São Paulo, principalmente no que diz respeito à estrutura administrativa das propriedades e na introdução do imigrante europeu como mão de obra livre.
Mestre em História Social da Cultura (2008) pela PUC-Rio com a dissertação "Tecendo as redes da política: articulações e projetos na construção do amaralismo", e graduado pela Faculdade de Formação de Professores da UERJ (FFP/UERJ). Atualmente é professor de turmas do ensino fundamental e médio e Professor Tutor do curso de Graduação em História, modalidade à distância, da PUC-Rio. Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil República, atuando principalmente nos seguintes temas: história política, história regional, história fluminense, história cultural e historiografia. E-mail para contato: faelnc@globo.com.
Amaral Peixoto - Rio de Janeiro - Política fluminense
Ernani do Amaral Peixoto foi um político de destaque no estado do Rio de Janeiro, principalmente no período situado entre os anos de 1937 e 1975. Após a fusão com a Guanabara, o grupo amaralista perdeu força devido à disputa de poder com o grupo liderado por Chagas Freitas. Este artigo tem por objetivo um resgate da memória sobre o período de domínio do grupo amaralista no Rio de Janeiro e os motivos que levaram à sua derrota e posterior esquecimento de seu líder por historiadores e cientistas políticos.
Mestre em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Doutorando em História Social pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e bolsista do CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Contato: alexandrelira@click21.com.br
Educação e Ditadura militar - Política e educação no Brasil - Legislação de Educação
O objetivo deste artigo é discutir a legislação da educação brasileira durante a ditadura militar. A política do Estado para a educação é expressão de uma trajetória de embates através da participação de agências internacionais, das instituições da sociedade civil e movimentos de educadores e estudantes. A legislação constitui-se no resultado das lutas desta época. Deste modo as políticas durante a ditadura militar são o produto da ação conflitante pela busca da hegemonia de um projeto de educação para o país.
Pádua Fernandes: Doutor em Direito pela USP; pesquisador do PROIN (Projeto Integrado Arquivo do Estado de São Paulo – USP); professor da Faculdade de Direito da Uninove. E-mail para contato: paduafernandes@hotmail.com

Diego Marques Galindo: Bolsista do programa PIBIC CNPq/Uninove; graduando da Faculdade de Direito da Uninove
Ditadura Militar - Direitos Humanos - Olavo Hansen
O artigo lida com as falhas do sistema legal da ditadura militar brasileira. São analisados os documentos do DEOPS/SP (Delegacia Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo) relacionados ao assassinato de Olavo Hansen em 1970. Ele foi membro de um partido comunista clandestino – Partido Operário Revolucionário Trotskista (PORT) – e se engajou na política sindical. Preso durante a comemoração do Dia do Trabalho, foi torturado e morto. Os documentos comprovam as inconsistências do inquérito policial e a ineficácia do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH).
Doutor em História. Professor Adjunto da Universidade Estadual de Londrina, Depto. de História.
Literatura brasileira – Escravidão - Suplício
Em Vigiar e punir, Michael Foucault trata do "corpo supliciado", o corpo de quem sofria os tormentos da dor como forma de punição pelos crimes cometidos ou atribuídos. No Brasil de anos antes e após a abolição da escravidão negra, o suplício dos escravos mostrou-se ora como barbarismo arcaico, ora como atavismo de uma sociedade escravocrata. Em exemplos literários do período, o corpo supliciado é tanto o espetáculo de uma justiça privada e infame, como também o membro da sociedade mortificada pela cultura escravista. Buscar a imagem do “corpo supliciado” na literatura brasileira é historicizar práticas de poder que não pretenderam apenas arrancar a força de trabalho e as dores do escravo, mas exercitar ferozmente o exercício da autoridade, da violência e do olhar.
Mestre em História pela Universidade Federal de Juiz de Fora mediante elaboração da dissertação: “Lugar de trabalhador é na área de serviço - Moradia popular em Juiz de Fora (1892-1930)”, tendo por ênfase em seus trabalhos a história urbana. E-mail para contato: mairaccarneiro@yahoo.com.br
Juiz de Fora - Proclamação da República – Urbanização - Século XIX
Trocar o nome de estabelecimentos comerciais e de ruas é uma das formas de adaptação à nova ordem republicana. E Juiz de Fora como reduto de republicanos que era não demorou a fazer as suas alterações; símbolos foram retirados e ruas com nomes que lembravam a monarquia passaram a ter referências republicanas. O presente artigo tentará entender o reflexo no espaço urbano da transição de regime político pelo qual passou o Brasil, e como foram usados certos elementos para construir o imaginário republicano da cidade.
Mestre em História pela FCL (Faculdade de Ciências e Letras) da Unesp de Assis como bolsista da FAPESP (Fundação de amparo à pesquisa do estado de São Paulo). Atualmente é professor de História do Brasil da Universidade Estadual de Goiás. Contato: cassiomelomelo@yahoo.com.br.
Caipira - Teatro - São Paulo
O artigo que ora apresentamos é parte de nossa pesquisa de mestrado cuja temática refere-se a um tipo de teatro que fez bastante sucesso nos palcos paulistanos nas primeiras décadas do século XX e trazia o caipira entre os personagens principais de suas tramas. A representação do caipira foi amplamente explorada pelas artes desde o final do século XIX, seja no Rio ou em São Paulo, no caso presente, interpretamos o surto desta produção cultural como parte de um processo de construção identitária levada a cabo pela elite intelectual paulista. Mas, a questão que tentaremos explorar aqui é a de compreender como algumas peças que traziam o caipira em cena, neste caso a revista São Paulo Futuro (1914), poderiam nos indicar as novas sensações de uma cidade em transformação nas primeiras décadas do século XX, pois refletir sobre as condições histórico-sociais de qualquer cidade é refletir sobre o amplo conjunto de transformações que delinearam um ambiente cultural e de comunicação entre seus habitantes.
Professor assistente na Universidade Federal do Pará, Mestre em História Social nesta mesma instituição; é a ainda doutorando em História Social e pesquisador do Núcleo de Referência Agrária pela Universidade Federal Fluminense, atuando com pesquisas associadas à agricultura, migração, conflitos agrários e propriedade. E-mail para contato: francivaldonunes@yahoo.com.br.
Pará - Agricultura - Povoamento - Século XIX
Fomento à produção, reformas das técnicas agrícolas, intensificação dos sistemas de cultivo e aumento da produtividade são diretrizes recorrentes nos projetos de reformulação da agricultura desenvolvidos no Brasil no período imperial. Esses projetos objetivavam estimular a produção agrícola, seja para maior equilíbrio entre os volumes de importação e exportação, seja para atender às demandas do mercado interno. A criação dos núcleos coloniais constituiu-se em ações governamentais que buscavam atender essas demandas relacionadas à produção e consumo. Atribuía-se assim à agricultura não apenas uma dimensão econômica, mas também civilizatória. Neste aspecto, nos propomos a discutir os variados significados da agricultura no Pará das últimas décadas do século XIX, evidenciando que além de uma questão de consumo e produção, a criação dos núcleos agrícolas na região de Bragantina, a exemplo da Colônia de Benevides, foi também motivada por preocupações civilizatórias marcadas por um incentivo do Estado para um melhor aproveitamento da terra, do exercício de domínio das matas, para a promoção do povoamento e igualmente para a disciplinarização dos sujeitos sociais envolvidos na construção desse espaço.
Graduado em Ciências Sociais (licenciatura) pela Universidade Estadual Paulista (UNESP-Marília). Atualmente é bacharelando e pesquisador-bolsista pela mesma Universidade. E-mail para contato: fabiotsun@hotmail.com.
Comissão Teotônio Vilela - Direitos humanos - Transição democrática.
A difícil transição democrática percorrida pelo Brasil nos anos 1980 foi definida por,entre outros aspectos, uma proliferação de organizações e entidades voltadas à reivindicação de garantias e de direitos às parcelas desprivilegiadas da população. É neste contexto que a Comissão Teotônio Vilela de Direitos Humanos surge para, inicialmente, atender à necessidade de investigar e divulgar crimes cometidos contra pessoas detidas em instituições de reclusão. O presente artigo dedica-se a abordar os aspectos do desenvolvimento da rede de proteção aos direitos humanos a partir do caso dos militantes membros da Comissão e de suas principais vias de interlocução.
Graduado em História pelo Centro Universitário de Belo Horizonte. Atualmente está lecionando na Rede Publica de Ensino do Estado de Minas Gerais. E-mail para contato: vieiravp@yahoo.com.br.
Escravidão - Demografia - Compadrio e batismo
Nos limites de uma pesquisa em andamento, este artigo procura estabelecer uma análise sobre os aspectos de compadrio e da legitimidade entre a população livre e escrava da Freguesia de São Tomé das Letras. Para procedermos a um exame inicial, foram utilizados os registros paroquiais de batismo da referida região. Nisso se pretende observar as estratégias forjadas pelos cativos para ampliarem as suas redes de socialização e solidariedade por meio da ampliação dos laços de parentesco, instituídos por meio do batismo cristão, com indivíduos da mesma condição ou de posições sociais diferentes.
Paulo de Assunção é pós-doutorando em História Ibérica na École des Haute Etudes en Sciences Sociales – EHESS-Paris (França); Doutor em História Econômica e Social pela Universidade Nova de Lisboa (Portugal) e Doutor em História Social pela Universidade de São Paulo. Dedicou boa parte da sua investigação a questões de história cultural e econômica, com destaque para a presença jesuítica, a família real portuguesa no Brasil, viajantes estrangeiros no século XIX, a formação de São Paulo e percepções do espaço habitado e da natureza. É autor das seguintes obras: Ritmos da vida – momentos efusivos da família real portuguesa no Brasil (Arquivo Nacional, 2008 - premiado); Religião e Religiosidade (Arké, 2007 – com outros autores); Educação, História e Cultura no Brasil Colônia (Arké, 2007 – com outros autores); Inquisição Portuguesa – tempo, razão e circunstância (org. e autor- Prefácio – Lisboa, 2007); A construção visual entre as artes e a ciência (Arké – com outros autores); Discutindo a Paisagem (Rima, 2006 – com outros autores); Viagem à Istambul (Arké, 2005); São Paulo Imperial: a cidade em transformação (Arké, 2004); A metamorfose de um polvo: religião e política nos regimentos da inquisição portuguesa séculos XVI- XIX (Prefácio - Portugal, 2004);Negócios jesuíticos: o cotidiano da administração dos bens divinos (Edusp, 2004); Os jesuítas no Brasil Colonial (Atual, 2003 – premiado); O Patrimônio (Loyola, 2003); A terra dos brasis: a natureza da América Portuguesa vista pelos primeiros jesuítas 1549-1596 (Annablume, 2001).
Saneamento - Urbanização - São Paulo
Este artigo tem como objetivo apresentar alguns aspectos das condições urbanas da cidade de São Paulo no século XIX. Desta forma, procura-se destacar os problemas que a cidade enfrentou no processo de crescimento que ocorreu naquele momento.
Licenciada em História e Mestre em História Social pela UFBA. Professora de História Antiga e Fundamentos histórico-filosóficos da Educação no curso de Licenciatura em História da FTC EAD. Contato: veranathalia@gmail.com
Mulher - Medicina - Bahia
O presente artigo tem como objetivo analisar o discurso sobre a loucura entre as mulheres nas teses produzidas nas primeiras décadas do século XX pelos médicos da Faculdade de Medicina da Bahia, em Salvador. Objeto de diversos estudos, a insanidade feminina era atribuída à pretensa instabilidade dos nervos femininos que, em intensa associação com seu sistema reprodutivo, estava à mercê de processos naturais, como menstruação, gravidez, parto, puerpério e menopausa. Incorporando ancestrais representações sobre a mulher e seu corpo, a nascente medicina mental revestiu de cientificismo o naturalismo que aprisionou a psique feminina ao seu corpo, dando legitimidade médica aos tradicionais papéis de gênero.
Professor da Faculdade de História da Universidade Federal do Pará.
Aluno do curso de História da Universidade Federal do Pará; bolsista PIBIC/CNPq.
Estado do Maranhão e Pará - Dízimos - Companhia de Jesus - séculos XVII e XVIII
A constituição do patrimônio das ordens religiosas na Amazônia colonial, principalmente da mais abastada delas, a Companhia de Jesus, não foi uma temática muito explorada pela historiografia. Este texto discute no interior desse problema mais amplo, os conflitos derivados da recusa sistemática dos religiosos jesuítas em pagar os dízimos sobre a produção de suas terras e atividades no Estado do Maranhão.
Doutor em História Social pela USP (SP), sob orientação do Prof. Dr. Marcos Silva. Atualmente é professor de história na Rede Pública Municipal de Niterói (RJ). E-mail para contato: ducattivan@gmail.com.
Fontes históricas - Museus - Monumentos
Os museus históricos, para além da função de exposição de bens e temas relativos à história em si, têm também o objetivo pedagógico, servindo de recurso para a formação dos estudantes e dos próprios profissionais de ensino. Os museus são portadores de patrimônios culturais, materiais e imateriais, os quais são grandes fontes para as pesquisas nas ciências sociais, não se limitando à antropologia, uma vez que a historiografia, já ao longo do século XX, rompeu com os limites das fontes documentais puramente escritas, herança positivista duramente criticada pela Escola dos Annales em 1929. Nesse sentido, cabe ao historiador, enquanto pesquisador e docente, lançar mão cada vez mais desse importante recurso laboratorial, superando a esquemática concepção do senso comum que concebe os museus como meros armazéns antropológicos.
Bacharel e licenciada em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. O presente artigo foi extraído das conclusões da pesquisa de Iniciação Científica “As mulheres no Estado socialista cubano (1959 a 1980).” PIBIC/CEPE 3/2008 a 3/2009.
Mulher - Cuba - Revolução
O presente artigo teve como objetivo analisar o papel e o local social da mulher, grupo historicamente vulnerabilizado nas sociedades patriarcais, na sociedade cubana após a revolução de 1959. Refletimos sobre a atuação feminina no contexto de transformações sociais e construção do socialismo, visto que as mulheres foram convocadas a participar no dito processo. A partir do conceito de gênero, categoria analítica que compreende que construções pré-estabelecidas social, cultural e historicamente definem os perfis formatados de homens e mulheres, constatamos que apesar das mudanças radicais que foram processadas, ainda persistem aspectos que denotam a cultura predominantemente masculina vigente naquele país nos idos da década de 50.
Doutorando em História e Cultura Política (UNESP, Franca) e graduando em Letras (UNESP-São José do Rio Preto). Professor do Centro Universitário “Barão de Mauá” (Ribeirão Preto-SP) e da Fundação Educacional de Fernandópolis (SP), onde coordena a graduação em História, o Centro de Documentação e Pesquisa (CDP) e o Projeto “Memória Regional e Local”. É membro do CEMUMC (Centro de Estudos da Modernidade e Urbanização no Mundo do Café) e do GT “História Cultural” (UEG/UFRGS). Contato: perinellineto@yahoo.com.br
Especialista em História, Cultura e Sociedade pelo Centro Universitário “Barão de Mauá”, licenciado em História pela mesma instituição. Professor da rede Pública Estadual de Ensino Fundamental e Médio em Ribeirão Preto (SP). É membro do CEMUMC (Centro de Estudos da Modernidade e Urbanização no Mundo do Café). Contato: jorge.lf@ig.com.br
Ribeirão Preto - Belle Époque Caipira - Sexualidade feminina - Meretriz
Este artigo pretende compreender a condição da sexualidade feminina na sociedade e nos cabarés da cidade de Ribeirão Preto entre os anos de 1883 e 1919, ou seja, no momento em que ocorreu a instalação da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro e Fluviais e o falecimento de François Cassoulet, empresário das casas de entretenimentos, teatros e cabarés.
Professor de História, graduado em História pela Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP) e Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). E-mail: jvscremin@hotmail.com
Filantropia - Assistência a crianças desvalidas - Asilo de Nossa Mãe
Esta pesquisa analisou a proposta de assistência e educação da criança desvalida num asilo de recolhimento católico da cidade de Piracicaba, interior de São Paulo, em fins do século XIX e início do século XX. Existente até os dias atuais com o nome de Lar Escola do Coração de Maria, o Asilo de Nossa Mãe foi fundado em 1896 como uma instituição voltada para o recolhimento de meninas órfãs e desvalidas, tendo como objetivo assistir, educar, civilizar, moralizar e higienizar essas meninas, transformando-as, segundo seu regimento, em mães de famílias pobres.
Graduada em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, é pesquisadora e educadora e atualmente tem como focos de pesquisa o trabalho, a memória e a identidade da mulher negra.
Políticas Públicas - Gênero e Raça - Movimento Feminista
Este artigo tem como objetivo identificar e analisar os mecanismos institucionais de desenvolvimento de políticas voltadas para mulheres. No ano de 2001, os programas Capacita Sampa e Operação Trabalho, criados pela Prefeitura Municipal de São Paulo na gestão Marta Suplicy, surgem como ação social direcionada para promover a redução de desigualdades relacionadas a mulheres. Nesse contexto, o entendimento das questões de gênero/raça se faz necessário para a compreensão das relações de gênero em uma sociedade paternalista que na maioria das vezes atribui às mulheres somente o papel de representação do núcleo doméstico ao qual foi designada a cumprir. Os programas refletem a prática assistencialista dessas instituições governamentais demonstrando de que forma essa prática pode ser reforçada através de programas “redistributivos” e “emancipatórios”.
Mestranda vinculada ao Programa de Pós-graduação em História da UFCG e bolsista pela CAPES.
Pós-doutorando pelo Programa de Pós-graduação em História da UFPE, Professor do Programa de Pós-graduação em História e do Programa de Pós-graduação em Recursos Naturais pela UFCG.
Literatura - Semiárido - História ambiental
A literatura se apresenta como uma expressiva fonte de investigação para os(as) historiadores(as) do ambiente quando o que se almeja é atingir o reduto das significações instituídas historicamente pelas sociedades em relação ao meio ambiente que as circunda. Objetiva-se neste trabalho analisar de que forma os referenciais naturais/climáticos e sociais/históricos influenciaram as narrativas de Raquel de Queiroz na obra O quinze (1930) e de Graciliano Ramos em Vidas secas (1938), escritores ligados à literatura regional do Semiárido.
Professor Adjunto da Faculdade de História da Universidade Federal do Pará (UFPA) e Sócio Efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Pará (IHGB). É graduado em História e especialista em Teoria Antropológica pela UFPA; Mestre em História Social do Trabalho pela UNICAMP e doutorando do Programa de Estudos Pós-graduados em História Social da PUC-SP. Autor de artigos em revistas acadêmicas, capítulos de livros em coletâneas e do livro Escravidão Negra no Grão-Pará, sécs. XVII-XIX. (Editora Paka-Tatu, 2001), sendo também coorganizador de dois outros.
Professora de História da Escola de Aplicação da UFPA (EAUFPA) e mestranda em História Social da Amazônia pelo Programa de Pós-graduação em História Social da Amazônia da Universidade Federal do Pará, desenvolvendo a dissertação intitulada: Sabores, Sensibilidades e Hierarquias Sociais em Belém, século XIX (1850-1900), em fase final de redação, sob a orientação do Prof. Dr. Antônio Otaviano Vieira Júnior.
Alimentação - Escravos - Amazônia
Neste artigo, a partir das histórias de fugas escravas e outras informações, publicadas nos jornais ou fornecidas por viajantes estrangeiros, investigamos as práticas alimentares dos escravos, sem deixar de lado libertos e pobres livres, seja nos sertões, seja na cidade de Belém, capital da província do Pará, durante o século XIX. As práticas alimentares estavam misturadas com outras tradições ou culturas alimentares, europeias e indígenas; menos aquela, mais esta. Enfim, observamos a presença de mulheres negras escravas e forras como vendedeiras de comida e bebidas no cenário urbano de Belém, procurando conhecer um pouco de seu universo social e de sua importância no cotidiano citadino.
Profa. Dra. do Departamento de História da PUC-SP. E-mail: vlvieira@pucsp-br
Violência institucional - Autocracia - Estrutura repressiva - Segurança nacional
A partir da análise da atuação da polícia e dos órgãos de repressão em países latino-americanos, em particular no Brasil, ao longo da segunda metade do século XX, objetiva-se refletir sobre a natureza do Estado. Analisa-se neste breve artigo a estrutura que tal sistema vai ganhando a partir dos primeiros anos republicanos até o fim da década de 1950, assim como o imbricamento entre os sistemas voltados para a repressão política e aqueles voltados para a contenção do crime comum. Para tanto, contamos com a vasta documentação constante nos arquivos públicos estaduais do país, denominados genericamente de Acervos do DOPS, assim como com notícias de jornais, entrevistas e outros materiais diversos. Constata-se que a violência institucional possui raízes que extrapolam os períodos ditatoriais em nosso país. Da mesma forma, a dimensão e a complexidade que tal repressão adquire aponta para a vigência de um Estado de natureza autocrática, pautado pela criminalização sistemática das organizações que expressam demandas sociais e opiniões críticas às decisões políticas sobre a coisa pública. Dentre estes acervos destaca-se o Arquivo público do estado de São Paulo, cuja vasta documentação deu-nos os parâmetros iniciais para a presente reflexão.
Doutorando em História Social pela PUC-SP. E-mail: nilodiasoliveira@gmail.com
Movimentos Sociais - Polícias políticas - DOPS-SP
O presente artigo tem como objetivo analisar a formação e a trajetória das polícias políticas no Brasil sob a perspectiva do desenvolvimento capitalista tardio e excludente que se configura no país a partir da primeira república até meados da década de 1950. Nesse sentido, discorre sobre a necessidade do Estado autocrático criminalizar os movimentos sociais através dos mecanismos de vigilância, repressão e acusação incrementados pela Lei de Segurança Nacional, que esteve em gestação desde a década de 1930. Diante do espectro da infiltração comunista nas instituições nacionais expresso pelo crescimento do Partido Comunista, a sofisticação desses aparatos cria uma rede de informações espalhadas por todo o território nacional colocando a sociedade civil à mercê do arbítrio e da exclusão política.
Possui graduação em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2009), Licenciatura Plena pela mesma instituição (2009). Atua como professora de história no ensino médio e fundamental II. Principal área de pesquisa: história contemporânea do Brasil, violência institucional e desenvolvimento das instituições policiais. O presente artigo foi extraído das conclusões da pesquisa de Iniciação Científica “A atuação da DOPS/SP: Evidências constitutivas do cerceamento social no período JK” vinculada ao projeto interdepartamental intitulado Violência institucional e autocracia de Estado: continuidade e rupturas na dinâmica brasileira na segunda metade do século XX, sob coordenação da Profa. Dra. Vera Lucia Vieira e da Profa. Dra. Maria Aparecida de Paula Rago.
DOPS-SP - Intelectuais - Democracia
Este artigo tem como objetivo refletir sobre perseguições contra dois intelectuais perpetradas pela Delegacia de Ordem Político e Social de São Paulo (DOPS-SP) durante a segunda metade da década de 50. A partir da análise dos dossiês constantes no Acervo DEOPS demonstra-se a contradição entre os preceitos democráticos e o cerceamento do Estado.
Felipe Morelli Machado: Mestrando em História Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e bolsista CNPq. Sua pesquisa é voltada para o futebol, mais especificamente à participação da seleção brasileira em Copas.
Luciano Deppa Banchetti: Mestrando em História Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e bolsista CNPq. Sua pesquisa é voltada para o futebol, mais especificamente à participação da seleção brasileira em Copas.
Futebol - Estádio - Cultura
O processo de popularização do futebol no Brasil durante as décadas de 1930 e 1940 é revelador das tensões sociais que permeavam o projeto de “nação”. Este artigo analisa o estádio de futebol como terreno de disputas e tem como referencial o processo de construção e inauguração do Estádio Municipal do Pacaembu, em São Paulo, abordando o monumento público enquanto espaço de conflitos. Deste modo, o “estádio-monumento” apresentado aqui considera as tensões sociais que emergem através do Pacaembu entre o governo varguista – que o concebia como lugar de manifestações políticas e comemorações cívicas – e os torcedores comuns, para os quais o estádio era espaço de lazer e palco de grandes jogos de futebol.
Bacharel e licenciada em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Este artigo apresenta parte das conclusões da pesquisa de iniciação científica: “Os Distúrbios Urbanos de 1947: um estudo sobre a luta por transporte coletivo na cidade de São Paulo na década de 1940”, orientada pelo Prof. Dr. Antônio Rago Filho, e que contou com apoio do PIBIC/CEPE.
Transporte público - Repressão - Imprensa
No ano de 1947, a operação do transporte coletivo passa da iniciativa privada para o poder público na cidade de São Paulo, com a criação da CMTC (Companhia Municipal de Transporte Coletivo). Essa mudança levou a um aumento de tarifas de 150% e um distúrbio urbano de populares revoltados com o aumento. Com o objetivo de resgatar a relação entre a população pobre de São Paulo e o Poder Público no período, analisamos os motivos e os protagonistas dessa revolta. Nos distúrbios urbanos de 1947, a população pobre empreendeu uma luta espontânea contra a majoração das tarifas de transporte coletivo, que continha em seu cerne uma forte crítica contra o modelo de organização urbana presente e a visão de imobilidade que o poder público construía a seu respeito.
Mestre em História Política pela Universidade Estadual Paulista, Campus de Assis, onde defendeu a dissertação intitulada A democracia impressa: transição do campo jornalístico e do político e a cassação do PCB nas páginas da imprensa brasileira (1945-1948). É vinculado ao Núcleo de Pesquisas Interdisciplinares de Mídia e Linguagem e à linha de pesquisa do CNPq intitulada Mídia e Política na História do Brasil Contemporâneo. É professor da FAPEPE (Faculdade de Presidente Prudente) e da UNIESP (União das Instituições Educacionais de São Paulo).
Repressão política - PCB - Imprensa
Este artigo apresenta reflexões sobre a repressão política empreendida pelo governo de Eurico Gaspar Dutra (1946-1950) contra os comunistas e sobre os posicionamentos da grande imprensa brasileira acerca de tais atos. Ademais, este trabalho foi pautado pela preocupação de precisar e analisar historicamente os posicionamentos dos grandes jornais brasileiros sobre a cassação do PCB e de seus mandatos em um período de dupla transição, tanto política, marcada pela retomada da democracia parlamentar representativa, como jornalística, caracterizada por seus passos em direção ao modelo imprensa-empresa, ou seja, quando os grandes jornais atenuavam sua condição de veículo de expressão de grupos e partidos políticos específicos e nem se caracterizavam, ainda, totalmente como típicos jornais empresariais. Para tanto, foram analisados os jornais paulistas O Estado de S. Paulo, Diário de S. Paulo e Folha da Manhã e os cariocas O Globo, Jornal do Brasil e Correio da Manhã.
Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos (2005) e mestrado em Música/etnomusicologia pela Universidade Estadual Paulista, Instituto de Artes de São Paulo (2008). Trabalhou como gestora em projetos culturais apoiados pelo Ministério da Cultura e Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, tendo como enfoque a continuidade de manifestações culturais ligadas à cultura popular paulista. Atualmente trabalha na redação/edição de um livro sobre o universo da música caipira na cidade de São Carlos-SP, com o apoio da SEC-SP.
Samba de Bumbo - Samba paulista - Pirapora do Bom Jesus
Este breve artigo realiza uma reflexão em torno do samba de bumbo na cidade de Pirapora do Bom Jesus, estado de São Paulo, que, desde um estudo realizado por Mário de Andrade na década de 1930, hoje considerado “clássico”, vem sendo valorizado como expressão cultural popular singularmente paulista. Até meados de 1960-70, Pirapora do Bom Jesus era local privilegiado da confluência de diversas modalidades do samba de bumbo paulista. Partindo da história do samba na cidade, o artigo objetiva ressaltar as mudanças mais relevantes, re-significações, pelas quais passou a manifestação cultural na cidade, problematizando algumas questões atuais como a concepção do samba enquanto representação de “autenticidade” e sua dimensão turística na cidade de Pirapora.
Bacharel e licenciado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Mestre em Antropologia Cultural pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professor do Curso de Comunicação Social da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid). Diretor do Projeto Cultural Samba Autêntico. Coordenador do Projeto Rua do Samba Paulista.
Samba - Samba paulista - Cultura negra - Resistência
No contexto social, econômico, político e cultural, situado entre o momento de ruptura do sistema escravista e a formação do mercado de trabalho capitalista na cidade de São Paulo, final do século XIX e início do século XX, a discriminação e marginalização da população negra já se manifestava abertamente. No afã de constituir uma sociedade europeia nos trópicos, os esforços empreendidos pela elite branca paulista implicavam a marginalização e a desqualificação cultural da população negra, significando negativamente seu legado cultural. Excluída dos processos sociais em desenvolvimento e afastada dos meios que possibilitariam sua inserção e ascensão social, essa população negra gestou inúmeras formas de resistência e de afirmação de sua identidade. Dentre essas manifestações, ganha relevo o Samba Paulista enquanto manifestação cultural que conflita com os valores e ideais estabelecidos pelas elites dominantes. Ele representa uma inequívoca demonstração de resistência ao imperativo social (escravagista) de redução do corpo do negro a uma máquina produtiva da mesma forma como é afirmação de continuidade do universo cultural negro-africano.
Bacharel e licenciado em Ciências Sociais pela FFLCH-USP. Mestre em Geografia Urbana pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia Humana do Departamento de Geografia da FFLCH-USP com a dissertação: “Da Festa da Representação à Representação: apontamentos sobre a transformação do tempo-espaço carnavalesco”. O artigo aqui apresentado inspira-se nesta dissertação.
Carnaval – Cidade - Escola de Samba
Este artigo apresenta a festa carnavalesca paulistana em três momentos: há a festa como centralidade ausente – o entrudo; a seguir, implementada como centralidade complexa e eventualmente descontrolada, a festa carnavalesca do século XIX. Neste passo, o projeto da burguesia cafeeira paulista era o de varrer fora o entrudo; fracassado e revisto, porém, o projeto retorna como incentivo às novas manifestações festivas surgidas do atrito entre Sociedades e Entrudo, mas desde que disciplinadas. Por fim, no movimento de metropolização e desgaste da vida de bairro, o carnaval reconstitui-se como falsa centralidade, como espetáculo carnavalesco no “sambódromo”.
Tiarajú D’Andrea é doutorando em Sociologia Urbana pela Universidade de São Paulo. É também compositor.
Segregação socioespacial - Escolas de samba - São Paulo
A intenção deste pequeno ensaio é discorrer sobre a localização das escolas de samba na cidade de São Paulo, correlacionando a disposição dessas localizações ao processo histórico de urbanização da cidade e à desigual distribuição de recursos materiais e simbólicos pelas distintas regiões da cidade. Realizando uma análise sociológica das escolas de samba enquanto organizações sociais, a principal hipótese que se quer lançar para discussão é a de que a consolidação de uma escola de samba enquanto potência no meio carnavalesco se deve, dentre outros fatores, à possibilidade de concentração de recursos materiais e humanos numa dada entidade. No entanto, essa possibilidade estaria fortemente vinculada à localização das escolas de samba no município.
Prof. Dr. do Departamento de História da Faculdade de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). É Professor de História da África e Secretário do CECAFRO (Centro de Estudos Africanos e da Diáspora) da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Geraldo Filme – Memória - Sambas e áfricas
Esse texto pretendeu reconstruir a memória musical do sambista Geraldo Filme e suas relações com os grupos negros na cidade de São Paulo. Ao analisar e refletir sobre essa memória, concluí que Geraldo Filme e os grupos negros elaboraram aquilo que denominei de áfricas como expressões culturais de resistência para imprimir suas marcas, projetos, fazeres e saberes em espaços específicos da cidade. Diante de uma cidade impregnada pela urbanização, metropolização e verticalização que fora transformada em projeto hegemônico das elites paulistas, as áfricas se configuraram como um contraponto dissonante às formas culturais dominantes para operar outras cidades e outras vivências.
Chico Santana é mestre em música pela Unicamp, onde atuou como professor de percussão e rítmica entre 2005 e 2007. Foi bolsista Fapesp e publicou em 2009 a dissertação “A batucada da Nenê de Vila Matilde: formação e transformação de uma bateria de escola de samba paulistana”, orientada por José Roberto Zan. Produziu com sua pesquisa um vídeo-documentário homônimo.
Foi criador do Conservatório de Música Popular de Itajaí (SC), onde atuou com professor de percussão complementar de 2007 a 2009. Exerce a função de assistente de percussão no Projeto Guri, atua e dirige diversos grupos artísticos em São Paulo e Campinas, com destaque para o grupo Tambaleio e a Bateria Alcalina.
Já se apresentou em importantes festivais, como o XX Havana Jazz Plaza (Cuba, 2002) e IPEW: International Percussion Ensemble Week (Croácia, 2004), e ministrou cursos no 10º e 11º Festivais de Música Popular de Itajaí.
Carnaval - Marcha-sambada - Samba rural – Cordões - Escolas de samba
O samba é um gênero ligado diretamente ao carnaval, tendo sofrido influência das diferentes fases dessa festa em seu processo de formação e de transformação. As escolas de samba do Rio de Janeiro exerceram influência determinante na caracterização rítmica do samba. Em São Paulo, os cordões carnavalescos executavam a chamada marcha-sambada, influenciada pelos sambas rurais do interior do estado. Este artigo trata da relação entre o carnaval e o samba, apontando os diálogos e rupturas no processo de transformação desse gênero.
Professora de História do Brasil do Departamento de História da UNESP, campus de Franca. Supervisora do Centro de Documentação e Apoio à Pesquisa Histórica, da mesma instituição, e autora de Sociedade Movediça: economia, cultura e relações Sociais em São Paulo (1808-1850), Ed. UNESP. E-mail: dmsoa1@yahoo.com.br.
Comércio costeiro - Mercado interno - Negociantes
Este texto faz uma breve conceituação do comércio de cabotagem na costa sul da capitania de São Paulo através de um episódio de apreensão de uma embarcação do Recife no porto de Santos no ano de 1817. Naquela conjuntura das tensões pela independência, a movimentação de negociantes pela costa, até então útil serviço à Coroa, tornou-se alvo de suspeitas. O texto também mostra que nos portos periféricos a atividade mercantil e os negociantes não se restringiram aos negócios com o Rio de Janeiro.
Mestrando pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Paraná (UFPR), é vinculado ao grupo Espaço e Sociabilidades com linha de pesquisa em Sociabilidades políticas nos séculos XVIII e XIX. É bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e tem apoio, em forma de auxílio, da Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná. Desenvolve pesquisa sobre a inserção de homens de cor livres na estrutura militar de São Paulo, entre 1765 e 1831, atentando para o posicionamento destes perante a guerra, a hierarquia racial e as novidades decorrentes de projetos e práticas políticas do período. E-mail para contato: ferhist@yahoo.com.br
Milicianos pardos - Processo civilizador - São Paulo
Busca-se relacionar transformações amplas na capitania de São Paulo, a partir, sobretudo, do século XVIII, a mudanças profundas no habitus de seus habitantes, particularmente os homens de cor pertencentes ao regimento miliciano dos Úteis. São examinadas demandas dos milicianos pardos, datadas das décadas de 1810 e 1820, através das quais intentavam subir na hierarquia militar ou livrar-se de estigmas associados à ascendência africana. A interpretação dos dados empíricos foi realizada levando-se em conta o instrumental teórico proveniente das obras de Norbert Elias. A ideia é contribuir para o entendimento de facetas do arranjo particular do processo civilizatório português na configuração social em questão bem como da inserção de indivíduos e grupos outsiders no amplo processo de transformação social e das estruturas de personalidade pelo qual passava a região.
Professora do Programa de Pós-Graduação em Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do CEATEC-PUC Campinas. Bolsista produtividade CNPQ-2. Pesquisadora Principal de Projeto Temático (FAPESP) com pesquisa sobre a formação da disciplina Urbanismo no século XIX. Arquiteta pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (1978), Doutora em Urbanismo pelo Institut d’ Urbanisme de Paris - Université Paris XII (1987), com Pós-Doutorado pelo Istituto Universitario di Architettura di Venezia – Itália (2008). E-mail: salgadoivone@uol.com.br.
História da Engenharia Civil - Formação profissional - Estradas das províncias
Este artigo destaca uma experiência histórica situando a presença de profissionais no campo da engenharia civil, nas obras públicas da Província de São Paulo e no quadro mais amplo de transformações da profissão da engenharia. Procura abordar dimensões diversas implicadas no discurso científico e técnico discutindo as mudanças importantes que se referem ao status do engenheiro, a outras profissões, a um complexo contexto social, mas, sobretudo, às mudanças relativas ao trabalho do engenheiro, tanto no que se refere às questões operativas como às questões teóricas que modificariam as várias tradições da prática profissional. Em São Paulo, a formação de um Gabinete Topográfico em 1836 procurou suprir a falta de profissionais no campo da engenharia. Essa iniciativa visava a realização dos chamados “melhoramentos” da Província que, em grande parte, constituía-se numa rede de estradas de rodagem, com todas as obras necessárias para a sua boa circulação, como as pontes e aterros.
Possui graduação em História pela Universidade Federal do Ceará (2001) e mestrado em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2003). É doutora em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2009). Atua desde 2004 na área de Educação em Museus. Atualmente é Coordenadora do Museu da Memória do Gás.
Migração – Trabalho - Hospedaria
Com o declínio do sistema escravista, a partir de 1850 ampliou-se ao máximo o contingente de cativos vendidos sob o regime de tráfico interprovincial vindo da antiga região Norte do país. No entanto, não foram apenas trabalhadores escravizados e imigrantes estrangeiros que fizeram parte do projeto de exploração de “mão de obra” para a cafeicultura paulista. Durante a “grande seca” de 1877-1879 o fluxo migratório de trabalhadores cearenses em direção ao Sul foi bastante expressivo. Por essa razão, a Inspetoria Geral de Terras e Colonização, ciente do fluxo vindo do Ceará, iniciou modificações na Hospedaria de Imigrantes para acomodar o aumento do número de “hóspedes” nacionais.
Mestre em História Social da Amazônia e Professor na Universidade Federal do Pará; doutorando em História Social e pesquisador do Núcleo de Referência Agrária na Universidade Federal Fluminense. E-mail: francivaldonunes@yahoo.com.br.
Justiça – Legislação - Costume
Analisando o conflito de 20 de julho de 1879 envolvendo as autoridades provinciais e os colonos do Núcleo Agrícola Benevides na província do Pará, ocupar-nos-emos em destacar as diferentes interpretações dadas à revolta e como o posicionamento do judiciário brasileiro frente ao movimento, marcado pela busca em pautar suas decisões no cumprimento da lei, não deixou de considerar os costumes desenvolvidos pelos colonos. Esse posicionamento, que acreditamos era também reflexo dos diferentes interesses construídos em torno da revolta, ao mesmo tempo em que legitimou as ações dos colonos, possibilitou que outras demandas por melhores condições de vida no interior desses espaços de colonização fossem asseguradas.
Aluno do último ano de graduação do curso de Sociologia e Política da FESPSP e bolsista de iniciação científica da FAPESP. Desenvolve o projeto O culto à memória e a memória negada: um estudo sobre os tropeiros no Vale Histórico, analisando a cultura tropeira na região e seu legado para a população do município de Silveiras. E-mail: filipecord@uol.com.br.
Tropeirismo – Café - Vale do Paraíba
Considerando a gama de ofícios presente no Brasil do século XIX, aparece a figura do tropeiro como um importante agente participante daquele processo. Ao percorrer os tortuosos caminhos do interior, levando consigo não apenas bens de consumo, mas fornecendo um modelo próprio de consolidação de cidades e de propagação cultural delimitou seu espaço na história do país. Relacionado o personagem com o pano de fundo para seu florescimento, a sociedade do café, observa-se a real dimensão da influência tropeira no cotidiano dos habitantes da zona rural, influenciando dos modos de vida à manutenção do ciclo econômico vigente, responsável pela primeira fase do processo modernização do Brasil.
Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Paraná (UFPR). É vinculada ao grupo Espaço e Sociabilidades com linha de pesquisa em Espaços de Sociabilidades de Escravos e Negros Livres (séculos XVIII e XIX). É bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e tem apoio, em forma de auxílio, da Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná. Desenvolve pesquisa sobre os usos e interpretações que foram feitos por parte de escravos e homens de cor livres na América, durante a segunda metade do século XVIII e início do XIX, da legislação sobre escravos decretada no período pombalino. E-mail para contato: cila_lima@yahoo.com.br.
Petições de liberdade - Maus-tratos - Direito natural
Neste artigo busca-se discorrer sobre os argumentos legais utilizados por escravos que procuravam obter a alforria na América portuguesa durante a segunda metade do século XVIII e início do XIX. Dá-se destaque para causas de liberdade submetidas à decisão régia, através de petições enviadas ao Conselho Ultramarino. Nelas observa-se que a alegação de maus-tratos constituiu-se como elemento recorrente para legitimar a libertação, sendo admitida como válida perante as autoridades, mesmo não constituindo prerrogativa firmada em algum código de lei, como as Ordenações. Ao mesmo tempo, percebeu-se que ao lado dos maus-tratos, o direito natural à liberdade passa a ser alegado com frequência, o que sugere a disseminação dos ideais da ilustração europeia no espaço colonial.
Graduada em História pela Universidade Estadual de Feira de Santana – BA (2009), atualmente mestranda no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal da Bahia, pesquisadora vinculada à linha de pesquisa “Escravidão e Invenção da Liberdade” e bolsista CAPES. E-mail para contato: flaviane_ba@yahoo.com.br.
Mulheres escravizadas - Alforria - Quotidiano
Este artigo discute alguns aspectos das cartas de alforria em Feira de Santana, região agrestina da Bahia, entre os anos de 1850-1888. Com o objetivo de tomar as alforrias para contar a história da experiência das cativas, é um estudo que busca compreender o maior número de mulheres alforriadas se comparado aos homens naquela região, localizando o problema num contexto mais amplo de discussão ao buscar observar graus relativos de oportunidade e incentivo à alforria de mulheres situando-as na micropolítica quotidiana da relação senhor/a-escravizada/o e da discussão sobre os significados do paternalismo senhorial presente nas cartas de liberdade.
Atualmente é mestrando em História Política pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), com bolsa CAPES. Possui Graduação – Bacharelado e Licenciatura – em História pela mesma universidade. Foi bolsista de Iniciação Científica (PIBIC/UERJ) durante dois anos, trabalhando com assuntos relacionados a africanos livres, prisão e casa de correção. Participa do Laboratório de Estudo das Diferenças e Desigualdades Sociais (LEDDES) vinculado ao Programa de Pós-graduação em História Política (PPGH-UERJ). Contato: gsousarj@gmail.com
Comércio de escravos - Legislação - Marinha
Este artigo pretende discutir a repercussão da Lei de 7 de novembro de 1831 nas questões do comércio de escravos. A partir daí, apresentamos a criação de instrumentos jurídicos que visavam à manipulação da lei de acordo com o status escravista. Para tanto, utilizamos o exemplo da atuação da Marinha na repressão do “infame comércio”. Por fim, procuramos contextualizar o período de 1831 a 1850 como um momento singular no combate ao tráfico dos africanos.
Mestrando em História Social da Cultura Regional pela Universidade Federal Rural de Pernambuco-UFRPE, onde desenvolve pesquisa sobre a pena de morte a escravos em Pernambuco. E-mail: andrec_historia@hotmail.com.
Escravidão - Pena de Morte - Direito
Boa parte daquilo que o historiador produz é marcado pela morte. Tentar perscrutar a morte como pena, sua ideologia, o aparato logístico, sua ritualística, bem como a sua administração tem se mostrado bastante produtivo, quer para a ciência histórica, quer no campo do Direito. No Brasil Imperial, mesmo contra seu declarado liberalismo, ela esteve presente em seus códices legais, no Código Criminal, no Código de Processo Criminal, bem como nos vários decretos-leis que serviram para regular essa prática. A Lei de 10 de junho de 1835, que penalizava com morte sumária os escravos assassinos de seus senhores, é trazida à lide para se observar a postura da sociedade escravocrata frente às revoltas servis.
Economista e Mestre em História Social, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Profissional com 30 anos de experiência em comércio exterior, tendo trabalhado nos setores de navegação, açúcar & álcool e petróleo, sem vínculo com instituição acadêmica. Desde 2000, pesquisa sobre história demográfica no Brasil e sobre história do açúcar.
Escravidão - Modelo demográfico - Reconstituição de população
Discutimos aqui as vantagens no estudo da demografia da escravidão em situações com fontes incompletas da modelagem macrodemográfica, que não depende da existência de séries temporais de óbitos ou de nascimentos. Comentamos rapidamente sobre a evolução da demografia histórica em geral, mencionando algumas técnicas conhecidas de reconstituição de populações. Mostramos como o estudo da população cativa e de seus descendentes, no Brasil, tem a ganhar pela incorporação de resultados que não existem nas fontes disponíveis, mas que podem ter seus contornos delineados por meio da modelagem macrodemográfica, baseada em parâmetros informados por pesquisas pontuais.
Professor Assistente Doutor da Universidade Estadual Paulista, campus de Araraquara, Departamento de Administração Pública. E-mail para contato: gaeta@fclar.unesp.br.
Patrimônio histórico-arquitetônico - Plano diretor - Pequenos municípios - Região Central Administrativa.
Este artigo aborda a questão da preservação do patrimônio cultural, particularmente o histórico-arquitetônico, em pequenos municípios do interior paulista, em especial os da Região Central Administrativa. Destaca que o planejamento urbano e os planos diretores podem representar uma oportunidade para que tais administrações municipais incorporem, definitivamente, no âmbito local, a preservação. Apresenta, ainda, um pequeno levantamento das considerações do patrimônio no âmbito municipal e por parte do CONDEPHAAT e do IPHAN.
Historiador, professor do ensino médio e do superior nas instituições UNIFIEO e FMU. Desenvolve projeto de mestrado em “História Social” desde 2008 no Departamento de História da Universidade de São Paulo, tendo em vista o papel dos Documentos interessantes na construção das representações sobre o “fazer história” e a história de São Paulo. E-mail: tmandre@hotmail.com
Documentos Interessantes - Arquivo do Estado de São Paulo - Representações.
O objetivo deste artigo é mostrar como a Repartição de Estatística e Arquivo foi um dos braços fortes da Administração Pública na virada do século XIX, tendo sido responsável pela elaboração de levantamentos estatísticos, análises quantitativas e guarda/disponibilização de documentos. A intenção era a de orientar melhor as ações de controle social, reafirmando antigas estruturas de poder. Por isso, lançou mão de anuários estatísticos e da publicação dos Documentos interessantes para a história e costumes de São Paulo. Contando com forte apoio do governo estadual, a Repartição usufruía ainda de amplo respaldo junto a instituições privadas como o IHGSP (Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo). Juntas, tornaram-se responsáveis pela construção de um discurso identitário, fortalecendo o elemento regional sobre o nacional. Assim, São Paulo passou a ser pensado como a grande força construtora do Brasil, legitimando a hegemonia do estado sobre o restante do país.
Mestre em História Social pela PUC-SP. Professora na Universidade Cidade de São Paulo e na Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo. Este texto é resultado de pesquisa em História Social orientada pela Prof. Dra. Olga Brites, da PUC-SP. Contato: belisamorais@terra.com.br.
Patrimônio - Memória - História oral.
Neste artigo, procuro refletir sobre o bairro de São Miguel Paulista e o seu cotidiano, especialmente ligado à presença da Capela de São Miguel Arcanjo, um dos templos religiosos mais antigos da cidade de São Paulo. Busco perceber a Capela como parte de uma experiência social que envolve interesses e relações de poder que atribuem diferentes significados a esse patrimônio. Os documentos produzidos pelos órgãos oficiais e os depoimentos orais de pessoas relacionadas à Capela e ao bairro de São Miguel Paulista serviram como fonte de pesquisa, bem como as diferentes produções desses sujeitos. Da interlocução dessas ações e produções, pretendo entender o sentido histórico deste patrimônio cultural.
Doutora em antropologia pela UFF/RJ. O presente artigo é resultado na pesquisa: SIMÃO, Lucieni de M. A Semântica do Intangível: considerações sobre o registro do ofício de paneleira do Espírito Santo. 2008. Tese (Doutorado)– Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2008.
Patrimônio imaterial - Documentação - Inventário - Registro.
Este artigo pretende traçar um panorama dos atuais instrumentos de documentação e salvaguarda do patrimônio cultural brasileiro, explorando a natureza particular dos inventários e registros dos bens denominados imateriais ou intangíveis. As discussões sobre o patrimônio “imaterial” ou “intangível” referem-se aos processos humanos de criação e transmissão do conhecimento e à manutenção de padrões, alguns deles de tradição secular, presentes nas festas rituais, nas celebrações religiosas, nas formas de expressão e no artesanato tradicional. A valorização desse tipo de processo de produção conduz a uma metodologia de inventário apropriada a essa modalidade de bem patrimonial.
Graduada em Ciências Sociais pela UFC; especialista em Metodologia de Pesquisa em Educação (FE/UFC); mestre em educação, sub-área Antropologia da Educação (UnB) e doutora em Antropologia Social – estudos comparados da América Latina e Caribe (UnB). Atual professora na FEUF/Goiás. E-mail: mcunhap@yahoo.com.br.
Graduada em História (licenciatura) e Serviço Social (bacharelado); mestre em Gestão do Patrimônio Cultural –área de Antropologia – pela UCG e doutoranda em História (UFG), com pesquisa em Festas e Religiosidade Popular.Desenvolveu pesquisa sobre os povos indígenas da etnia Krahô, no estado do Tocantins e atualmente é professora no curso de Serviço Social na UNITINS (modalidade EaD). E-mail: noecicarvalho@yahoo.com.br.
Cultura brasileira - Patrimônio cultural - Caju.
O objetivo deste artigo é elevar o status do caju como patrimônio cultural do Brasil. O que fundamenta nossa tese são, primeiramente, as argumentações de Aloísio Magalhães quando define a fruta como um elemento da cultura brasileira, com os significados expressivos para os indígenas habitantes do território brasileiro, apoiando-se em estudos já iniciados por Mário de Andrade; e, num segundo momento, nossas pesquisas de campo, que, por diferentes vieses, nos fizeram deparar com a existência do caju traçando um significado na vida dos nossos entrevistados. Assim, resolvemos, por meio deste artigo, discorrer sobre cultura e identidade na construção do patrimônio cultural de uma sociedade, neste caso, a brasileira. Recuperamos, para tanto, os saberes presentes nas falas dos entrevistados, os conhecimentos populares, as anedotas e as assertivas inclusas na educação familiar.
Doutora em História pelo Programa de Pós-Graduação em História Política da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Desenvolve pesquisa na área de História do Brasil, atuando principalmente nos seguintes temas: História Institucional, História e Memória e História da Ciência, com ênfase nas relações entre intelectuais e cientistas e os espaços de sociabilidades. O presente artigo constitui uma nota de pesquisa, ainda em estágio inicial, desenvolvida para o projeto de pesquisa “Inventário da natureza do Brasil: as atividades científicas da Comissão Rondon (1907-1930)”, coordenado pela pesquisadora Doutora Dominichi Miranda de Sá, da Casa de Oswaldo Cruz, Fiocruz.
Cândido Rondon - Escritório Central - Território brasileiro.
O artigo descreve as origens do Escritório Central do Rio de Janeiro, criado em 1910 por Cândido Mariano da Silva Rondon. De 1910 a 1915, a instituição atuou como um organismo de relações públicas e de gerenciamento das atividades dos trabalhos de campo da Comissão das Linhas Telegráficas Estratégicas de Mato Grosso ao Amazonas (CLTEMA). Apesar de extinto oficialmente em 1915, o escritório continuou exercendo suas atividades até 1930, quando se tornou um órgão repositório, divulgador e organizador do material científico levantado pela Comissão.
Mestre em História Regional e Local pela Universidade do Estado da Bahia, pós-graduado em Comunicação de Massa pela University of North London, Reino Unido, licenciado em História e bacharel em Comunicação Social pela Universidade Católica do Salvador. Atualmente, é professor de História Contemporânea e de Historiografia Brasileira na Faculdade de Tecnologia e Ciências, em Salvador. Contato: raulbarretoneto@yahoo.com.br.
Marinha do Brasil. Escolas de Aprendizes-Marinheiros. Saúde Pública.
Instituída no ano de 1855 pela Armada Nacional, a Escola de Aprendizes-Marinheiros da Bahia era, na primeira metade do século XX, uma das poucas alternativas de formação educacional e profissional voltadas ao jovem de baixa renda no estado. Seu bom funcionamento, contudo, era sistematicamente prejudicado pelas restrições orçamentárias sofridas pela Marinha à época. Este artigo, parte integrante de um estudo mais amplo já concluído, debruça-se justamente sobre essas dificuldades, em particular aquelas que afetavam diretamente a saúde e o bem-estar dos pequenos recrutas que estudavam na instituição. Das muitas moléstias que acometiam os meninos à falta de medicamentos e outros recursos para o seu tratamento, os contratempos enfrentados pela Escola representavam apenas alguns reflexos da fragilidade naval brasileira nas primeiras décadas republicanas.
É professor do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação de História da Universidade Federal do Amazonas.
Sedução. Afetividade. Sociabilidade. Prostituição.
Este ensaio se propõe a analisar as práticas de afetividade e de sociabilidade das mulheres de Nossa Senhora do Desterro no século XIX e do seu litoral continental. Os relatos que estudamos compreendem o período de 1712 a 1828 e o que neles analisamos são as leituras que os viajantes fizeram sobre as práticas afetivas femininas. Práticas estas registradas nos relatos dos viajantes estrangeiros que estiveram na ilha por diversos motivos. O que neles procuramos analisar são as imagens construídas pelo seu olhar diante da visibilidade feminina na Ilha de Santa Catarina. Imagens que instigavam seus leitores a uma pluralidade de interpretações sobre os modos de sociabilidade e afetividade da população feminina do Desterro.
Professor da UEMG/FEVALE/FAFIDIA e do Colégio Dona Clara, é autor da dissertação “Entre políticas públicas e tradição: o processo de criação do Campo Santo na cidade de Diamantina (1846-1915)” (UFMG, 2005). E-mail: felipebernardi@msn.com.
Processo Civilizatório. Higiene Pública. Estado Imperial.
O século XIX no Brasil foi marcado pela tentativa de remodelar valores e costumes tradicionais da sociedade oitocentista, tomando como base as instruções médicas em voga no período. Através da observação e do combate às emanações miasmáticas, formulados intelectual e vigorosamente pelas instituições médicas (Sociedade Imperial de Medicina) e políticas (Estado Imperial), procuramos construir uma interpretação concernente ao discurso civilizatório que apontava a existência de uma inadequabilidade da recém-formada Corte às suas congêneres europeias.
Graduado em Comunicação Social pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e em História pela Universidade de São Paulo (USP). É mestre em História Social pela USP, instituição na qual, atualmente, desenvolve seu projeto de doutoramento. Este artigo é o resultado parcial da pesquisa de mestrado, intitulada O mundo universal: alimentação e aproximações culturais no Novo Mundo ao longo do século XVI, que contou com o financiamento da FAPESP.
Expansões marítimas. Saber medicinal. Mundo natural.
Esse artigo aborda a questão do saber medicinal europeu à época das expansões marítimas iniciadas pelas nações ibéricas na transição do século XV para o XVI. Com efeito, nosso intuito é apresentar o modo como as categorias descritivas acionadas pelos cronistas da época, quando relacionadas ao saber medicinal, bem como às noções de salubridade, desempenharam um importante papel na integração do mundo natural americano ao horizonte intelectual europeu.
Mestre em História Social da Amazônia pela Universidade Federal do Pará (UFPA).
Amazônia. Artes de curar. Medicina científica. Pará.
Na Amazônia da virada do século XIX para o século XX, apesar da repressão das autoridades públicas, uma grande diversidade de práticas de cura circulava em meio às mais variadas categorias sociais e étnicas que habitavam a capital e o interior do estado do Pará. Sujeitos “místicos” e remédios “maravilhosos” disputavam espaço com a medicina científica que buscava o monopólio do mundo da cura. Essa disputa entre diferentes “medicinas” tendeu a ficar mais acirrada ao longo dos anos, forçando os médicos acadêmicos e outros profissionais de áreas afins a organizarem-se em corporações profissionais com o objetivo de combater seus concorrentes, os quais, mais do que nunca, foram acusados de exercer ilegalmente a medicina.
Regina Célia Lima Caleiro é doutora em História, professora do curso de graduação em História da Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES) e professora dos Programas de Mestrado em Desenvolvimento Social e Estudos Literários da mesma universidade. Endereço eletrônico: regina.caleiro@hotmail.com.
Késia Tavares Celestino é mestranda do Programa de Mestrado em Estudos Literários da UNIMONTES.
Literatura. História. Alienismo. Violência.
Os contos “A terceira margem do rio” e “Sorôco, sua mãe e sua filha”, ambos de Guimarães Rosa, são as chaves que utilizamos nesta pesquisa para adentrarmos no caminho da compreensão histórica dos discursos que justificaram a necessidade de criação de um hospício no norte de Minas Gerais, bem como o tratamento dispensado aos que foram considerados loucos, de acordo com as teorias da época. Pudemos constatar que a consolidação da medicina aliada ao poder político tentou viabilizar o projeto de construção de uma cidade civilizada e excluir violentamente os que não se enquadravam ao novo modelo de “civilização e progresso”. Foram utilizados como fontes de pesquisa jornais e bibliografia pertinente ao tema.
Pesquisadora da relação identidade-território como principal elemento de pertencimento do indivíduo ao grupo, dando ênfase a estudos sobre História e Memória. Doutoramento em Família na Sociedade Contemporânea na Universidade Católica do Salvador (UCSAL), membro do Núcleo de Pesquisa e Estudos sobre Juventudes, Identidades, Cidadania e Cultura (NPEJI), mestre em Memória Social pela UNIRIO. Atualmente é professora de História da Educação na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) - Campus Jequié, e de Prática de Ensino da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) - Campus V - Santo Antonio de Jesus. Contato: f_digregorio@hotmail.com.
Mulheres. Submissão. Educação Sexual.
A educação sexual no Brasil tem sido objeto de estudo e pesquisa das ciências humanas em geral, especialmente na área médica e educacional, recorrendo a estudos de outras áreas do conhecimento. O conhecimento sexual foi aqui institucionalizado a partir do final do século XIX, principalmente nas primeiras décadas do século XX. Nessa época, médicos e educadores desenvolveram ou se apropriaram de teorias e ideias, consideradas científicas, para dar sustentáculo a instituições que necessitavam de documentos oficiais para fazerem ciência e lançarem propostas de ações educacionais renovadoras, além de práticas pedagógicas capazes de resolver problemas, como os educacionais, que estavam ligados à saúde pública. E em alguns casos, justificar ideologias de grupos atuantes nessas áreas para o exercício de poder. Foi a partir desse período que a sexualidade começou a ter lugar importante no discurso educacional do país.
Graduado em História pela Universidade Estadual da Paraíba e aluno do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal da Paraíba, onde desenvolve a pesquisa intitulada “Corpos Hígidos: o limpo e o sujo na cidade da Paraíba (1912-1924)”, orientado pela profa. dra. Serioja Rodrigues Cordeiro Mariano. Contato: azemarsoares@hotmail.com.
Corpo. Higiene. Insalubridade.
Este artigo tem por objetivo mostrar a condição da higiene de homens e mulheres na cidade da Parahyba na segunda metade do século XIX. Aspectos da história individual de Alexandrina Maria da Conceição foram relevantes para entender o costurar de corpos sujos que perambulavam pelas ruas da capital da Província da Paraíba. Problematizei sussurros de corpos que tiveram seus minutos de “fama” em jornais sensacionalistas como a Gazeta da Parahyba e os Relatórios da Inspectoria de Higiene. Corpos que estavam esquecidos no tempo, mas que revelaram historicidades de uma cidade insalubre, de corpos sujos e amontoados, de espaços do mau odor.
Mestre em História pela UNESP-Franca. Professor dos Cursos de História, Geografia e Pedagogia da Fundação Educacional de Fernandópolis-SP (FEF). Membro de grupos de pesquisa como CIER (Centro Interdisciplinar de Estudos Regionais) – UFMS/Grande Dourados; CEMUMC (Centro de Estudos da Modernidade e Urbanização do Mundo do Café) – UNESP/Franca; e vice-líder do Grupo de Estudos da Localidade – GRUPO ELO/USP-Ribeirão Preto. Contato: profrcmello@yahoo.com.br.
Ofícios. Mulheres. Ribeirão Preto. Belle Époque.
Esse artigo tem como objetivo identificar os ofícios ocupados por mulheres na cidade de Ribeirão Preto no período que corresponde à transição do século XIX para o XX. Um tempo marcado pelas inovações tecnológicas, pelo embelezamento urbano, pela Belle Époque.
Professora do ensino fundamental na rede municipal de Vinhedo. Pedagoga e mestra em História da Educação pela Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas. Sua dissertação intitula-se O ensino religioso no Colégio Progresso Campineiro: entre prescrições e práticas, e foi orientada pela profa. dra. Maria do Carmo Martins. E-mail para contato: prikco@gmail.com.
Ensino religioso. Educação feminina. Colégio Progresso Campineiro.
A experiência com o sagrado é um fenômeno vivenciado pelo fiel e que dificilmente pode ser explicitado. Além de mobilizar a alma do sujeito, que permanecerá insondável ao olhar do pesquisador, a religiosidade deixa marcas sobre os corpos dos fiéis. Gestos e atitudes são incorporados para tomar parte de uma determinada comunidade religiosa e de seus cultos. O presente artigo investiga a influência da religião católica sobre os gestos e posturas de professoras e de suas alunas no Colégio Progresso Campineiro, um internato feminino criado em 1900. Apesar do projeto educacional da escola ser idealizado por leigos, o ensino religioso se torna um aspecto importante para a formação moral das jovens, adequando sua conduta às expectativas da sociedade para as futuras mães e esposas da nação recém-proclamada republicana.
Mestre em História pela PUC-RS. Licenciada e bacharel em História pela UFRGS. Desde 2009 cursa o doutorado em História na UFRGS sob orientação da profa. dra. Céli R. J. Pinto e com bolsa do CNPQ. E-mail: monicaka@terra.com.br. A versão original deste trabalho foi apresentada no 10º Encontro Estadual de História – ANPUH-RS, Santa Maria, de 26 a 30 de julho de 2010.
Alistamento eleitoral. Diva Nolf Nazario. voto feminino.
Este artigo busca apresentar a obra de Diva Nolf Nazario, intitulada Voto Feminino e Feminismo, de 1923. Obra valiosa que traz um testemunho dos problemas enfrentados pelas mulheres na luta por sua cidadania. O sufrágio universal e a igualdade do voto só foram conquistados nas primeiras décadas do século XX, sendo que a ênfase principal da luta feminista, nesse período, foi pelo direito ao sufrágio. O Brasil foi um dos países pioneiros na concessão do voto às mulheres em 1932.
Trabalho orientado pelo prof. dr. André Luiz Glaser no curso de especialização em Estudos Literários.
Bliss. Bertha Young. Conto. Katherine Mansfiled. Literatura Inglesa.
Katherine Mansfield, com sua maneira intimista de escrever e de nos provocar reflexões acerca da similaridade entre nós e o que há de mais íntimo em seus personagens, apresenta, em seu conto Bliss, um dia na vida de Bertha Young. Neste conto, Bertha é tomada por um sentimento de “absoluto êxtase” que a faz desejar o seu marido – pois sua relação com ele era aparentemente formal – e inclusive outra mulher, sendo também levada a questionar as restrições impostas às mulheres em sua sociedade. O objetivo do presente artigo é produzir uma breve análise dessa personagem tão cheia de nuances e tão passiva diante dos conflitos que vive.
Professora titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e pesquisadora do CNPq. Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil, atuando principalmente nos seguintes temas: história, gênero, imigração e cidade. Entre suas obras destacam-se: Melodia e Sintonia: o masculino, o feminino e suas relações em Lupicínio Rodrigues, 1999; Dolores Duran: Experiências Boêmias em Copacabana nos anos 50, 2002; O imaginário em debate, 1998; A Cidade em debate, 1999; Por uma história das mulheres, 2000; Meu lar é o botequim, 2002; Cotidiano e Cultura: história, cidade e trabalho, 2002; Âncora de Emoções, 2005; A cidade, a noite e o cronista: São Paulo de Adoniran Barbosa, 2008; História e Deslocamentos: os portugueses, 2008.
Portuguesas. Imigração. São Paulo. DEOPS.
Estes escritos pretendem ser uma contribuição para o estudo das experiências cotidianas das mulheres imigrantes portuguesas na cidade de São Paulo no período entre 1920 e 1940. A pesquisa foi iniciada com o levantamento dos 237 prontuários de portuguesas nos acervos do DEOPS (Departamento Estadual de Ordem Política e Social), depositados no Arquivo do Estado de São Paulo (AESP). A identificação de um caso de expulsão dirigiu a investigação para os registros do Memorial da Imigração-SP e para o Arquivo Nacional-RJ, onde foi localizado o respectivo processo de expulsão.
Professora de História da África na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Doutora em História Social pela Universidade de São Paulo (USP). Tem experiência na área de História com ênfase em História da África e Diáspora Africana, atuando nos seguintes temas: África pré-colonial, morte e calundus. Contato: schleumer@uol.com.br.
Africanos. Feitiçaria. São Paulo
Este artigo tem por objetivo analisar uma parcela da documentação localizada no Arquivo da Cúria Metropolitana de São Paulo, como registros de óbito e processos-crimes de feitiçaria, que envolvem a população escrava – africana e crioula – na São Paulo da segunda metade do século XVIII. Este texto objetiva, ainda, discutir a presença e a importância dos valores africanos em São Paulo, e em seus arredores, como sendo elementos constitutivos da São Paulo colonial.
Mestrando do Programa de pós-graduação em História da Universidade Federal Fluminense e bolsista do CNPq.
Tráfico atlântico. Identidades. Africanos.
O presente artigo tem como objetivo analisar os principais grupos de africanos aportados em Mangaratiba, litoral sul fluminense do Rio de Janeiro. Discute-se uma chave de análise para a compreensão da composição das hierarquias sociais e das matrizes culturais que se manifestaram no Novo Mundo, bem como os traços culturais marcantes destes grupos de procedência. Acredita-se que um melhor conhecimento da geografia do tráfico atlântico por meio de estudos regionais seja fundamental para o avanço nas interpretações das relações estabelecidas entre os diferentes sujeitos sociais no Sudeste cafeeiro.
Mestrando em História (UFPR). Orientador: Dr. Magnus Pereira. E-mail: atkato@gmail.com.
Décima Urbana. Distribuição socioespacial. Não-brancos.
Este artigo tem como objetivo analisar a distribuição espacial dos chefes não-brancos com domicílio urbano em Paranaguá. As fontes principais utilizadas são o Livro de Décima Urbana do município (1808) – um imposto predial citadino – e as Listas Nominativas de Habitantes (1801-1809) –, censos onde a população foi registrada por região de moradia e por domicílios. A espacialização desses dados foi feita na atual planta cadastral da cidade. Isso permitiu visualizar em quais lotes existiam domicílios dos chefes pardos e negros. Com isso foi possível compreender que, aparentemente, não havia coesão social quanto à cor na vila. A aglutinação tinha raiz mais na condição econômica do chefe do que em qualquer outra variável social. Brancos “pobres” e não-brancos tinham condições semelhantes que os empurravam para a zona do campo.
Mestre em Cultura e Memória, professora da SEC/BA e do curso de História da UNEB, Campus XIII.
Diáspora. Sociabilidades. Etnicidade.
A discussão em torno da diáspora africana na Bahia tem desvelado experiências riquíssimas no que diz respeito ao mundo escravista. Especialmente no século XIX, a Vila de Maraú, no sul baiano, abrigava práticas de sociabilidades no mundo cotidiano dos escravos – livres e libertos pobres da vila – e além de organizarem festas como o Cucumbi e o Mandu, também construíram uma capela onde os negros pudessem frequentar, assim como irmandades de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito. É sobre essas experiências étnicas africanas ressignificadas no Oitocentos que este artigo se ocupa em discutir.
Graduada em História pela UNESP (Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”) – Campus de Assis. Possui experiência na área de História do Brasil, Brasil Imperial, História Social, História Afro-Brasileira e Escravidão. Atualmente também faz parte do NUPE- UNESP-Assis ("Núcleo Negro da Unesp para Pesquisa e Extensão"). Bolsista FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Orientadora: Professora Doutora Lúcia Helena Oliveira Silva. E-mail: mariana_schatzer@yahoo.com.br.
Escravidão. Fábrica. Conflitos.
Este artigo pretende abordar as fugas de escravos da Real Fábrica de Ferro São João do Ipanema, considerada a primeira siderúrgica da América Latina e criada por D. João VI no século XIX. Nesse sentido, será feita uma análise acerca do cotidiano, dos conflitos dos escravos operários e também das tentativas de negar a sua condição, mais caracterizada pelas fugas.
Professora de História da Educação do Departamento de Ciências Humanas e Letras da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Membro do grupo de pesquisa: “Educação e Relações Étnicas com Ênfase em Culturas Afro-brasileiras”, CNPq. E-mail: elenicesf@hotmail.com.
Diversidade. Escola. Prática educativa.
O presente trabalho é o resultado da experiência como docente no curso de extensão “Educação e culturas afro-brasileiras”, promovido pelo ODEREE/UESB, cujo objetivo é a promoção de discussões acerca da ancestralidade do povo negro e a sua trajetória histórica no Brasil, com vistas à formação continuada do educador. O texto vem propor uma reflexão sobre a necessidade urgente de repensar a prática educativa hoje, no que diz respeito ao ensino da história da África e da cultura afro-brasileira na educação básica, que veio à tona a partir da promulgação da lei 10.639/2003. Iniciamos pela reflexão sobre o novo papel do professor em face dos desafios apresentados pela sociedade que se redesenha neste início de século, marcada pela globalização da cultura, favorecida pela velocidade da informação e, paradoxalmente, pela negação à diversidade. O texto traz reflexões referentes à formação continuada do educador como sendo uma prioridade em qualquer proposta de reforma educativa. Por fim, encerra mostrando as propostas construídas pelo ODEREE com a comunidade da região sudoeste da Bahia. Tais propostas vêm ressaltar, assim, o relevante papel da Universidade como instituição de formação política, de promoção e disseminação do conhecimento.
Professor da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). E-mail: jjunifesp@gmail.com.
São Paulo. Enchentes. História ambiental.
O artigo discute as enchentes em São Paulo, suas causas e efeitos destruidores ocorridos entre os anos de 1890 e 1940. Acredita-se que ao se comparar as enchentes desse período com as da atualidade seja possível identificar continuidades significativas, respeitadas, é claro, as dimensões da cidade.
Mestranda no Programa de Pós-graduação em História da UFRGS, onde desenvolve pesquisa biográfica sobre Henrique Luiz Roessler. Bolsista CNPq. E-mail: elenitamalta@gmail.com.
Henrique Luiz Roessler. Proteção dos rios. Proteção à natureza.
Este artigo tem por objetivo abordar as ideias e percepções de Henrique Luiz Roessler sobre a proteção dos rios no Rio Grande do Sul, através da análise de trechos selecionados de sua produção escrita, palestras e cartazes educativos. Roessler tratou o tema a partir de uma perspectiva crítica, denunciando as irregularidades que causavam a poluição das águas e a diminuição dos peixes. Seus apontamentos revelam as preocupações ambientais do contexto em que vivia, assim como um trabalho profícuo de educação ambiental.
Doutor em História Política e Bens Culturais pela Fundação Getúlio Vargas – CPDOC e educador da Universidade de São Paulo nas Ruínas Engenho São Jorge dos Erasmos. Leciona nos cursos de História e Direito da Universidade Católica de Santos/Unisantos. Contato: r.christofoletti@uol.com.br.
Biólogo voltado à Biologia da Conservação, educador da Universidade de São Paulo nas Ruínas Engenho São Jorge dos Erasmos. Integra a equipe de professores responsáveis por projetos para o ensino médio do Centro Paula Souza. Leciona em escolas técnicas da Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo. Contato: bioandre2002@yahoo.com.br.
Engenho dos Erasmos. Preservação. Interdisciplinaridade.
O Monumento Nacional Ruínas Engenho São Jorge dos Erasmos, localizado na cidade de Santos-SP, constitui um dos mais antigos testemunhos arquitetônicos quinhentistas brasileiros ainda existentes. Um dos primeiros engenhos de açúcar a ser construído, o Engenho dos Erasmos tem sido palco de relevantes estudos em diversas áreas do saber, o que incentivou a abertura do bem cultural ao público. Pretende-se, nesse breve artigo, discutir alguns elementos norteadores desta proposta pedagógica que completará sete anos de funcionamento em agosto de 2011, focando a discussão em três pontos básicos: a) o processo de construção e democratização de saberes, a partir de uma proposta interdisciplinar; b) os mecanismos de investigação e diálogo resultantes de questões formuladas pela própria comunidade; e c) a gestão participativa do bem cultural em questão, sinalizando para as relações de proximidade dos visitantes com seu próprio passado.
Graduada, Mestre e Doutora em História pela FFLCH-USP, com tese sobre a transformação da paisagem do sudoeste paulista dos séculos XVIII ao XX. Trabalhou no Conselho Estadual de Meio Ambiente, atual Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Estado do São Paulo, e no Instituto Butantan. Agora está ligada ao UNIFIEO, onde coordena o curso de História e desenvolve pesquisa em História Ambiental. O artigo “O Estado e as paisagens criadas a partir do século XIX por índios, posseiros, colonos e pequenos proprietários na Área de Proteção Ambiental de Tejupá” é resultado da síntese de pesquisas anteriores e a sua elaboração foi viabilizada pelo UNIFIEO. E-mail: pdscor@uol.com.br.
Paisagem. Estado. Comunidades tradicionais.
O município de Barão de Antonia, localizado no sudoeste paulista, na divisa com o estado do Paraná, na beira da represa de Xavantes, faz parte, desde 1984, da Área de Proteção Ambiental (APA) de Corumbataí, Botucatu e Tejupá. Essa área foi objeto de interferência do Estado em vários momentos ao longo dos últimos dois séculos. Em razão das interferências, há uma interessante documentação que possibilitou uma reflexão sobre a história dessa paisagem a partir de finais do século XVIII até a atualidade. Nesta comunicação vou discutir o papel dos agentes do Estado, funcionários, técnicos e cientistas na qualificação e desqualificação das paisagens criadas nessa área por índios, posseiros, colonos estrangeiros e agricultores pobres.
Mestre em Filologia e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo, membro dos projetos de pesquisa “História do Português Paulista (PHPP): Projeto Caipira” e “Edição e estudo de textos modernos portugueses” pelo Programa de Pós-graduação do Departamento de Filologia e Língua Portuguesa da USP. Professora da Faculdade de Tecnologia Jardim (FATEJ) e autora do livro The Caipira dialect in Capivari: An individualized analysis to study the formation and expansion of the caipira dialect in Brazil, atualmente continua desenvolvendo pesquisas sobre o dialeto caipira em São Paulo. Contato: rhozzi@usp.br.
Cultivo de chá. Século XIX. Oeste paulista.
A história do cultivo de chá no Brasil surgiu como uma grande promessa para a exportação. Realmente, segundo consta nas bibliografias sobre o assunto, a qualidade do chá brasileiro era tão boa quanto viria a ser a do café, mas não foi o suficiente para vencer o preço dos mercados asiáticos, fazendo, assim, com que a produção não atingisse seus propósitos. E, embora sua história de ascensão e queda seja relativamente rápida e não tenha atingido veementemente grandes campos brasileiros, há vestígios de seu plantio e desenvolvimento de técnicas de produção no oeste paulista no século XIX, mesmo que para lá não tenha havido tantos investimentos como visto no Rio de Janeiro ou na capital de São Paulo, onde obtiveram, inclusive, a imigração de chineses para aprimorar essa cultura – o que não consta ter ocorrido na rota dos bandeirantes.
Graduado em História, mestre em Fundamentos da Educação pela Universidade Estadual de Maringá (UEM);doutorando em Educação pela UNICAMP; assessor para assuntos pedagógicos do Núcleo Pedagógico de Educação a Distância (UEM).
Graduado em História e mestre em educação pelo Programa de Mestrado em Educação na linha de pesquisa “História e Historiografia da Educação” pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Professor universitário na área de História da Educação FANP/FAAST. Tutor do curso de Pedagogia (UEM).
Graduada em Pedagogia e mestre em Educação pelo Programa de Mestrado em Educação na linha de pesquisa “História e Historiografia da Educação”. Professora da Faculdade Estadual de Educação Ciências e Letras de Paranavaí.
Ensino-História. Regime militar. Brasil.
O presente artigo tem por objetivo analisar historicamente o ensino de História no Brasil, com ênfase no período do regime militar, entre os anos de 1968 e 1972. Considerouse nessa análise alguns aspectos que permitem a compreensão das origens e do desenvolvimento da disciplina no Brasil e, nesse sentido, procurou-se estabelecer uma reflexão para além da dinâmica interna da estrutura escolar e do ensino de História. A análise partiu das transformações sociais que possibilitaram o desenvolvimento de pressupostos teórico-metodológicos para a constituição do campo da História e sua prática na educação brasileira.
Doutorando em História pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (PPGH/UERJ).
Imprensa. Pasquim. Rodopiano Raimundo.
Este artigo pretende apresentar a trajetória profissional do pasquineiro Rodopiano Raimundo, que, atuando nos primeiros anos da década de 1880 no Rio de Janeiro, esteve à frente de alguns periódicos, a saber: o Tagarella, o Figaro e o Relampago. Com ataques a influentes personalidades, acabou condenado pelo crime de injúrias, impressas em processo movido pelo Visconde de Santa Cruz. Apesar de sua curta carreira jornalística, sua participação foi decisiva para a consolidação dos pasquins no concorrido mercado de impressos daqueles anos.
Doutorando em História Econômica pela FFLCH-USP. Professor efetivo da Rede Pública Estadual. Atualmente pesquisa o socialismo-tenentista em São Paulo durante a Era Vargas. E-mail: araujoneto@usp.br.
Socialismo. Tenentismo. República.
Este artigo trata de uma organização tenentista paulista que existiu durante os anos 1930 e se declarou socialista-nacionalista. Sua história é pouco ou nada conhecida, sendo apenas citada ocasionalmente em livros e artigos que abordam a Era Vargas, especialmente o período que compreende o Governo Provisório e o início do Período Constitucional. Nosso intento é o de apresentar essa organização e proporcionar um primeiro contato com o objeto.
Graduado em História pela Universidade Federal do Pará (1989) e Mestre em Planejamento do Desenvolvimento pela Universidade Federal do Pará (1996). Doutor em História Social pela PUC-SP (2009). Presidente da ARQPEP (Associação dos Amigos do Arquivo Público do Pará). Professor Adjunto da Faculdade de História da Universidade Federal do Pará. Tem atuado principalmente nos seguintes temas: teoria da História, religiosidade, história da igreja, crítica do desenvolvimento, gestão democrática, perfil profissional, currículo, estágio, espiritualidade e secularidade.
Graduado em História e especialista em Teoria Antropológica pela Universidade Federal do Pará (1991, 1993). Mestre em História Social do Trabalho pela Universidade Estadual de Campinas (2000) e Doutor em História Social pela PUC-SP (2009). Sócio fundador da Associação dos Amigos do Arquivo Público do Estado do Pará e sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Pará. Professor Adjunto da Faculdade de História da Universidade Federal do Pará e do Programa de Pós-Graduação em História Social da Amazônia/IFCH/UFPA. Tem atuado principalmente nos seguintes temas: história e memória, história intelectual, história da educação, abolicionismo, história e historiografia da escravidão negra e relações raciais.
Fontes. Secretaria de Polícia. Pesquisa histórica.
Este artigo tem como objetivo analisar o “Fundo: Segurança Pública” (1839-1937), do Arquivo Público do Pará, especificamente as várias séries documentais da “Secretaria de Polícia da Província do Pará”, tocante ao período imperial, entre 1850 e 1889. Busca também verificar a importância desse acervo para a pesquisa histórica e suas potencialidades de uso por parte dos pesquisadores.
Doutor em História pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) e pesquisador do LabDES – Laboratório de Estudos sobre Desenvolvimento e Sustentabilidade (UNESP). E-mail: maranbrand@yahoo.com.br.
Formação do empresariado industrial. Mobilidade social. Artesãos trabalhadores.
E. P. Thompson e Eric J. Hobsbawm são conhecidos, especialmente, por seus estudos sobre a classe operária, os mundos do trabalho, as formas de resistência dos trabalhadores, entre outros. Na abordagem deste artigo, porém, fomos buscar, em obras pontuais, elementos para determinarmos como esses autores analisaram a origem social do empresariado industrial. E também se eles, grosso modo, se posicionaram sobre o clássico debate entre Maurice Dobb e Paul Sweezy, sobre a origem modesta ou não do empresariado industrial, inclusive com a participação, neste processo, de trabalhadores artesãos.
Professora titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e pesquisadora do CNPq. Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil, atuando principalmente nos seguintes temas: história, gênero, imigração e cidade. Entre suas obras destacam-se: Melodia e Sintonia: o masculino, o feminino e suas relações em Lupicínio Rodrigues, 1999; Dolores Duran: Experiências Boêmias em Copacabana nos anos 50, 2002; O imaginário em debate, 1998; A Cidade em debate, 1999; Por uma história das mulheres, 2000; Meu lar é o botequim, 2002; Cotidiano e Cultura: história, cidade e trabalho, 2002; Âncora de Emoções, 2005; A cidade, a noite e o cronista: São Paulo de Adoniran Barbosa, 2008; História e Deslocamentos: os portugueses, 2008.
Portuguesas. Imigração. São Paulo. DEOPS.
Estes escritos pretendem ser uma contribuição para o estudo das experiências cotidianas das mulheres imigrantes portuguesas na cidade de São Paulo no período entre 1920 e 1940. A pesquisa foi iniciada com o levantamento dos 237 prontuários de portuguesas nos acervos do DEOPS (Departamento Estadual de Ordem Política e Social), depositados no Arquivo do Estado de São Paulo (AESP). A identificação de um caso de expulsão dirigiu a investigação para os registros do Memorial da Imigração-SP e para o Arquivo Nacional-RJ, onde foi localizado o respectivo processo de expulsão.
Profª. Dra. do Curso de História e do Mestrado em Ciências da Linguagem da Universidade do Vale do Sapucaí. E-mail: andrea.domingues@gmail.com.
Festa. Cultura. Memória
: Este artigo discute os usos da memória e da cultura em torno dos agentes históricos que realizam a festa de Nossa Senhora do Rosário, em Silvianópolis, Minas Gerais, há mais de duzentos anos. Usando narrativas orais, compreendemos o festejo como parte da cultura dos homens e mulheres desse município. As memórias dos depoentes são aqui analisadas como expressões de diferentes tempos vividos, experimentados individual e socialmente, que nos levam a pensar a festa como uma tradição atualizada e ao mesmo tempo em transformação, que se constitui nas experiências sociais diversas, instituindo um campo de memórias atravessado pelos conflitos de classe, que nos conduzem a outras histórias.
Graduada em História pela Universidade Federal de Sergipe e mestranda em História e Cultura Histórica pela Universidade Federal da Paraíba.
São Cristóvão. Procissão. Boa Morte.
A cidade de São Cristóvão, em Sergipe, durante o século XIX, tinha o seu cotidiano marcado por uma série de celebrações religiosas. O presente estudo busca compreender os elementos teatrais da procissão de Nossa Senhora da Boa Morte, realizada na segunda metade do século XIX. A reflexão tornou-se possível por meio da análise da imagem da santa na referida procissão e do próprio relato dela, constante no Annuario Christovense de Serafim de Santiago. O estudo da referida procissão contribuiu para a reflexão acerca da multiplicidade étnica da sociedade brasileira durante o período imperial, mostrando a necessidade da realização de estudos envolvendo os aspectos religiosos para melhor compreender a memória coletiva
Mestrando do Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade Estadual de Londrina – UEL. E-mail: rrs_1974@hotmail.com.
Infância. Internato. Controle social
Este artigo acadêmico tem por objetivo analisar o cotidiano das meninas e adolescentes internadas no Seminário da Gloria ou das Educandas, instituição caritativa, localizada na cidade de São Paulo, que atendia as crianças expostas e abandonadas no Hospital da Santa Casa de Misericórdia. O recorte temporal desse artigo refere-se às duas últimas décadas do período imperial antes da Abolição da Escravatura em 1888. Por meio de inúmeras fontes documentais (cartas, depoimentos, ofícios, requerimentos, relatórios, petições, etc.) disponíveis no Arquivo Público do Estado de São Paulo (APESP), este estudo permite realizar uma reconstrução das trajetórias de vida das internas, suas estratégias de sobrevivência e resistência dentro da instituição.
Doutor em História – UFF e Professor na Universidade Estadual do Maranhão. E-mail: bezerranielson@hotmail.com.
Escravidão. Biografia. Memória.
O presente artigo explora as trajetórias de escravos africanos como forma de problematizar a sociedade escravista nas Américas. Para isso, foi necessário estabelecer um diálogo com historiadores que analisaram essa questão através da biografia como método de suas pesquisas. Assim, articulei as ideias de escravidão e o método da biografia para pensar a construção da memória do mundo moderno.
Graduada em História. Mestre em Tecnologia pelo Programa de Pós-Graduação em Tecnologia, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (PPGTE/UTFPR), na linha de pesquisa "Tecnologia e Trabalho".
Doutor em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Mestre em História Social pela Universidade Federal do Paraná. Professor do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (PPGTE/UTFPR).
História oral de vida. Usina hidrelétrica de Itaipu. Resistência.
Na década de 1970 e início da década de 1980, a implantação da usina hidrelétrica de Itaipu desapropriou 40 mil pessoas no Oeste do Paraná. O processo desapropriatório incorporou o autoritarismo do governo que o conduziu, sendo marcado pela desconsideração dos interesses e valores da população que seria desalojada. Diante dessa situação, os agricultores se organizaram no Movimento Justiça e Terra (MJT), que atuou defendendo as necessidades dos agricultores e serviu de embrião para movimentos sociais posteriores, como o MST e o MAB. Por meio da história oral de vida de sujeitos que participaram desse momento, observaremos as práticas e as representações criadas com base em seus costumes, valores e tradições, que constituíram uma cultura de resistência frente ao processo de modernização conservadora que o projeto da usina representou.
Graduada em História pela Universidade Potiguar – Natal/RN e aluna da Pós-Graduação em História do Brasil na mesma instituição. Professora da rede particular de ensino e pesquisadora de temas ligados às questões educacionais brasileiras. Contato: suely.olga@yahoo.com.br.
Sociedade. Educação. África na sala de aula.
No cenário de um Brasil multicultural, que não compreende a África além da expansão do capitalismo e da escravidão, a Escola surge como um espaço de diálogo para se entender a relação entre esses dois povos. Na cidade de Natal/RN, o discurso das leis vem, paulatinamente, se tornando realidade através do esforço de instituições comprometidas com a formação de alunos cidadãos. Este artigo traz algumas considerações sobre as referidas iniciativas, com o objetivo de demonstrar que, para surtir o efeito esperado, as leis sociais não podem ficar apenas a cargo das instâncias governamentais, e sim contar com parcelas da sociedade que auxiliem na missão de implantá-las significativamente.
Graduada em História pela UFPE. Mestre e Doutora pelo Programa de Estudos de Pós-Graduados em História da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Impressos. Religião. Imigração.
O artigo aborda a impressão e distribuição de impressos religiosos aos imigrantes no Brasil, prática adotada e promovida por instituições e agentes protestantes (missionários, colportores e membros de várias denominações) desde meados do século XIX até os anos 1930. Enfatiza-se a relevância que tais impressos tiveram nas estratégias daqueles agentes ao buscarem fortalecer ou promover uma cultura protestante entre os imigrantes, que vinham viver em um país predominantemente católico.
Doutorando em História Moderna pela Universidade Federal Fluminense (UFF), mestre em História e Cultura Social pela Universidade Estadual Paulista (UNESP-Franca) e bolsista do CNPq. Atualmente é editor da Cantareira, revista discente do Departamento de História da Universidade Federal Fluminense. E-mail: daniel.precioso@gmail.com.
Irmandades. Minas Gerais. Músicos pardos.
Este estudo pretende discutir o estatuto socioprofissional do músico em Vila Rica entre 1770 e 1808. Para tanto, analisamos trajetórias individuais, identificamos famílias de músicos e inventariamos a contratação destes pelas irmandades mineiras. Amparados em fontes inéditas, coletadas no Arquivo do Museu da Inconfidência de Ouro Preto (AHMI) e no Arquivo da Paróquia de Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto (APNSP), procuramos reconstituir os contornos gerais da prática musical de homens pardos residentes na sede política da Capitania das Minas.
Graduada em História pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) – Campus de Frederico Westphalen. Pós-graduanda do Curso de Aperfeiçoamento em Docência no Ensino Superior pela mesma universidade. E-mail: milinhaguidini@hotmail.com.
Especialista em História do Brasil e a Perspectiva Regional pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) – Campus de Frederico Westphalen. Professor da Escola Estadual Técnica José Cañellas e professor titular da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) – Campus de Frederico Westphalen. E-mail: aires@uri.edu.br
Brasil. Ocidentalização. Religião.
O presente trabalho desenvolve algumas considerações referentes à obra Sobrados e Mucambos, do escritor pernambucano Gilberto Freyre, com o objetivo de analisar como a Igreja trabalhou e produziu mecanismos para a vigilância feminina, bem como perceber como o desenvolvimento e a urbanização modificou o cotidiano da elite do Brasil, observando as novas influências europeias do século XIX nos gostos e hábitos da moça de sobrado.
Licenciado, bacharel, especialista em Ciências da Religião e mestre em Educação em História pela Universidade Federal de Sergipe. Doutorando em História Social pela Universidade Federal Fluminense. Professor do curso de História da Faculdade José Augusto Vieira e nas redes municipais de ensino de Laranjeiras e Itaporanga d’Ajuda.
Festa. Memória. Sociabilidade.
Na sociedade brasileira oitocentista as festas representavam um dos principais momentos de congregação social. Em Lagarto, vila sergipana que se destacava pela produção agrícola, não acontecia diferente. Os festejos em torno de santos padroeiros movimentavam a pacata localidade. Neste estudo, temos o propósito de apresentar e compreender os espaços de territorialidades presentes na festa, a partir da análise de registros que enfocam o evento, como a obra memorialista de Mello Morais Filho e o livro de contas e receitas da Irmandade Nossa Senhora do Rosário. O território era demarcado com o mastro na praça do Rosário, representando a posse simbólica da territorialidade lagartense pelos membros da irmandade do Rosário. Era a face alegre dos escravos, que rompiam com o silêncio do cativeiro.
Doutora em História pela PUC-SP. Graduada em Turismo pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas 1997), mestre em Turismo Ambiental e Cultural: Planejamento e Gestão pelo Centro Universitário Ibero Americano (2003), mestre em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2005). Experiência na área de Turismo, com ênfase em Patrimônio e História, atuando principalmente nos seguintes temas: formação superior, coordenação e direção; pesquisa e extensão nas áreas de Turismo, Eventos, Hotelaria, História Social, Gênero e Patrimônio Cultural. Desenvolvimento e Coordenação de cursos de Graduação, Graduação Tecnológica e Pós-Graduação. Pesquisadora das áreas de História e Turismo. Atualmente leciona como professora no curso de Turismo Presencial e EaD na UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro). Contato: elis@familiaangelo.com.
Religião. Sagrado. Profano.
Nesta proposta pretende-se analisar as representações do poder da religião enquanto região de fronteira entre sagrado e profano a partir das questões que se referem ao poder “divino” nos sentidos e significados de todo ritual da festa do Divino Espírito Santo, entre eles as insígnias, instrumentos e símbolos. Apesar de a Igreja não comandar a festa profana, que ao mesmo tempo é sagrada, pois ocorre em parte dentro da Igreja, pode-se dizer que são os rituais que sacralizam os símbolos e ao mesmo tempo contribuem para torná-los sagrados. Como exemplos dessa transformação estão os símbolos do Divino que, separadamente são: uma coroa, um ceptro e uma bandeira.
Mestrando em História pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Professor de História no ensino fundamental e médio da SEE/MG. E-mail: nogueira.lamim@hotmail.com.
Escravidão. Mortalidade escrava. Expectativa de vida.
O presente artigo busca analisar a mortalidade escrava em Lamim-MG, entre 1859 e 1888, anos da criação da Paróquia e do fim da escravidão respectivamente, priorizando as condições de morte e expectativa de vida dos escravos. Com base nos registros de óbitos da paróquia, este trabalho visa contribuir com os estudos em torno da expectativa de vida e morte de escravos na segunda metade do século XIX.
Bacharel em História pela USP; especialista em História da Arte (Semiótica) pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP); especialista em Arquivologia (ECA/IEB-USP) e como bolsista, em 1992, no curso de Organización de Archivos Históricos, promovido pelo Archivo Nacional de España (AECI) e Organização dos Estados Americanos (OEA). É especialista em Conservação e Restauração, suporte papel, tendo participado de inúmeros cursos, desde 1980, e ministrado outros tantos. Como funcionária de carreira da Prefeitura Municipal de São Paulo, de 1979 a 2010, trabalhou na Biblioteca Mário de Andrade e no Arquivo Histórico de São Paulo. É coautora do Dicionário de Terminologia Arquivística, publicado em 2000. Atualmente, é mestranda do Programa de História da Ciência na PUC-SP, com tema sobre História Natural.
Bacharel em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Católica de Santos-SP. Possui Curso de Restauro de Monumentos e Centros Históricos – Facultà di Architettura – Univercità di Roma, Itália e Curso de História da Arte – Univercità per Stranieri in Perugia, Itália. É consultora em Projetos Especiais na área da Preservação da Memória e Desenho Gráfico
Hospício. Tabatinguera. Cônego Monte Carmelo
A ocupação da chácara do cônego Monte Carmelo, no centro da cidade de São Paulo e às margens do Rio Tamanduateí, em meados do século 19, possibilitou à Província implantar o Hospício de Alienados, a fim de acompanhar as recentes modificações constitucionais do Império e acolher doentes mentais recolhidos indevidamente em prisões comuns. Transferido da Rua São João para a Rua Tabatinguera, esse Hospício atendeu à demanda, apesar dos problemas de estrutura e má localização, até a construção do Hospital do Juquery, em 1903.
Mestrando em História Social pela FFLCH-USP sob a orientação da Profª. Drª. Maria Amélia M. Dantes. É pesquisador no Museu Histórico da Faculdade de Medicina da USP e professor de História do Colégio Integrado Americano. E-mail: tarelow@usp.br.
História da Psiquiatria. Eugenia. Juquery.
O presente trabalho analisa algumas concepções sociais, morais, políticas e científicas de Antonio Carlos Pacheco e Silva, que, entre outros cargos, ocupou a direção do Hospital do Juquery entre 1923 e 1937. Entre seus textos e discursos é possível notar seu alinhamento aos ideais eugênicos correntes no período analisado e a sua busca por dar maior impulso à ciência psiquiátrica, expandindo seus preceitos e visando a normatização da sociedade. Para tanto, defendeu a seleção imigratória, o exame pré-nupcial, a esterilização compulsória dos “degenerados”, entre outras medidas mais ou menos drásticas.
Graduada em História na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo em 2010 e aluna do programa de mestrado em História Social na Universidade de São Paulo sob orientação da Profa. Dra. Maria Odila Leite da Silva Dias
Medicina Legal. Direito Penal. Defloramento.
Este artigo tem como objetivo apontar a influência dos laudos médicos (exames de corpo de delito) das vítimas nas sentenças dos processos penais na cidade de São Paulo entre os anos de 1890 e 1940. Nesse período, São Paulo apresentava um grande crescimento populacional devido ao processo de imigração e êxodo rural, o que contribuiu também para o aumento da criminalidade na cidade, em especial nas áreas mais pobres, como os cortiços e zonas de habitações coletivas. Em paralelo, crescia também a participação dos médicos, discípulos de Nina Rodrigues e impregnados das teorias de Cesare Lombroso, nos processos penais. Para apontar esse paralelo foram trabalhados dois processos de defloramento de datas distintas cujas sentenças dependeram ou não da participação médica.
Graduado em História pela Universidade Federal de Viçosa onde é, atualmente, aluno do Programa de Pós-Graduação em Economia Doméstica. Contato: josimar.duarte@ufv.br
Minas colonial. Vida doméstica. Inventários post-mortem
Recentemente, cresceu na historiografia brasileira o número de trabalhos que tem como fontes privilegiadas de pesquisa os inventários post-mortem dos séculos XVIII e XIX. Lançando mão de metodologias amplamente utilizadas por historiadores europeus, estes estudos têm dedicado especial atenção ao comportamento demográfico, à organização da vida doméstica e aos sistemas familiares e de herança nas mais variadas regiões do Brasil. Tributário desta perspectiva, este trabalho se propõe a analisar a vida material dos que viveram nas Minas à época da administração colonial. Baseados em inventários post-mortem, pretende-se sinalizar para a complexidade da vida doméstica, tanto das elites quanto dos clérigos, que foram importantes segmentos sociais da época.
Professora do Curso de História e mestranda em Ciências da Linguagem na Universidade do Vale do Sapucaí.
Graduando do Curso de História da Universidade do Vale do Sapucaí e bolsista da Fapemig (Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais).
Cidade. Urbanização. Políticas públicas
Este trabalho tem por objetivo discutir as relações de sociabilidade em torno do Mercado Municipal de Pouso Alegre, no sul de Minas Gerais, e as políticas de urbanização no período de 1940-1970. O Mercado Municipal, desde o fim do século XIX, é um ponto de tensões e conflitos sociais na cidade. Com o passar do tempo, desde sua fundação em 1873 até os dias atuais, sua estrutura sofreu reformas, ampliações e melhoramentos pautados no ideal higienista do início da República no Brasil e nos moldes do pensamento dos governantes do regime militar de 1964.
Professor de História na rede particular de ensino da cidade de Florianópolis. Mestrando na Universidade Estadual de Santa Catarina (Udesc). Possuigraduação em História pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Urbanização. Música sertaneja. Caipira.
O presente artigo busca incitar uma discussão em referência ao tema da urbanização e sua relação direta com o surgimento da música sertaneja. Além de um breve panorama histórico desse processo, traz como fontes de análise algumas canções da música sertaneja que exemplificam a experiência pela qual o homem do campo passou no momento em que sai do interior e ruma à capital em busca de trabalho.
Graduado em História (Unimep - 2003) e mestre em educação (Unimep - 2006), é atualmente doutorando em educação pela Unimep e atua como professor universitário em disciplinas de História e Educação. Contato: andredelavale@yahoo.com.br.
Campo. Cidade. Vida urbana.
Doutorando em Sociologia na Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara, da Universidade Estadual Paulista ?Júlio de Mesquita Filho?. Bolsista do Programa CAPES, com período sanduíche na Universidade de Salamanca, USAL, Espanha.
Pensamento urbano. Planejamento urbano. Democracia. Participação. Políticas públicas.
Doutor em História, professor da Faculdade de História e do Programa de Pós-Graduação em História Social da Amazônia e pesquisador do CNPq.
Pintura. História. Identidade nacional.
Em 1917, Belém do Pará assistiu a uma exposição sobre os três séculos dos trajes e da moda paraense. O evento revisitou alguns dos temas clássicos da história nacional, como a abolição da escravatura e o próprio tricentenário da cidade, por meio de uma mostra organizada pelo maranhense João Affonso do Nascimento (1855-1924). Foram 56 aquarelas, sépias e nanquins reproduzindo a evolução do vestuário masculino e feminino no Pará, desde 1616 até 1916. Nesta comunicação, analiso o processo de construção dessa história da moda como parte de um projeto mais amplo dos intelectuais da Amazônia em rever os cânones da escrita da história e da própria narrativa visual do passado e suas relações com as festas da nacionalidade brasileira.
Trabalho publicado originalmente como dissertação de Mestrado em História pela Universidade Estadual de Maringá, em 2011, com o título “A indústria têxtil e a moda brasileira: a urdidura de novos conceitos e percepções do vestir na década de 1960”.
Feira Nacional da Indústria Têxtil. Moda e História.
Este artigo propõe discutir como a Feira Nacional da Indústria Têxtil (FENIT) difundiu os tecidos brasileiros desde sua inauguração em 1958 e por toda a década de 1960. A relação da indústria têxtil com a moda estava vinculada à divulgação da fibra têxtil natural algodão (CO) e à propagação do segmento têxtil ao conhecimento do empresariado e consumidor. Propõe discutir ainda sobre como a feira introduz elementos da produção brasileira nos tecidos desenvolvidos em suas padronagens (desenhos) nas tecelagens nacionais e também nas estamparias que surgem nas coleções que eram criadas e desenvolvidas pelos costureiros brasileiros do período. Iniciava ali um alinhavado de história, cores, formas e elementos da identidade nacional.
Doutoranda em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), onde desenvolve o trabalho “Os códigos de narração e a reportagem: por uma história narrativa do jornalismo de revista no século XX”. Professora dos cursos de Comunicação Social do Complexo Educacional FMU-FIAM-FAAM, é Mestre em Ciências da Comunicação e graduada em Comunicação Social, ambos pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP).
Jornalismo. Moda. Revista.
Embora o jornalismo de moda ganhe impulso no Brasil apenas a partir dos anos 60, é possível observar uma produção jornalística constante sobre esse assunto desde o início do século XIX no país. Muitas vezes misturado a outros temas de interesse geral, essa produção jornalística é um importante inventário dos costumes em termos de vestimenta e de hábitos culturais, bem como mostra algumas características centrais do tipo de jornalismo praticado no país nessa época. O objetivo deste artigo é explorar alguns aspectos da trajetória do jornalismo de moda no Brasil pré-anos 60, com ênfase na Revista da Semana e em O Cruzeiro.
Mestranda em História da Arte pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e bacharel em História da Arte pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Bolsista FAPESP desde 2011. Desenvolve pesquisas no campo do vestuário, relacionando-o aos conhecimentos adquiridos no curso de História da Arte. E-mail: larissartes@yahoo.com.br.
Cesare Vecellio. Cinquecento. Vestuário.
Considerada por muitos pesquisadores como uma ambiciosa antologia do vestuário mundial, a obra De gli habiti antichi et moderni di diverse parti del mondo (1590), de Cesare Vecellio, merece uma análise mais atenta, sobretudo no que se refere ao teor de seus comentários textuais. Focaremos nos treze breves capítulos iniciais do volume, por elucidarem as motivações ideológicas do autor, e também nas noções proeminentes para instrumentalizar aquele que lia. Após um conciso panorama sociocultural, levantaremos questões quanto a sua relevância, peculiaridades e estrutura. Além disso, será possível refletir sobre seus esclarecimentos a respeito dos diferentes tecidos, cores e vestes antigas ou modernas.
Mestre em História pela UNESP, doutora em História pela UFMG, coordenadora do Programa de Mestrado em História da UNIMONTES – Universidade Estadual de Montes Claros – e bolsista produtividade FAPEMIG.
Graduando do curso de História da UNIMONTES. Desenvolve TCC sobre o tema “Corpo, história e mídia: uma análise do filme O diabo veste Prada”, sob orientação da profa. Regina Célia Lima Caleiro.
Corpo. Moda. Feminismo.
O artigo trata da emergência do corpo como objeto de estudo da História e o consequente interesse pelas questões da moda. Trata também das conquistas do movimento feminista e dos impasses atuais sobre a posse do próprio corpo pelas mulheres e da busca da felicidade no amor.
Historiadora da Rede Globo e Mestre em Memória Social pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO. Atua na área da História Cultural com ênfase em abordagens multidisciplinares. Em sua pesquisa, os assuntos mais frequentes são: História, Memória e Moda. E-mail para contato: luciana.andrzejewski@tvglobo.com.br.
História. Moda. Comportamento.
As reformulações do Rio de Janeiro no início do século XX encontraram na moda um elemento irradiador para conseguir, em parte, o objetivo de "europeizar" a cidade. O modo de vestir, como demonstração de poder e status, transformou a roupa num símbolo de comunicação, contendo palavras e signos próprios. A proposta deste trabalho é demonstrar, através da moda, memórias da vida cotidiana das classes dominantes, sendo a roupa a forma material de representar os acontecimentos que marcaram as transformações da Capital e o imaginário social de uma época.
Mestrando no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Bacharel em História pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Bolsista desde 2011 pela agência CAPES/REUNI e cadastrado no CNPQ como estudante nos grupos Intersubjetividade e pluralidade: reflexão e sentimento na História e no Núcleo de Artes Visuais (NAVIS). Desenvolve pesquisas nas áreas de história do teatro, história contemporânea, história política, com ênfase metodológica nas relações entre história e imagem. Email: gustavobononi@hotmail.com.
Teatro Oficina. Arte engajada. Análise do Discurso.
Este artigo tem como objetivo analisar, a partir dos preceitos da epistemologia e da metodologia da Análise do Discurso francesa, um discurso publicado no ano de 1972 pelo dramaturgo José Celso Martinez Corrêa, fundador do grupo Teatro Oficina de São Paulo. Com isso, pretende-se ressaltar elementos de produção da linguagem que caracterizam as maneiras de resistir que alguns artistas e produtores culturais tomaram ao pronunciarem-se publicamente durante o período de maior repressão da ditadura militar brasileira. Este artigo pretende contribuir com novas fontes e
Mestre em Comunicação pela Faculdade Cásper Líbero (FCSCL), na qual é Membro do Grupo de Pesquisa Comunicação e Sociedade do Espetáculo. Mestre em Filosofia e Teoria Geral do Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).
História da MPB. Clube da Esquina. Sociedade do Espetáculo.
Este artigo versa sobre a resistência política e a inovação musical promovidas pelos artistas que participaram do álbum Clube da Esquina, de 1972, no contexto da repressão do regime militar no Brasil e sob a perspectiva da Sociedade do Espetáculo.
Bacharel em História pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FAFICH) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Memorial. Política de memória. Reparação.
No presente trabalho apresentaremos o processo de concepção do Memorial da Resistência de São Paulo, entendido como espaço de memória que procura garantir a preservação do antigo centro de tortura do DEOPS/SP como lugar histórico de uma dolorosa experiência, revitalizada num novo sentido social. Por meio da arte e de atividades culturais, reivindica-se dignidade aos afetados pelas violências da ditadura, procurando contribuir para a construção de uma sociedade consciente de seu passado.
Professor da graduação e do mestrado em História da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE. Membro do Laboratório de Pesquisa, Trabalho e Movimentos Sociais – LTMS/UNIOESTE. Coordenador do Laboratório Multidisciplinar de Educação Continuada – LEC/UNIOESTE. Doutor em História Social pela Universidade Federal de Uberlândia. Este artigo parte de considerações da tese de doutorado em História defendida em 2009 na Universidade Federal de Uberlândia, que tem como título Memórias e histórias de trabalhadores em luta pela terra: Fernandópolis-SP, 1946-1964. E-mail: moreiravagner@terra.com.br.
DOPS. Memória. Comunismo.
Este artigo tem como objeto problematizar o debate sobre a criminalização dos movimentos sociais do presente perscrutando o movimento de trabalhadores ocorrido em Fernandópolis em junho de 1949, conhecido como “levante comunista” ou movimento de “revolução agrária”, para historiar uma possibilidade do processo histórico de criminalização dos movimentos sociais no Brasil. O processo histórico vivido pelos trabalhadores na luta pela terra em Fernandópolis estava relacionado a situações extremadas envolvendo a pressão e exploração do latifúndio, a organização de movimentos diversos, a luta política partidária e a repressão política e policial do DOPS.
Mestranda em Educação pela PUC-MG. E-mail para contato: elenicesf@hotmail.com.
Memória. História oral. Educação. Ditadura civil-militar.
Sabe-se que no campo da história da educação brasileira as relações sociais estabelecidas no interior das escolas, caracterizadas pelo poder de uns sobre os outros em decorrência da estrutura hierárquica e burocrática comum nessas instituições, ainda têm sido pouco discutidas, sobretudo no âmbito das cidades menores. Assim, a história da educação local pouco aparece contemplada nos “documentos oficiais” e, portanto, o sujeito dessa história “menor” é silenciado. Este artigo apresenta uma pesquisa de mestrado em andamento cujo objeto é as relações de poder em uma escola pública, na cidade de Vitória da Conquista (Bahia), no período da ditadura civil-militar no Brasil, através das memórias de professores. Estamos lançando mão também de documentos escritos que nos remetem à estrutura e às ações da escola investigada. Apresentaremos aqui as vias percorridas em busca das fontes documentais, bem como os diálogos iniciais estabelecidos com estas, revelando os resultados preliminares da pesquisa, além de situar os fundamentos epistemológicos da memória e da história oral.
Mestranda em História Social pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas). Email: pamelaresende@yahoo.com.br.
Repressão. Anistia. Abertura política.
O final da década de 1970 foi marcado pela intensificação das manifestações sociais que exigiam, entre outras coisas, o retorno dos militares aos quartéis. Esse período foi marcado também pela decretação da Lei 6.683, chamada Lei de Anistia, em 1979. O objetivo deste artigo é analisar, através da documentação presente na série Dossiês do Fundo DEOPS, a atuação de parte da comunidade de segurança do regime civil-militar em relação aos movimentos pela anistia. Nesse sentido, buscou-se compreender os critérios pelos quais determinadas pessoas e movimentos eram alvos de investigações, o modo como o regime procurou cercear os indivíduos, seja na busca da informação, seja na prática da repressão, e quais tipos de informações eram considerados importantes, com o intuito de desvendar o modus operandi desse aparato estatal.
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