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Artigo publicado na edição nº 50 de Outubro de 2011.

O FAUSTO DOS NEGROS:

A procissão de São Benedito no Sergipe Oitocentista

Magno Francisco de Jesus Santos [*1]

O tempo da festa

Ano bom. Era o raiar de mais um ano, um novo reinício com festas, missas e procissões. O mundo católico do Império do Brasil seguia os pressupostos da religião do Calvário, com pinceladas africanas e ameríndias. O ritual católico estava mesclado de superstições. As normativas do Concílio do Vaticano I se mesclavam ao universo religioso barroco. Leituras diferenciadas. Olhares envoltos por interpretações díspares. Era a religiosidade do Brasil na segunda metade da centúria dos oitocentos.

O Brasil possuía uma experiência religiosa própria, pois o século XIX “recebeu de herança o que ficou conhecido por religiosidade colonial ou catolicismo barroco”[*2]. Tratava-se de um país em que o campo religioso encontrava-se multifacetado, maculado pelo domínio das inúmeras irmandades espalhadas nos templos. Os leigos estavam no poder e possuíam o controle das ações dentro das práticas religiosas[*3]. Pode-se dizer que existia na ex-colônia lusitana das Américas um catolicismo tingido pelas cores dos sujeitos envoltos na trama. A teatralidade barroca da Europa se alinhava ao panteão de divindades africanas e indígenas, criando uma religião híbrida.

O que pode ser dito a respeito da menor província do Império na segunda metade do século XIX? A realidade certamente não era muito distante do que ocorria na corte e nas principais províncias, como Minas Gerais, Pernambuco e Bahia. A experiência religiosa provincial se aproximava do que ocorria no restante do país, se enquadrando “nos moldes do chamado catolicismo tradicional e popular”[*4]. Prevaleciam as imagens das procissões, missas solenes e cantadas, práticas penitenciais, deslocamento de romeiros. Em suma, era uma religiosidade transubstanciada na festividade, nos espetáculos de rua.

Na perspectiva de Pierre Verger, o Brasil do século XIX não era somente formado por grandes construções com influência europeia, mas, sim, por uma sociedade visceral, que suspirava os dramas cotidianos por meio do espetáculo, ou seja, era essencialmente “um barroco de rua”[*5]. Nada de insosso. A sociedade brasileira oitocentista era colorida, plural, exímia na diversidade, inclusive social.

As celebrações se espalhavam pela província de Sergipe. Em cada época do ano o calendário se tornava uma ocasião para reviver os dramas cotidianos e, concomitantemente, o tempo sagrado. A festa, em si, “corta a sequência. Ela quebra o encadeamento dos acontecimentos que a ideologia histórica européia nos apresenta como lógico e insuperável”[*6]. Na cosmovisão do homem religioso, o tempo não se apresenta de modo unívoco, contínuo; ele é percebido pela sociedade com rupturas, quebras, enlaces que despertam aceleração, ou seja, “tal como o espaço, o tempo também não é, para o homem religioso, nem homogêneo, nem contínuo”[*7]. Cada grupo social realiza uma apropriação do tempo. A festa é uma dessas protrusões temporais.

O mesmo ocorria na vila de Lagarto[*8], no agreste da província de Sergipe. Fim de ano era sinônimo de festa. O ano bom era celebrado com pompa e atraía a população dos povoados e vilas próximas. O leque devocional do Império entrava em cena com as celebrações em torno dos Santos Reis, São Benedito e Nossa Senhora do Rosário. Por alguns dias as ruas da pequena vila se encontravam repletas de membros da elite local, compartilhando o mesmo espaço com anônimos, pobres camponeses e escravos que se deslocavam para celebrar seus patronos.

As festividades eram organizadas pela irmandade Nossa Senhora do Rosário. Nos primeiros dias do ano, o controle dos bens simbólicos estava sob a tutela de uma pequena elite também simbólica que compunha a corporação religiosa constituída por leigos. Segundo o compromisso aprovado pela Assembleia Provincial por meio da Resolução 963 no dia 31 de março de 1874, a irmandade não fazia distinção alguma de cor:

E’ criada nesta villa de N. S. da Piedade do Lagarto uma Irmandade com a invocação de N. S. do Rozario, a qual se comporá de todas as pessoas de ambos os sexos, casados, viuvos, e solteiros até a idade 7 annos sem distincção de cor e condicção. Não há numero limitado. Art. 2º. Haverá nesta Irmandade um thesoureiro, dous procuradores, um escrivão, tres juizes, e doze mordomos. [*9]

Como se pode perceber, a Irmandade Nossa Senhora do Rosário da Freguesia Nossa Senhora da Piedade da vila do Lagarto não realizava distinções de cor. Ao contrário de outras congêneres de Sergipe e do Império, nas quais a devoção do Rosário era destinada à população escrava, a irmandade lagartense não designou um mecanismo legal visando segregar segmentos sociais. Pelo contrário, instituiu um código que abria o campo, criava oportunidade de congregar diferentes esferas da sociedade local, o que certamente acarretaria o aumento das arrecadações.

A não predisposição da exclusividade étnica no compromisso da Irmandade Nossa Senhora do Rosário de Lagarto não significa dizer que havia em seu interior uma miscelânea de camadas sociais. Os memorialistas das festas do ciclo natalino de Lagarto oitocentista demonstram que havia o predomínio da população negra, especialmente escravos. Ao que tudo indica, em Lagarto não ocorreu o processo de elitização da Irmandade do Rosário como aconteceu em Estância[*10]. Em Lagarto a posse da irmandade estava sob a autoridade da população escrava. Eram eles os donos das festas colossais que ocorriam com pompa nos primeiros dias do ano; eram eles que desfilavam com seus santos patronos, acompanhados por uma multidão desmedida de devotos. As normas estabelecidas pelos irmãos do Rosário e aprovadas na Assembleia Provincial eram apenas um aparato legal que nem sempre estava próximo do que ocorria nas práticas cotidianas.

A nova historiografia brasileira sobre festas tem evidenciado que as celebrações eram ocasiões de congregação, mas que nem sempre as chagas sociais eram esquecidas ou apagadas. Provavelmente ocorria uma camuflagem. Diante da pompa da solenidade, as diferenças entre pobres, ricos e marginalizados pouco apareciam. Contudo, podemos afirmar que elas certamente existiam e se faziam presentes nas celebrações [*11].

Neste texto não temos o intuito de discutir essa relação dicotômica entre poder e classe. O propósito é compreender a construção simbólica do poder inerente aos festejos dos santos patronos dos negros na vila de Lagarto, utilizando como fonte a descrição realizada por Mello Morais Filho, o compromisso e o livro de prestação de contas da irmandade Nossa Senhora do Rosário da vila do Lagarto. Nos dias de festa, a pequena vila do agreste sergipano se metamorfoseava com uma aparente inversão social. Nos primeiros dias do ano, os negros com seus patronos assumiam respectivamente os papéis de mordomos e patronos da vila. Isso transparece nas diferentes tipologias documentais. Trata-se de registros que evidenciam o cotidiano das populações afro-brasileiras sob a ótica do visitante e dos próprios segmentos populares que constituíam o enredo social, como atesta Russel-Wood:

É inevitável que as irmandades de negros e mulatos cujos arquivos foram preservados até hoje e sobre as quais estamos mais bem informados sejam as que gozaram de elevado grau de importância e estabilidade durante a época colonial. Seus registros e livros-caixa não têm paralelo na história da América portuguesa como documentos elaborados por negros e mulatos especificamente para si mesmos[*12].

No caso da irmandade da vila de Lagarto trata-se da confluência de dois olhares, de pontos diferentes. O olhar dos bastidores, constituído no intuito de evidenciar e comprovar os gastos inerentes aos festejos, ou seja, um documento produzido pelos membros da irmandade com o intuito de legitimar os gastos e receitas da irmandade diante do Estado e a narrativa de um viajante, a ótica de um intelectual que vislumbrou a celebração como resquício de um tempo que acreditava já ter findado, de um passado remoto. Permeando essas duas perspectivas, emerge também o compromisso da irmandade, com as normatizações que refletem as exigências da sociedade oitocentista, nem sempre cumpridas com rigor pelos irmãos.

A partir desses três ângulos distintos se torna possível tecer a reconstituição da territorialidade construída por conta da realização das festas. O espaço urbano era redefinido, com uma redistribuição de significados e do poderio. As ruas e praças eram tomadas pelos irmãos do Rosário e suas expressões culturais, que ora arrecadavam esmolas para os festejos, ora desfilavam em louvor aos patronos. Os elementos simbólicos da festa eram expostos, demarcando territórios, criando expectativas e fortalecendo laços identitários.

Os irmãos do Rosário preparavam tudo. A festa estava prestes a começar. As ruas estavam abarrotadas de bandeirolas. O desmesurado mastro abanava no alto a bandeira do padroeiro. O padre e a música já estavam contratados. Taieiras e congadas saíam pelas ruas arrecadando as esmolas. Os sinos da matriz anunciavam a procissão, convidando os devotos para o mais importante espetáculo de fé da vila.

Naqueles dias até parecia emergir uma face alegre da escravidão. Os senhores de engenho liberavam os seus cativos para a devida participação nos festejos mais animados da cidade[*13]. A igreja do Rosário se tornava o foco central dos olhares curiosos da população local e o percurso entre as igrejas passava por ressignificações.

A festa dos santos padroeiros dos escravos, São Benedito e Nossa Senhora do Rosário, na vila do Lagarto no século XIX, apresentava uma estética barroca, que despertou o interesse de alguns intelectuais. Viajantes, como Mello Morais Filho[*14], registraram a magnitude com que a população local realizava os festejos dos seus oragos, pontuando aspectos religiosos e profanos, como danças folclóricas.

Segundo o intelectual brasileiro, a procissão de São Benedito poderia ser vista como um pedaço do passado que sobreviveu às barreiras do tempo e adentrou o século XX. Era um fragmento do multifacetado cenário cultural brasileiro do período colonial que permanecia vivo em algumas plagas do norte. Nessa perspectiva, a referida festa era relevante por exibir, em cores, aspectos culturais e religiosos que já haviam desaparecido no sul do Brasil. Observe o registro de Morais Filho.

A procissão de S. Benedito, que se fazia anualmente no Lagarto, em Sergipe, descortinava uma nesga de tela moldurada à antiga, a restauração de uma dessas cenas em que se confundiam classes e castas, constituindo um todo harmônico, estranho e significativo[*15].

Como se pode perceber, o autor identifica a procissão como um momento raro na sociedade brasileira do século XIX, em que as marcantes e acentuadas diferenças sociais se mascaravam. Por alguns instantes a harmonia social era camuflada nas ruas da vila de Lagarto. Na visão do autor, ao longo dos cortejos sacros as diferenças entre as classes eram momentaneamente apagadas.

A procissão de 6 de janeiro era grandiosa. Segundo o relato de Mello Morais Filho, a procissão de São Benedito impressionava pela magnitude. Era tão grandiosa que chegava a ofuscar os demais eventos e celebrações que ocorriam na localidade no mesmo período, como atesta Morais Filho:

Verdade era que um ou outro rancho de pastores, um ou outro termo da burrinha, do bumba meu boi, da caiporinha, dos marujos, etc., percorria as ruas, dançando nas casas, representando a tradição do Natal; porém não era menos evidenciado que o entusiasmo geral preferia a devoção de S. Benedito para tocar ao seu apogeu, ficando, por conseguinte prejudicado o regozijo dos natais e das lapinhas.[*16]

O autor destaca a imponência da celebração de São Benedito diante das demais manifestações culturais do ciclo natalino de Lagarto. Os preparativos da festa ocorriam ao longo dos seis primeiros dias do ano. Desde o dia primeiro já havia indícios relativos à preocupação em constituir um território do sagrado, em demarcar o espaço das festividades, com a retirada do mastro. O mastro representava um elemento simbólico de poder, reafirmava a identidade dos festeiros e evidenciava que, naqueles dias, o destaque da vila do Lagarto era a irmandade do Rosário.

A magna festa tinha por prólogo, no dia 1º de janeiro, a retirada do mastro consagrado ao Santo e que se achava fincado no Largo do Rosário, em frente à igreja. Esse mastro, que ficara do ano antecedente, deixava flutuar no topo uma bandeira branca com a estampa de S. Benedito, e logo abaixo meadas de cordéis, que recordavam os deliciosos ananases e estimados frutos, ali suspensos outrora como embelezamento e para prêmios [*17]

Além dos preparativos com o mastro, havia também rebuliços na irmandade, com as eleições da nova diretoria e com os gastos com a festa. Eram muitas coisas a se fazer. Segundo consta no livro de receitas e despesas da irmandade Nossa Senhora do Rosário, os gastos com a limpeza da igreja e dos seus arredores eram consideráveis.

QUADRO I

Gastos com limpeza da igreja do Rosário para a festa de 1871

Serviço

valor

Limpeza da frente da igreja Nossa Senhora do Rosário

1#920 reis

Caiação da igreja Nossa Senhora do Rosário

1#800 reis

Ciscar a frente da igreja

640 reis

Rossar os Mattos da frente e arrancar os topos

1#980 reis

Telhas para retelhar a igreja

#900 reis

Cal

1#800 reis

Lavagem de capas, alvas, roquetes e toalhas

1#880 reis

Gomma

1#680 reis

Carpina para retelhar

1#280 reis

Cervente

1#280 reis

Fonte: LAG/C. 2º. Of. Livro de contas e recebimentos da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário. Série Diversificada. Cx. 1-1289. Doc. 1 (1856-1877).

Como se pode perceber, os preparativos da festa envolviam diferentes trabalhadores da vila no intuito de melhorar as condições da igreja para receber os devotos. Os trabalhadores envolvidos nos serviços de reparo e manutenção da igreja Nossa Senhora do Rosário eram apenas um dos gastos da irmandade. Hóstias, missas, ceras, beijuim e vinhos eram mais alguns dos gastos dos irmãos com a principal solenidade religiosa da localidade.

No dia da grande festa a população colocava cadeiras nas ruas próximas à matriz para assistir a saída da procissão. O sineiro do alto da torre comandava o ritmo da festa. Saíam o estandarte, os andores e a numerosa massa de devotos, com roupas simples e coloridas.

E ao som da música, à toada popular de conhecidas trovas, destacava-se em aparatoso andor a imagem de Santo Antônio, de tamanho natural, que recolhia cultos e louvores. A irmandade seguia com seus anjinhos de asas de seda e escomilha, de saiotes e corpinhos com lantejoulas, refletindo-lhe na pedraria dos diademas as luzes das tochas, avermelhadas e baças. E as vozes soavam mais fortes, ao choque surdo de pancadas sem eco, à queda de passos que batiam no chão. [*18]

O território flexível estava mais uma vez demarcado. Com o incenso as ruas eram demarcadas pelo sagrado, mas também pelo eco dos cantos africanos das congadas e taieiras. As vozes silenciadas ao longo do ano finalmente poderiam sussurrar suas tradições. A corte africana desfilava imponente pelas ruas de Lagarto, mostrando-se para uma plateia que lotava as calçadas do centro. O espetáculo barroco se apresentava. Os laços identitários se afirmavam. A memória social era reconstruída. O poder da população negra se afirmava na festa de seu orago.

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Licenciado, bacharel, especialista em Ciências da Religião e mestre em Educação em História pela Universidade Federal de Sergipe. Doutorando em História Social pela Universidade Federal Fluminense. Professor do curso de História da Faculdade José Augusto Vieira e nas redes municipais de ensino de Laranjeiras e Itaporanga d’Ajuda.
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Referência à vila de Nossa Senhora da Piedade do Lagarto, que foi criada no final do século XVII, onde já havia a freguesia. Apesar de ser uma das mais antigas povoações de Sergipe, a vila só foi elevada à condição de cidade no final do século XIX.
FRANCO, Candido Augusto Pereira. Compilação da Leis Provinciais de Sergipe. Aracaju: Typographia de F. das Chagas Lima, 1879, v. 1. p. 146.
Em Estância, principal núcleo urbano do sul da província de Sergipe no século XIX, processou-se uma elitização da Irmandade Nossa Senhora do Rosário, que possuía igreja própria. A elite local, que se encontrava dividida nas irmandades do Santíssimo Sacramento e Bom Jesus dos Passos, passou a ter o controle da irmandade que antes estava sob a tutela dos negros. Sobre esse tema pode ser consultado o conjunto de artigos publicados por Francisco José Alves dos Santos (1984, 1985, 1988 e 1992) e a monografia de graduação de Péricles Morais de Andrade Júnior (1998).
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MORAIS FILHO, Mello. A procissão de São Benedito em Lagarto. In: ______. Festas e tradições populares no Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, 1999. p. 70.
As informações sobre a festa de São Benedito na vila de Lagarto que constam na obra de Mello Morais Filho foram passadas por Sílvio Romero. Ao final do texto, Mello Morais Filho afirma que “disso-nos Sílvio Romero, o escritor que com tanto zelo cultiva esses assuntos, e cujo nome resplende solitário no ápice da pirâmide de nossa literatura contemporânea”. MORAIS FILHO, Mello. A procissão de São Benedito em Lagarto. In: ______. Festas e tradições populares no Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, 1999. p. 75.
MORAIS FILHO, Mello. A procissão de São Benedito em Lagarto. In: ______. Festas e tradições populares no Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, 1999, p. 69
MORAIS FILHO, Mello. A procissão de São Benedito em Lagarto. In: ______. Festas e tradições populares no Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, 1999, p. 69.
MORAIS FILHO, Mello. A procissão de São Benedito em Lagarto. In: ______. Festas e tradições populares no Brasil.Belo Horizonte: Itatiaia, 1999, p. 69.
MORAIS FILHO, Mello. A procissão de São Benedito em Lagarto. In: ______. Festas e tradições populares no Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, 1999, p. 71.