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Artigo publicado na edição nº 43 de agosto de 2010.
Notas sobre as origens do Escritório Central da Comissão Rondon no Rio de Janeiro

Luciene Pereira Carris Cardoso

Os estudos sobre as viagens e expedições ao interior do Brasil vêm merecendo a atenção de muitos estudiosos à medida que se promove sintomaticamente a valorização da história da ciência no país. Ao produzirem determinados materiais como relatórios de viagens ou cadernetas de campo, os viajantes que faziam excursões ao interior contribuíram para o aprimoramento de informações sobre o hinterland nacional. Desta maneira, ultrapassando o conhecimento especializado de cada disciplina, eles colaboraram também para a formação de um imaginário social sobre a realidade brasileira[*1].

No Brasil, em meados do século XIX, já era nítida a visão de conjunto do território brasileiro, pois havia uma demonstração de preocupação em assegurar a unidade física do Império, mas não havia o conhecimento real da extensão do espaço territorial. Assim, foram empreendidas várias campanhas em prol de uma política de povoamento, assim como numerosas expedições e explorações que ambicionavam levantar e explorar as riquezas naturais, incentivando a abertura de novos caminhos, como estradas, ferrovias e rios navegáveis.

A ideia de asseverar a unificação do território esteve presente nas políticas em esfera federal, não por acaso o próprio movimento rumo à independência mantinha uma política de ocupação do solo. A repressão aos movimentos de cunho separatista durante o regime monárquico reforçava sempre a tese de salvaguardar a integridade territorial. Sob a bandeira do progresso, da ciência e da civilização, vislumbrava-se um discurso sobre o território que se centralizava nas implicações climáticas e físicas, nas características raciais dos habitantes, na adaptação do indivíduo ao solo, na formação social do povo e na imigração[*2].

Seja como for, o país vinha atravessando um processo de modernização, mas alguns problemas ainda persistiam: um exemplo era a falta de comunicação com as cidades do interior. Um fato marcante, que denota as consequências dessa comunicação precária, tanto externa quanto internamente, foi a Guerra do Paraguai. Travado por mais de cinco anos (1864-1870), o conflito demonstrou a deficiência das comunicações entre as províncias, principalmente entre a Corte e o campo de batalha. Sem falar na inexatidão de mapas hidrográficos e dos sítios em que o conflito foi travado. A guerra ressaltou o desconhecimento do território nacional e de seus limites. Estreitar as comunicações entre as diversas províncias, por meio de uma aparelhagem eficiente de linhas telegráficas, era primordial para a defesa das fronteiras e para a garantia da integridade territorial[*3].

Assim, as linhas telegráficas construídas durante a campanha revelaram-se eficazes para nortear o avanço das tropas e para a redefinição das estratégias militares: no interior ou nos sertões, sua serventia estaria associada às noções militares de defesa do território, do governo e da administração de populações dispersas, de manutenção da ordem e progresso da nação. Como disse Laura Antunes Maciel:

Integrar os espaços ditos vazios do país através da construção de linhas telegráficas e de um projeto de colonização transformou-se em uma bandeira republicana, empunhada por grupos de engenheiros militares que, imbuídos da fé positivista na Ciência e na Técnica, pretendiam acelerar a marcha evolutiva do país.[*4]

Em 1888, o país contava com pouco mais de dezoito mil quilômetros de linhas telegráficas, mas três estados importantes do interior, Goiás, Amazonas e Mato Grosso, permaneciam ainda sem o serviço. Naquela época, o Governo decidiu criar uma linha telegráfica em Cuiabá (MT), mas não obteve o sucesso almejado. Sob o governo republicano de Deodoro da Fonseca, entre os anos 1890 e 1892, foi criada a Comissão de Linhas Telegráficas de Goiás e Cuiabá sob a chefia do coronel Ernesto Gomes Carneiro, que contou com a participação do jovem militar Cândido Rondon na qualidade de ajudante. Já entre 1892 e 1898, Rondon participaria de uma nova missão: supervisionar a construção das linhas telegráficas de Mato Grosso a Goiás, entre Cuiabá e Araguaia, e uma estrada ligando Cuiabá a Goiás. Logo em seguida, seria encarregado de liderar a comissão para a construção de uma linha telegráfica entre as cidades de Cuiabá e Corumbá (1900-1904) e no extremo sudoeste do Brasil, chegando às fronteiras do Paraguai e da Bolívia (1905-1906).

Entre 1907 e 1915, foi incumbido de implantar as linhas telegráficas no noroeste do Brasil, projeto que se estenderia até o estado do Amazonas, no mesmo momento em que estava sendo construída a ferrovia Madeira-Mamoré. Incluiu-se também nesse período a participação de Rondon na expedição do ex-presidente dos Estados Unidos de 1914, Theodore Roosevelt, denominada posteriormente de “Expedição Roosevelt-Rondon”. Consoante a política de aproximação entre aquele país e os países da América do Sul, Roosevelt estava realizando uma série de conferências, e para o final da sua jornada solicitou ao ministro das Relações Exteriores do Brasil, Lauro Müller, uma espécie de safári turístico. Mais do que o esperado, a viagem se tornou uma missão científica, em que se explorou todo o rio da Dúvida, afluente do rio Madeira, localizado nas áreas remotas da Bacia Amazônica, e que posteriormente receberia o nome de rio Roosevelt.

Mesmo após o encerramento oficial dos trabalhos das linhas telegráficas, Rondon permaneceria no centro do país, completando explorações de rios, a fim de reunir dados para a “Carta Geográfica do Estado de Mato Grosso” entre 1915 e 1919. De todo modo, as missões do militar Cândido Mariano da Silva Rondon, considerado o “patrono das comunicações” ou o “desbravador e civilizador dos sertões”, privilegiaram áreas insondadas do território mato-grossense. Além de instalar as linhas telegráficas, as atividades de Rondon privilegiaram o estudo, a exploração e o mapeamento da região com o objetivo de promovê-la e incorporá-la ao restante do território nacional.

Sua ideia de nação baseava-se na doutrina positivista de que o progresso tecnológico – neste caso, a criação do telégrafo – levaria a civilização àquelas comunidades longínquas[*5]. No Brasil, desde o final do século XIX, as autoridades republicanas preocupavam-se com a soberania e a preservação do espaço nacional. A vasta extensão territorial era motivo de ufanismo, mas, por outro lado, o isolamento de algumas regiões, afastadas dos grandes centros e situadas em faixas de fronteira, daria ensejo a diversos projetos de integração ao território, a exemplo da Comissão de Construção das Linhas Telegráficas, formada por militares, que interligou as comunicações entre Rio de Janeiro, São Paulo e Triângulo Mineiro à Amazônia[*6].

O objetivo principal da Comissão de Linhas Telegráficas Estratégicas de Mato Grosso ao Amazonas (CLTEMA), amplamente conhecida como “Comissão Rondon”, constituía na construção de linhas e estabelecimentos de estações telegráficas, e na execução de inspeção das fronteiras brasileiras. Paralelamente, foram feitos levantamentos sistemáticos de dados geográficos e topográficos, o reconhecimento da fauna e da flora, um inventário da mineralogia, da climatologia, da geologia e os estudos etnográficos. Ao lado da pacificação das sociedades indígenas, os integrantes da Comissão fizeram também a observação e o registro de seus hábitos e costumes. Não é nossa intenção realizar uma análise substancial da relação estabelecida entre Cândido Rondon e os indígenas. Mas há de se destacar a utilização estratégica de sua imagem como “selvagem, pacificado, integrado/civilizado”, como apontou Fernando de Tacca[*7].

Em 1910, mesmo ano em que era criado o Serviço de Proteção aos Índios, Cândido Rondon decidia instituir na Capital Federal o Escritório Central da Comissão Rondon[*8]. Ele argumentava que o aumento progressivo de suas competências e de poder, ou seja, a própria estrutura burocrática da Comissão, crescia a passos largos. Somavam-se a isso as inúmeras dificuldades enfrentadas entre os anos de 1907 e 1909, decorrentes de sua ausência nos acampamentos da construção das linhas telegráficas. O militar idealizava um departamento que se transformasse, estrategicamente, em um meio de interlocução entre a Comissão Rondon e os Ministérios da Guerra, Viação e Obras Públicas, além das repartições do Tesouro Federal e dos Telégrafos, alcançando também as esferas do comércio nacional e estrangeiro[*9].

Em maio de 1910, o Escritório Central da Comissão Rondon começava a desenvolver as suas atividades no primeiro andar de uma casa particular situada na rua do Ouvidor, esquina com Sachet, atual Travessa do Ouvidor[*10]. Para facilitar a execução de suas tarefas, ele foi dividido em três seções: Expediente, Contabilidade e Desenho. De maneira geral, as atribuições da instituição centralizavam-se na coleta e na organização dos trabalhos; elaborava-se a contabilidade que era escriturada em livros e a produção dos desenhos do material encaminhada pelos integrantes da Comissão. Havia uma necessidade imediata de centralizar todas as informações coletadas, bem como os resultados teóricos e os desenhos e croquis esboçados nos acampamentos, organizando-os em um arquivo.

Como entidade burocrática, pretendia simplificar a comunicação entre seus funcionários, e a destes com o chefe da Comissão, Cândido Rondon. Ademais, sua criação deveria espelhar e justificar os ideais de seu fundador. Através do Escritório Central seria possível refutar as críticas sobre a ineficiência da Comissão e sobre os gastos excessivos, volta e meia noticiados pela imprensa nacional, como o Jornal do Comércio[*11]. Essa nova repartição atuaria na coordenação da divulgação de informações dos trabalhos da Comissão Rondon, através da edição dos relatórios técnico-científicos das atividades desenvolvidas e da publicação de artigos em diversos periódicos[*12].

A seleção inicial dos integrantes para a composição da estrutura administrativa do Escritório Central não foi aleatória: segundo Rondon, constituía-se de “funcionários previamente escolhidos e capazes de representar o pensamento do chefe da Comissão”[*13]. Para a Seção do Expediente, fora designado Francisco Xavier Junior, cedido pela Repartição Geral dos Telégrafos, substituído em seguida pelo primeiro-tenente Luiz Carlos Franco Ferreira. Para a Seção de Contabilidade, atuou o funcionário cedido pela Repartição dos Telégrafos, Pedro Malheiros, e, por último, para o Setor de Desenho, o primeiro-tenente Francisco Jaguaribe Gomes de Mattos.

Em 24 de setembro de 1910, o Escritório Central da Comissão Rondon transferia-se para o edifício do Ministério da Agricultura[*14]. A entidade passou a funcionar ao lado de outro órgão idealizado por Cândido Rondon, o Serviço de Proteção aos Índios. Vale ressaltar que esse fato permitia um controle maior sobre as suas atividades, garantindo a eficiência administrativa das duas repartições, objetivo muito almejado por Rondon.

Ao que parece, as atividades de cunho científico da Comissão Rondon aumentaram quando ela passou a estar vinculada também ao Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio, apesar da sua subordinação aos Ministérios da Guerra e da Viação[*15]. Por outro lado, podemos supor que essa “tripla ingerência” oficial deveria influenciar a continuidade de suas atividades. Uma pista pode ser observada no relatório oficial do capitão Luiz C. Franco Ferreira, chefe da Seção de Expediente, em 1912. O militar revelava uma “forte campanha contra os serviços da Comissão entre outubro de 1911 e fevereiro de 1912”[*16] por parte do Ministério da Viação e Obras Públicas, mas que havia sido vencida. Em outro momento, relatava a dificuldade de se reunir e enviar oficiais e praças dos departamentos do Ministério da Guerra para os trabalhos de campo, chegando a sua fiscalização a seguir até o momento do embarque[*17].

De qualquer modo, para o chefe do Setor de Desenho, o tenente Gomes de Mattos, a mudança para uma nova sala mais iluminada e espaçosa proporcionava o melhor aproveitamento do ambiente e a aquisição de modernos instrumentos, tais como o pantógrafo, que permitia fazer reduções ou ampliações de mapas e de desenhos[*18]. Uma nova mudança ocorreu em 1912 com a criação do Setor de Fotografia e Cinematografia sob a chefia de Luiz Thomas Reis. Funcionário cedido pela Repartição Geral de Telégrafos, foi colocado à disposição do Ministério da Viação e Obras Públicas para integrar a Comissão Rondon na qualidade de auxiliar de Desenho. Seja como for, somente em 1914, esta seção seria formalizada. Naquele mesmo ano, o coronel Amílcar Botelho de Magalhães assumiu oficialmente a direção do Escritório Central, ocupando o cargo até 1922, transformando-se no braço direito de Rondon. Convém destacar que Botelho de Magalhães, sobrinho de Benjamin Constant (grande difusor das ideias positivistas entre os jovens oficiais do Exército no final do século XIX), já vinha servindo como auxiliar na Comissão Rondon desde 1908.

Ao que tudo indica, ele adotou uma nova estratégia administrativa para o Escritório Central, decidindo investir acentuadamente em fotografia e cinematografia, além de garantir a publicidade das atividades desenvolvidas pela Comissão nos meios de comunicação. Botelho de Magalhães acreditava que uma imagem poderia alcançar com mais veemência o público:

através da fotografia e da cinematografia, pode-se fazer ideia do sertão sem lá pôr os pés, sem sentir, pois, os incômodos do clima, dos mosquitos, dos carrapatos e outras coisas mais desagradáveis ainda.[*19]

Em outras palavras, a fotografia transformava-se numa crônica de viagem, sintetizando as atividades realizadas, narrando os avanços sobre a natureza e apresentando o pensamento de seu chefe, Cândido Rondon. Em 1914, após a Expedição Científica Roosevelt-Rondon, o próprio chefe do Escritório Central organizou um resumo dos trabalhos realizados e publicou-os no Jornal do Comércio[*20].

A estratégia também fora adotada por Cândido Rondon, que pronunciou conferências nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro no ano de 1915[*21]. Algumas instituições científicas e culturais, a exemplo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro, emitiram pareceres favoráveis às atividades da Comissão Rondon, o que colaborou para o fortalecimento da imagem do militar como herói nacional[*22]. Além disso, as informações – coletadas e sistematizadas – encontradas no arquivo do Escritório Central deveriam ser compartilhadas com outras instituições nacionais. Durante a elaboração do Dicionário Histórico, Geográfico e Etnográfico, preparado pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro para as Comemorações do Centenário da Independência, em 1922, Cândido Rondon determinou que o tenente Jaguaribe de Mattos auxiliasse no levantamento de informações etnográficas e geográficas para a produção daquela obra[*23].

De qualquer maneira, ao fazer a divulgação dos trabalhos, Botelho de Magalhães visava angariar novos fundos, ou até mesmo manter ou aumentar as subvenções orçamentárias oficiais[*24]. A administração de Botelho de Magalhães no Escritório Central visava legitimar institucionalmente a Comissão Rondon e, para isso, fez-se necessário editar os relatórios técnico-científicos produzidos pelos membros da Comissão. Os relatórios eram revisados pelos seus autores, mas passavam pelo crivo do Escritório[*25]. Pretendia-se dar credibilidade e publicidade aos trabalhos da Comissão.

É válido ressaltar que diversos naturalistas participaram da Missão Rondon, pois, para eles, pertencer a ela era uma oportunidade formidável de trabalho. Podemos assinalar que constituía um privilégio desenvolver uma pesquisa de campo patrocinada pelas esferas governamentais. Conhecer, coletar e registrar espécies novas da flora e fauna in loco e encaminhá-las ao Museu Nacional consistiam também nas principais atividades desses indivíduos[*26]. A participação na Comissão Rondon possibilitou a consolidação da trajetória profissional no cenário intelectual e científico. Com a publicidade de seus trabalhos e das trocas de informações com outros cientistas, alcançaram reconhecimento também no exterior, a exemplo dos botânicos Frederico Carlos Hoehne e João Geraldo Kuhlmann[*27].

Além dos relatórios da Comissão Rondon, os boletins editados pelo Escritório Central até 1930 demonstram a permanência desse modelo de administração. Tais documentos registraram o movimento de pessoal (nomeação, licença, ordens de embarque, demissões etc.), além da anotação da entrega de plantas, de mapas e de cadernetas dos diversos indivíduos que passaram pela Comissão. Verifica-se a participação de indígenas locais como integrantes. Na anotação de funcionários, eles aparecem registrados nas funções de “roceiros civilizados”, “guarda-fios” ou “balseiros”[*28]. Os trabalhos da construção das linhas telegráficas encerrar-se-iam em 1915 e, ao que tudo indica, não foram bem recebidos pela Repartição Geral dos Telégrafos: alegava-se a impossibilidade de sua conservação em áreas tão distantes. Todavia, o Escritório Central continuou desenvolvendo suas atividades como organização burocrática, e, apesar de sua dissolução oficial, buscou reunir técnicos de outras repartições para um projeto liderado por Cândido Rondon, que seria publicado somente em 1952. Tratava-se da Carta Geográfica de Mato-Grosso[*29].

Referências bibliográficas

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Doutora em História pelo Programa de Pós-Graduação em História Política da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Desenvolve pesquisa na área de História do Brasil, atuando principalmente nos seguintes temas: História Institucional, História e Memória e História da Ciência, com ênfase nas relações entre intelectuais e cientistas e os espaços de sociabilidades. O presente artigo constitui uma nota de pesquisa, ainda em estágio inicial, desenvolvida para o projeto de pesquisa “Inventário da natureza do Brasil: as atividades científicas da Comissão Rondon (1907-1930)”, coordenado pela pesquisadora Doutora Dominichi Miranda de Sá, da Casa de Oswaldo Cruz, Fiocruz.
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Ofício do dia 12/7/1917, de Cândido Mariano da Silva Rondon, chefe da Comissão ao Sr. Rodolfo Garcia, secretário da Comissão Diretora do Dicionário Histórico, Geográfico e Etnográfico do IHGB. Museu do Índio, Serviço de Arquivo, filme 328, fotograma 0047.
Em 1917, Botelho de Magalhães solicitou um aumento de duzentos mil réis para a publicação dos Relatórios da Comissão Rondon, especialmente os dedicados à História Natural, Botânica, Geologia e Etnografia. Sugeria que o ministro Augusto Tavares de Lyra, da pasta de Viação e Obras Públicas, intercedesse junto ao Congresso Nacional. “Ofício do Chefe do Escritório Central da Comissão Rondon ao Ministro dos Negócios Viação e Obras Públicas”. Rio de Janeiro, 26.03.1917. Museu do Índio, Serviço de Arquivo, filme 328, fotograma 0028.
Ao que parece, não apenas os relatórios passavam pelo aval do chefe do Escritório Central, mas também qualquer outro trabalho. Em ofício datado de 2 de junho de 1917, Botelho de Magalhães recomendou algumas alterações nos textos das conferências de Luiz Bueno Horta Barbosa que seriam realizadas em São Paulo e no Palácio Monroe, no Rio de Janeiro. Museu do Índio, Serviço de Arquivo, filme 328, fotograma 0043.
Ao que tudo indica a Comissão Rondon coletou cerca de 23.107 exemplares de material botânico, zoológico, mineralógico, geológico e antropológico para o Museu Nacional. Cf. Bigio, 2000, p. 12.
Sobre a trajetória de F. C. Hoehne, ver: Ferri, 1994, p. 213. Sobre uma trajetória mais abrangente do botânico João Geraldo Kuhlmann, ver IBDF, 1984.
Boletim do Escritório Central da Comissão Rondon, 29 de novembro de 1915, “Pessoal para 3ª Seção de Conservação”. Museu do Índio, Serviço de Arquivo, filme 326, fotograma, 0137.
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