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Artigo publicado na edição nº 55 de Agosto de 2012.

O QUADRO EPIDEMIOLÓGICO DE UMA COLÔNIA DE IMIGRANTES NO BRASIL OITOCENTISTA: SANTA LEOPOLDINA - ES 1856-1877 [*1]

Tiago de Araujo Camillo [*2]

[...] Fica-se chocado com a visão de criaturas pálidas, inchadas, enfraquecidas e abatidas.[*3]

A epígrafe é parte do testemunho de um estrangeiro que passou pelo Espírito Santo em 1860. Chamava-se Johann Jakob Von Tschudi (1818-1889), funcionário do governo suíço habilitado em Medicina e História Natural[*4].

Tschudi tinha uma missão no Brasil: reportar ao governo suíço o desenrolar das colônias formadas por seus compatriotas, avaliando as condições de vida, proporcionando um referencial para a política de continuidade ou interrupção do fluxo migratório de indivíduos ao Brasil. Suas impressões acerca da saúde dos imigrantes apontam para a existência de um quadro precário, relacionado à falta de assistência médica, insuficiências alimentares e dificuldades de adaptabilidade do elemento imigrante às condições naturais e de trabalho.

Rico em informações, o texto de Tschudi evidencia as condições de saúde existentes e estimula a busca por outros testemunhos que respondam aos questionamentos sobre o processo histórico de transferência dos trabalhadores estrangeiros e sua relação com a eclosão de enfermidades. Um processo cujos pormenores ainda devem ser elucidados e que não pode ser refém do olhar diplomático do viajante.

O escopo deste trabalho não é outro senão o de trazer à baila dados acerca das doenças mais repetitivas no estabelecimento colonial de Santa Leopoldina, procedendo a uma investigação documental que visa classificar as ocorrências registradas nas fontes primárias em grupos conforme os seus fatores causadores.

Tschudi veio ao Espírito Santo para observar os suíços aqui instalados, visitando, por exemplo, a colônia de Santa Leopoldina. Sua presença na província capixaba remete a um acontecimento maior, isto é, à chegada dos estrangeiros no decorrer do século XIX e parte do século XX, quando várias nacionalidades radicaram-se no Brasil, dedicando-se às lides agrícolas ou ao trabalho urbano.

O tema da imigração foi largamente abordado na historiografia brasileira, em particular quanto às novas relações de trabalho estabelecidas em substituição ao escravismo e aos ditames estatais da política imigratória[*5].

Ao examinar o testemunho de Tschudi, verifica-se sua profunda ligação com os cantões suíços e a importância da vinda de imigrantes daquela localidade para o Brasil e Espírito Santo. Porém, apesar de ser uma das menores e menos expressivas províncias do Império, o Espírito Santo não restringiu seu processo a imigrantes suíços, tendo recebido um fluxo migratório heterogêneo que contou com europeus de diferentes lugares, norte-americanos, chineses, libaneses, sírios e turcos. Por esse motivo, Santa Leopoldina não era a única colônia de imigrantes em terras capixabas[*6].

A despeito da diversidade, faz-se necessário enfatizar: nenhum fluxo migratório marcou mais o Espírito Santo a partir do século XIX do que o europeu, com destaque para os italianos, suíços, alemães, poloneses, austríacos e espanhóis, encaminhados ora para estabelecimentos de natureza pública, como a colônia de Santa Leopoldina e Santa Izabel, a fim de preencher vazios demográficos, ora para propriedades particulares, ocupando lacunas deixadas pela gradual extinção da escravidão negra[*7].

A fundação de Santa Leopoldina data de 1856 e foi realizada pelo governo provincial. Localizava-se na região hoje denominada Central Serrana e tinha como sede o antigo “Porto de Cachoeiro” – centro do atual município de Santa Leopoldina –, no qual predominavam imigrantes de origem alemã e suíça, além de Timbuy e Santa Cruz – atuais municípios de Santa Teresa e Ibiraçu, respectivamente –, onde os italianos eram a maioria, sendo que neste último coabitavam cearenses retirantes da “Grande Seca” que havia assolado sua província de origem entre os anos de 1877 e 1879[*8] . No recorte temporal referente a este trabalho, a colônia era detentora de uma população de cerca de seis mil e quinhentos habitantes[*9].

Embora diversas críticas tenham sido tecidas por Tschudi no que concerne às precárias condições de saúde dos colonos, os documentos indicam um esforço das autoridades no controle e combate às doenças, o que se nota por meio dos registros das enfermarias, material fundamental para o conhecimento da ação estatal, da frequência e da natureza das patologias mais recorrentes.

Os registros da enfermaria da colônia de Santa Leopoldina foram gerados a partir do exercício médico diário na região, indicando o nome do paciente, origem, ocupação, idade, data de entrada e saída, a moléstia e o seu estado de saída. Em relação à ocupação, sobressaem-se indicações dos imigrantes como lavradores, pois a agricultura era a atividade primordial, marcando o processo de transferência dos estrangeiros para os trópicos. Os livros da enfermaria referem-se ao intervalo temporal de 1875-1877, onde foram registradas oitocentas e noventa entradas de indivíduos enfermos[*10].

Sobre os registros de enfermaria, é preciso considerar algumas limitações. Até o final do século XIX nenhum exame clínico profundo era realizado no âmbito da medicina a fim de identificar a enfermidade dos doentes que davam entrada em estabelecimentos médicos, estando a prática médica baseada, sobretudo, nos sintomas visíveis e naqueles declarados pelo paciente. Por isso, os registros médicos oitocentistas, ainda que abundantes, revelam quadro sintomático, gerando incertezas, sobretudo pela perspectiva peculiar acerca das doenças que o homem do século XIX possuía e pela falta de uma norma que unificasse a designação dada à morbidade identificada[*11].

Tais considerações ajudam a entender o contexto de produção da documentação, cabendo ao historiador, frente à relativa desordem, buscar a historicidade dos termos, recorrendo a fontes de outra natureza de modo a interpretar o acontecido a partir dos indícios.

O referido exercício é uma etapa fundamental para que posteriormente a doença seja analisada na vida do imigrante em termos das implicações para a dimensão das representações sociais, bem como para os caminhos terapêuticos seguidos a fim de combater as enfermidades num meio exótico. A doença é interpretada como fenômeno sociocultural, atingindo o âmbito daquilo que Burguière conceituou como “Antropologia Histórica”[*12].

Num exame dos registros da enfermaria de Santa Leopoldina, a principal questão diz respeito às causas das morbidades. Os diagnósticos estão associados às ações antrópicas sobre o ecossistema, às condições sanitárias, ao regime de trabalho e às condições alimentares, existindo a seguinte distribuição:

Tabela 1 – Distribuição de Diagnósticos Segundo os Principais Fatores Condicionantes

Fatores Condicionantes

Númeromero de Registros

Representatividade Percentual

Ações Antrópicas

337

37,8

Condições Sanitárias

120

13,5

Condições de Trabalho

104

11,7

Condições Alimentares

153

17,2

Outros Tipos de Registros

136

15,3

Não Indicados pelo Médico

40

4,5

Total

890

100

Nota-se a existência de uma gama variada de diagnósticos que fogem aos fatores condicionantes elencados, caso de uma “ferida por arma de fogo” que pode ter sido causada na caça, defesa contra animais ou por conflitos com familiares, vizinhos ou indígenas. Por outro lado, quarenta referências à entrada de imigrantes doentes na enfermaria não foram diagnosticadas, impossibilitando a classificação, muito embora reforce a impressão acerca da precariedade e falta de precisão médica.

Na categoria de enfermidades condicionadas pela ação antrópica na região de instalação da colônia, aparecem trezentos e trinta e sete registros num total de oitocentos e noventa. Fundamentalmente, são as “febres intermitentes” o diagnóstico mais recorrente nesse grupo, também indicadas como “impaludismo”, “cachexia palustre” e “febres paludosas”. Três dos quatro termos utilizados pelo médico utilizam vocábulos com prefixos ou sufixos de origem etimológica parecidos, quais sejam, “impaludismo”, “palustre” e “paludosas”, os quais estão associados às lagoas ou terrenos alagadiços.

O fato de Carlos Chagas, por exemplo, utilizar o termo “impaludismo” [*13] ao se referir à malária, em sua tese doutoral, embasa a suposição de que o médico do estabelecimento colonial de Santa Leopoldina, ao usar a expressão “febres intermitentes” e a sinonímia já mencionada, se deparava com um paciente acometido por aquela doença, cabendo ressaltar que desde a antiguidade a incidência da malária era associada à contaminação dos ares por miasmas emanados de terrenos alagados[*14].

O fim do século XIX apresentou diversos avanços na medicina. Carlos Chagas defende sua tese em 1903, o médico da colônia escreve cerca de vinte anos antes, por isso a chance da moléstia descrita ser a febre amarela é quase nula, pois embora em termos etiológicos ainda existisse grande dificuldade, em termos sintomáticos as diferenças já eram mais claras e conhecidas àquela altura.

Noutros documentos referentes à colônia de Santa Leopoldina, tanto o médico do estabelecimento como o diretor do núcleo Santa Cruz acusam a forte incidência das “febres intermitentes” ou “paludosas” como grande empecilho para o desenvolvimento da colonização. Em 1880 Aristides Armínio Guaraná – diretor da colônia – refere-se à prosperidade da colonização na região que estava sendo “contrariada pelas febres intermitentes”. No mesmo ano, o médico do núcleo Santa Cruz reclama ao governo provincial o não fechamento da enfermaria, como estava determinado devido ao que ele reconhecia como “uma epidemia de febre paludosa”, o que demonstra haver na colônia proliferação de uma mesma doença, embora designada por diferentes nomenclaturas[*15].

Por que a malária ou impaludismo estariam associados às ações antrópicas sobre o meio natural?

A princípio a classificação pode soar como anacrônica ou arbitrária. No entanto, para encontrar sua fundamentação é necessário recorrer à lógica explicativa das ciências naturais, uma vez que a ação humana é uma causa possível para a explicação de surtos e epidemias ao concorrer para o aparecimento de distúrbios no meio natural não-humano, alterando sua organização normal.

À medida que mudanças naturais causadas pela ação antrópica ocorrem, espécies animais que vivem sob condições normais tendem a se deslocar para junto dos agrupamentos humanos ou se proliferar mais rapidamente devido à falta de predadores, criando condições totalmente propícias para que doenças inexistentes ou de ocorrência tímida cresçam paulatinamente.

A documentação referente ao cotidiano e à saúde na região de Santa Leopoldina remete para um quadro que permite delinear algo extremamente próximo ao do processo de destruição da natureza e ocorrência de doenças. Basta, para tanto, considerar duas variáveis associadas: a chegada dos imigrantes e a instalação da empresa cafeeira que, somadas, determinaram uma grande pressão sobre o ecossistema[*16] .

O incremento do contingente populacional seguido da instalação de grandes lavouras de café juntamente com plantações de subsistência foi capaz de destruir o habitat natural do vetor da malária, o mosquito do gênero anopheles. Isso fez diminuir o número dos predadores, ao mesmo tempo em que os imigrantes, por conta do tipo de trabalho, estavam agora mais expostos às doenças ligadas à floresta.

Poderia uma agricultura baseada na mão de obra familiar exercer uma pressão tão extraordinária sobre o meio natural? No caso de Santa Leopoldina – talvez como exceção à regra brasileira da época oitocentista – a documentação aponta para uma resposta afirmativa. Embora a força de trabalho estivesse pautada predominantemente na mão de obra familiar, a produção de Santa Leopoldina encontrou colocação no mercado nacional e internacional, fato que estimulou a gradual ampliação da lavoura.

Voltando ao incremento populacional e à produção agrícola, são dados marcantes a ampliação do número de habitantes da colônia de 140, em 1857, para 6 mil, em 1876, e a produção de café em arrobas de 500, em 1864, para 50 mil, em 1873[*17].

Consoante aos fatores já levantados, não se pode perder de vista o que Braudel menciona acerca da presença da malária na região mediterrânica desde a antiguidade[*18] , uma vez que ao desembarcarem em terras brasileiras, especialmente os italianos, contribuíram em muito para a proliferação da doença, já que ocorreu um encontro biológico entre o homem contaminado pelo protozoário, o vetor da moléstia e homens saudáveis, isto é, novos doentes em potencial.

Salta aos olhos os registros de “febres intermitentes”. Todavia, parece que o imigrante europeu tinha que sobreviver em seu cotidiano ao ataque de outros inimigos biológicos desconhecidos, muitos dos quais invisíveis aos olhos da humanidade naquele momento.

Há lugar na classificação para os diagnósticos ligados às más condições sanitárias ou de ordem higiênica. Esses representam 13,5% ou 120 internações no total analisado e têm uma distribuição marcada pelo registro de casos de verminoses, as quais representam 53% dos registros desse grupo. Tais diagnósticos aparecem na documentação designados como “vermes”, “lumbaga”, “opilação” e “bichos”.

Atualmente conhecida como Ancilostomíase, a opilação aparece como o diagnóstico predominante, constituindo-se numa das verminoses mais recorrentes entre as populações pobres das zonas rurais brasileiras, estando desde o princípio do século XX presente na pauta das preocupações da intelectualidade envolvida com a medicina e o sanitarismo, recebendo ao longo dos anos a designação de “amarelão”, “mal da terra”, “canguari” ou “mofina”[*19].

Os casos de disenteria, febre tifoide e diarreia somados perfazem um total de 28% no grupo de registros associados às condições sanitárias. A análise desses diagnósticos não pode ser feita isoladamente, pois a diarreia, que, separada dos outros casos, aparece com uma representatividade de 23% do total das moléstias ligadas às deficiências sanitárias, é um sintoma tanto da febre tifoide, que tem apenas um caso registrado diretamente, quanto da disenteria, que possui 4%.

Podem ser identificados, ainda, casos de sarna, que aparecem em 19% dos registros, ou 23 casos listados pelo médico com essa mesma nomenclatura. Não é difícil imaginar o motivo da proliferação dessa doença, muito menos encontrar relatos documentais. Após a viagem de cerca de trinta dias que se dava em condições precárias, passava-se uma quarentena normalmente numa hospedaria localizada na Baía de Vitória. Posteriormente, os imigrantes eram alojados em barracões à espera de seus respectivos lotes. Tudo isso pode ser somado à falta de conhecimento sobre os meios de prevenir a moléstia.

Em relação aos diagnósticos que podem estar ligados às condições de trabalho na floresta, estes aparecem em 11,7% do total dos registros, ou 104 vezes. Embora contusões e ferimentos possam ocorrer fora do universo efetivo das lides agrícolas, as evidências apontam para outra realidade, onde os acidentes de trabalho eram fatos comuns.

Quando se extrapola o limite colocado pelos registros da enfermaria, é possível perceber o relato de problemas advindos do exercício de derrubada da mata. Isso reforça a impressão de que, devido à falta de conhecimentos acerca da prática de corte e queimada, os imigrantes se expunham demasiadamente aos perigos representados pela tentativa de domínio de uma realidade natural estranha com dimensões bem superiores aos bosques europeus, isto é, o ecossistema no qual eles estavam habitualmente inseridos.

Os acidentes eram fatais e deveriam trazer grande receio às testemunhas, mesmo àquelas de maior espírito aventureiro. Uma correspondência do engenheiro Adolfo Lindemberg ajuda a dimensionar o quadro:

No dia 10 de março de 1876, no ato de fazer-se uma derrubada para o arranchamento da turma que trabalhava na estrada da Vitória [...] junto ao córrego dos Perdidos, caiu uma grande árvore sobre um dos trabalhadores Favro Joseppi, italiano [...] de vinte poucos anos de idade, o qual viera ao Brasil na qualidade de colono, o choque além de produzir derramamento interno, a julgar pelo sangue que lançou em grande abundância, fraturou-lhe a perna em dois lugares e produziu uma contusão no ombro direito, a morte foi quase instantânea [...]. [*20]

No que tange aos problemas de saúde associados às condições alimentares – 153 casos –, cabe ressaltar o grande número de pacientes cujo diagnóstico apontava como causa da internação o escorbuto. A travessia do Oceano Atlântico expunha o organismo do imigrante a uma condição em que a dieta alimentar era das mais precárias, carecendo de nutrientes básicos, como o ácido ascórbico. A chegada aos trópicos agravava a situação do organismo já debilitado pela viagem, na medida em que o estrangeiro era colocado, no caso de Santa Leopoldina, numa região inóspita. Portanto, a debilidade causada pela viagem, aliada ao desconhecimento da região e à escassez de alimentos explicam a ocorrência do escorbuto e outras doenças similares[*21].

Ao examinar o quadro delineado, o observador rapidamente poderá considerar que a colonização das terras de Santa Leopoldina fracassou em poucos anos. Todavia, será um julgamento precipitado que não condiz com o curso dos acontecimentos, pois mesmo diante das injunções do meio os estrangeiros criaram formas de sobreviver, e mesmo diante da vastidão das terras foram apreendidas formas de se locomover. A escassez de remédios e alimentos proporcionou a busca de novas alternativas. Os problemas de saúde, embora retardassem o sucesso, não foram capazes de impedi-lo, residindo nesse ponto uma questão intrigante para o olhar do tempo presente, afinal: de que matizes eram as estratégias que permitiram a conquista, a fixação e o desenvolvimento dos lugares habitados?

A resposta para tal questionamento deve ser antecedida pela adoção de um pressuposto importante, qual seja, o de que o êxito do processo de imigração europeia para o Brasil no fim do século XIX dependeu de uma combinação entre fatores socioeconômicos, ambientais e culturais cujas interconexões estão por ser conhecidas.

Mais de uma frente de pesquisa pode ser explorada a partir dos elementos identificados neste artigo.

A primeira delas concerne à identificação das políticas estatais e ao conhecimento médico oficial sobre a saúde dos imigrantes, definindo, especialmente, o limite da atuação estatal, seus equívocos, ausências e conflitos com as práticas populares.

É possível e necessário cruzar dados da produção mensal e anual de café, por exemplo, com registros de enfermaria a fim de analisar períodos de eclosão de doenças e o seu impacto sobre a atividade econômica.

Para explorar outras dimensões obscuras da temática estudada, cabe perguntar ainda sobre as práticas apreendidas e utilizadas pelos estrangeiros no decorrer dos anos e transmitidas ao longo das gerações no sentido de combater as enfermidades e suas representações coletivas quanto ao “estar saudável” e ao “estar doente”. Assim, um passo importante seria dado a fim de dizer se a escolha por práticas de cura populares pautava-se simplesmente na ausência da medicina oficial ou em referências culturais de outros matizes e, da mesma forma, conhecer o papel da mulher, da religião e das plantas medicinais no cenário abordado.

A imigração imprimiu características fundamentais num Brasil em formação, o estudo da saúde e doença na vida dos adventícios possibilita a problematização não apenas da ocorrência de enfermidades e das práticas médicas em si mesmas, mas, de uma forma ampla, o conhecimento de uma parte da cultura popular na passagem do século XIX para o século XX.

Referências bibliográficas

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Agradecimentos ao CNPQ e ao Arquivo Público do Estado do Espírito Santo
Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo. Licenciado em História pela Universidade Federal de Ouro Preto e Mestre em Extensão Rural pela Universidade Federal de Viçosa. Email: tiagoaraujo@ifes.edu.br.
TSCHUDI, Johann Jakob Von. Viagem à Província do Espírito Santo: imigração e colonização suíça – 1860. Traduzido por Erlon José Paschoal. 1. ed. Vitória: Arquivo Público Estadual, 2004. p. 37.
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