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Artigo publicado na edição nº 44 de outubro de 2010.
O SABER MEDICINAL, A SALUBRIDADE E A PRODUÇÃO DE SIGNIFICADOS NAS CRÔNICAS DO SÉCULO XVI

Rubens Leonardo Panegassi[*1]

As expansões marítimas das monarquias católicas ibéricas iniciadas na transição do século XV para o XVI contribuíram notavelmente para o processo de dilatação do espaço europeu. Frente a isso, o historiador Serge Gruzinsky (2001) observa que esse fenômeno colaborou com a difusão do imaginário e do saber da Europa pelo mundo. Entretanto, matiza o autor, “seria errado reduzir estes espaços unicamente em termos de expansão do Ocidente ou de os pensar exclusivamente em termos de ocidentalização.”(Il serait trompeur de ramener ses espaces à celui de l’Occident ou de les penser exclusivement en terme d’occidentalisation)[*2]. Em sua perspectiva, a integração de inúmeras plantas exóticas ao seio da farmacopeia tradicional do Velho Mundo revelaria um movimento que, antes, convergeria para a Península Ibérica, ao invés de lá ter sua origem. E, de fato, como sugere o autor no caso do tabaco, o consumo da erva transcendeu rapidamente a fronteira das Américas para ganhar adeptos também na Europa[*3].

Diante dessa situação, vale notar que as categorias relacionadas ao saber medicinal, bem como às noções de salubridade, desempenhariam um papel de considerável importância na integração do mundo natural americano ao conhecimento europeu. Nesse sentido, a questão que se pretende colocar neste artigo difere substancialmente da perspectiva de Serge Gruzinsky, uma vez que, antes mesmo das trocas realizadas no âmbito da cultura material e de seu consumo, é preciso atentar para o processo que orientou as escolhas nesse universo de possibilidades que o mundo natural americano representou aos europeus do início da Época Moderna. Na pena de inúmeros cronistas originários do Velho Mundo, é notável que os aspectos ligados à salubridade possuem inegável relevância nas escolhas e na familiarização com a natureza de um Novo Mundo que então se revelava.

Notemos, primeiramente, que o saber medicinal e as noções de salubridade ligadas às plantas e a outros produtos estão presentes em inúmeras fontes históricas. Apenas para citar um exemplo clássico, lembremos que o escritor Pedro Nava atentou para as diversas plantas terapêuticas mencionadas no poema épico Os Lusíadas: lima-da-pérsia, sândalo, cravo-da-índia, cânfora-de-bornéo, canela-do-ceilão, enfim, uma série de plantas que forneciam aquilo que o poeta português chamou de “droga salutífera e prestante”[*4].

De fato, essa modalidade de conhecimento viria a ser fundamental nas relações entre Velho e Novo Mundo. Vejamos, nesse sentido, que até mesmo o clima podia encerrar qualidades que variavam de remédio a veneno, dependendo das circunstâncias. O cronista Pero de Magalhães Gândavo relatou que na Província de Santa Cruz havia inúmeros animais e bichos venenosos devido à “disposição da terra e dos climas que a senhoreiam”[*5]. E sua explicação para tal fenômeno é a seguinte:

como os ventos que procedem da terra se tornam infeccionados das podridões das ervas, matos e alagadiços, geram-se com a influência do sol, que nisto concorre, muitos e mui peçonhentos animais, que por toda terra estão esparzidos, e a essa causa se criam e acham nas partes marítimas e pelo sertão adentro infinitos.[*6]

Entretanto, ainda que fazendo uso dessa mesma modalidade de conhecimento, o jesuíta Fernão Cardim apresenta outra perspectiva absolutamente distinta da do cronista. Para ele,

O Clima do Brasil geralmente é temperado de bons ares, delicados, e salutíferos ares, donde os homens vivem muito até noventa, cento e mais anos, e a terra é cheia de velhos; geralmente não tem frios, nem calmas, ainda que do rio de janeiro até São Vicente há frios, e calmas, mas não muito grandes; os céus são muitos puros e claros, principalmente de noite; a lua é muito prejudicial à saúde, e corrompe muito as coisas; as manhãs são salutíferas, têm pouco de crepúsculos, assim matutinos, como vespertinos, porque, em sendo de manhã, logo sai o sol, e em se pondo logo anoitece.[*7]

Como se pode observar, é nítida a menção sobre o caráter medicinal do clima da terra. Em outra crônica, é possível notar o quanto essas qualidades medicinais da terra poderiam até mesmo tornar a arte médica artigo dipensável: “a terra é fértil e amena, e tão sadia do seu natural que quase escusa medicina alguma; ali se morre de doença por acaso; antes, acabam quase todos minados da velhice”[*8].

É evidente que uma terra tão sadia deveria ser rica em substâncias benéficas. Contudo, para compreender a relação existente entre o clima, a terra e a salubridade, e não do que nela há, vale recuperar, em síntese, alguns apontamentos que foram desenvolvidos com maior rigor e autoridade por Michel Foucault. Segundo ele, até o final do século XVI, o saber ocidental operava por meio de um sistema de afinidades e semelhanças[*9], cuja trama semântica possuía quatro figuras principais. São essas quatro figuras de suma importância que serão aqui recuperadas: primeiramente, Foucault menciona a convenientia, que atuava como signo de parentesco no qual os diferentes seres se ajustavam – “a planta comunica com o animal, a terra com o mar, o homem com tudo que o cerca”[*10].

A segunda figura mencionada é a aemulatio, que operava como signo produtor de correspondências especulares, anulando as distâncias próprias das coisas. Essa figura, ainda que elimine as distâncias, mantém uma descontinuidade por meio da rivalidade. Desse modo, o mundo se constituía pela autonomia das coisas, que permitia seu encadeamento por reflexão e, simultaneamente, por emulação[*11].

A terceira figura é a analogia, que proporcionava a aproximação entre todas as figuras do mundo, fazendo-as convergir para o homem. Esse se constituía como o centro no qual todas as relações se apoiavam[*12]. Por último, seguia-se a simpatia, que incitava a aproximação entre as coisas mais distantes, convertendo-as em equivalentes idênticos. Todavia, essa figura era compensada pela operação inversa, presente na figura da antipatia. A operação conjunta de ambas permitia a aproximação das coisas do mundo, sem que essas perdessem sua singularidade[*13].

É esse sistema de afinidades e semelhanças que permite aos cronistas do século XVI presumirem que as diversas substâncias contidas em árvores, arbustos ou ervas americanas eram saudáveis ou não aos corpos humanos. Nessa perspectiva, até no tabaco poderiam ser encontradas virtudes, mesmo tendo sido em função de seu consumo, que o ex-donatário da Capitania do Espírito Santo, Vasco Fernandes Coutinho, encontrou a excomunhão[*14]. Com efeito, na pena do humanista Damião de Góis, sua utilização adequada poderia fazer milagres:

Há muitas ervas odoríferas e medicinais, delas diferentes das nossas, entre as quais há a que chamamos de fumo, e eu chamaria erva santa, a que dizem eles chamam petum, de cuja virtude poderia aqui, por coisa milagrosa de que eu vi a experiência, principalmente em casos desesperados, de apostemas ulceradas, fístulas, caranguejas, pólipos, frenesis e outros muitos casos.

Como já foi apontado, o consumo do tabaco encontraria um número significativo de adeptos no continente europeu. Contudo, assim como a erva do tabaco, outros vegetais eram avaliados a partir de suas propriedades curativas. A própria mandioca encerrava qualidades médicas. De acordo com Fernão Cardim, do tubérculo curado ao fumo, “se fazem muitas maneiras de caldos que chamam mingaus, tão sadios, e delicados que se dão aos doentes de febres em lugar de amido”[*16]. Por sua vez, o cronista Gabriel Soares de Sousa aponta para o fato de que as raízes curtidas eram utilizadas para a cura de postemas[*17]. É esse mesmo cronista quem enumera diversos outros gêneros que possuem virtudes medicinais. Entre eles o umbu, o jenipapo, o guti, a curuanha, o araçá, o araticu, o pino e, por fim, a pindoba,a partir da qual os nativos faziam “azeite para suas mezinhas”[*18].

Ainda nesse sentido, de atribuir qualidades médicas aos gêneros alimentícios, não deixa de ser ilustrativo o exame dos alimentos nativos da terra, que oportunamente foi feito pelo padre Luís da Grã em uma carta de 1554, na qual o religioso notava que, embora abundantes, os mantimentos eram “úmidos”[*19].

Vale notar que o princípio taxonômico que orienta Luís da Grã deriva da doutrina humoral herdada da medicina hipocrática que vigorou ao longo de toda a Antiguidade Clássica. Raymond Klibansky, Erwin Panofsky e Fritz Saxl sugerem que a doutrina humoral foi recuperada pela filosofia escolástica no Ocidente, em especial a partir da primeirta metade do século XII.[*20].

De acordo com a medicina da Antiguidade, a comida era fundamental para a saúde. Contudo, era preciso saber quais eram as características específicas de cada gênero alimentar. Daí, por exemplo, a prática comum no decorrer do século XVI de se distinguir cada planta “segundo o gosto, o cheiro, a comestibilidade e, acima de tudo, o seu valor medicinal, não raro subdividindo-as conforme a parte do corpo que pudessem curar”[*21]. Segundo Keith Thomas, esse método de classificação remonta a autores clássicos como Teofrasto, Dioscórides e Plínio. Por sua vez, essas características estavam relacionadas à compreensão do funcionamento do organismo humano pela medicina hipocrática[*22].

A medicina hipocrática concebia o corpo humano a partir da teoria dos quatro humores. Nascida a cerca de 400 anos a.C., a doutrina dos humores aliava as especulações da filosofia natural às evidências empíricas da fisiologia e da prática médica. Segundo essa doutrina, havia quatro humores que agiam sobre o comportamento humano. Embora todo indivíduo contivesse em si os quatro humores, era o predominante que determinava suas características particulares. Os humores eram a bile negra, a fleuma, a bile amarela e o sangue. Assim, a bile negra predominava nos indivíduos de caráter frio e seco; a fleuma remetia ao caráter frio e úmido; a bile amarela era característica dos indivíduos de temperamento quente e seco; a calidez e a umidade eram qualidades daqueles cujo humor predominante era o sangue[*23].

Segundo essa doutrina, a saúde e a doença se manifestavam de acordo com o equilíbrio ou o desequilíbrio dos humores naturais de cada corpo humano. Com isso, a saúde seria o equilíbrio entre as diferentes qualidades, enquanto a doença estaria na predominância de uma delas. Por sua vez, os alimentos também possuíam estes elementos, e a falta ou o excesso de um ou outro elemento no corpo humano poderia ser corrigido por meio do consumo dos alimentos corretos, fossem eles secos, úmidos, quentes ou frios[*24]. Por meio da absorção e digestão dos alimentos, se restabeleceria o equilíbrio necessário à saúde.

É, portanto, alinhado a esse horizonte cultural que se pode compreender as características atribuídas pelas crônicas do século XVI a inúmeros gêneros alimentícios, principalmente às frutas. Do caju, Pero de Magalhães Gândavo nota que “sua natureza é muito fria”[*25]. Informação que é ratificada por Gabriel Soares, que além da constatação da frialdade da fruta, alude às suas utilizações:

A natureza destes cajus é fria, e são medicinais para doentes de febres, e para quem tem fastio, os quais fazem bom estômago e muitas pessoas lhes tomam o sumo pelas manhãs em jejum, para conservação do estômago, e fazem bom bafo a quem os come pela manhã, e por mais que se coma deles não fazem mal a nenhuma hora do dia, e são de tal digestão que em dois credos se esmoem.[*25]

Contudo, Gabriel Soares nota que a castanha da fruta é de natureza quentíssima[*27]. Tal como o caju, há outras frutas de natureza fria, assim é o cajá[*28],o umbu[*29],o maracujá[*30], todas receitadas para doentes de febres. Por outro lado, a antítese dessas frutas é o ananás: de natureza quente e úmida[*31], era considerada muito prejudicial para os doentes de febres[*32].

Era ainda no interior desse sistema de afinidades que a qualidade dos seres se comunicava por meio de correspondências e semelhanças e que a riqueza da terra encontrava, também, equivalência nas águas que a banhavam. Em sua famosa carta Mundus Novus, Américo Vespúcio já notava, em 1503, que a terra era “abundante em grandíssimos rios, banhada de saudáveis fontes”[*33]. Pouco mais de cinquenta anos depois, o relato do florentino era confirmado pela experiência do padre jesuíta Juan de Azpicuelta Navarro. Ao descrever a região que circunda o Rio São Francisco, o religioso notava que “as terras que se encontram ao redor deste rio e ainda trinta léguas ao redor são muito formosas e sãs.” (las tierras que están al derredor deste río, y trynta leguas y aún más al derredor, son muy hermosas y llanas)[*34] . Com efeito, essa abundância de águas permite compreender a umidade atribuída aos mantimentos da terra pelo padre jesuíta Luís da Grã.

Assim como o clima, os vegetais e as águas possuíam qualidades medicinais, certos peixes e animais terrestres também poderiam ser ou não saudáveis para o consumo. Em carta destinada ao padre Inácio de Loyola, Luís da Grã afirmava que o pescado na Terra do Brasil era gostoso e saníssimo[*35] . Assim como a do religioso, outras descrições da ictiofauna americana apontavam para sua salubridade. Foi nesse sentido que Gabriel Soares notou, por exemplo, que o guirá, “além de ser gostoso é muito sadio”[*36] . Ou as arraias, que também eram tidas como “saborosas e sadias”.[*37] Além dessas, é possível encontrar outras espécies com as mesmas qualidades, como o piracuca, as abróteas ou as ubaranas. Todos de água salgada. Contudo, certos peixes de água doce não escapam a esse critério de classificação, como é o caso do tamutá[*38].

Alguns peixes alcançavam, inclusive, certa especialização em sua aplicação medicinal. É o caso do uacari, cuja pele “os índios têm por contrapeçonha para mordeduras de cobra”[*39] , ou o guaraguá, que porta uma pedra entre os miolos da cabeça e cujas virtudes são notáveis “contra a dor de pedra”[*40] . Gabriel Soares dedica todo um capítulo às castas de peixe medicinal, dentre os quais se pode mencionar o jaguaraçá, o piraçaquém, o bodião, o tucupá e o guaibiquati, em geral considerados saborosos e leves para doentes[*41].

Com relação aos animais terrestres, as menções à salubridade são mais moderadas se comparadas aos peixes. O que se nota em alguns casos é a contraindicação do consumo de algumas espécies, tal como a do tajaçu, “carregada para quem não tem boa disposição”[*42] , ou das capivaras, “carregada para quem não tem saúde”[*43] . Contudo, há certos animais cuja utilização medicinal aparece de modo bastante especializado, como é o caso dos ossos de anta, os quais, “queimados e dados a beber, são bons para estancar câmaras”[*44]; ou a carne dejagurecaca, também considerada boa para “estancar câmaras de sangue”[*45] . Todavia, não se pode dizer que esses dois gêneros fossem compreendidos efetivamente como alimentos. Por sua vez, o aperiá certamente se enquadra nessa categoria e, dele, Gabriel Soares notou que a carne era “muito boa, sadia e saborosa”[*46] . De fato, dentre a fauna terrestre, a espécie a que mais se atribuiu qualidades medicinais foi a dos cágados: entre as diferentes castas descritas, a carne do jabuti e do jabuti-mirim foram cosideradas as mais medicinais e sadias para os doentes[*47].

O que fica mais evidente da leitura dessas crônicas é que as bases conceituais que orientaram a percepção do mundo natural americano possuem um franco prisma derivado do saber médico europeu. Pode-se sugerir, inclusive, que ele se configurou como um instrumento epistemológico que dava lógica e sentido aos referenciais cognitivos europeus. Portanto, ele compõe um dos elementos que permitem a familiarização dos europeus com o Novo Mundo que se descortinava.

Esse fenômeno não atenta para as práticas e os saberes tradicionais autóctones. Em suma, ele desloca todo o mundo natural para o prisma europeu. Por meio desse sutil instrumento de reelaboração e assimilação de um saber outro, o conhecimento médico da cristandade ocidental sanifica[*48] a natureza americana e impede a assimilação das “propriedades culturais” nativas do mundo natural. Em última instância, o poder terapêutico da terra serviria de estímulo à colonização, uma vez que possibilitaria a eventual recuperação de possíveis enfermidades, tal como relatou o irmão José de Anchieta em carta ao padre Inácio de Loyola: “um Irmão nosso, que viera doente de Portugal [...] veio para aqui e começou a alimentar-se das nossas comidas pobríssimas, pôs-se robusto”[*49]. Enfim, a desassociação dos usos do mundo natural em seu contexto nativo significou, para o estrangeiro colonizador, a instauração de novos horizontes de significado desse universo.

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Graduado em Comunicação Social pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e em História pela Universidade de São Paulo (USP). É mestre em História Social pela USP, instituição na qual, atualmente, desenvolve seu projeto de doutoramento. Este artigo é o resultado parcial da pesquisa de mestrado, intitulada O mundo universal: alimentação e aproximações culturais no Novo Mundo ao longo do século XVI, que contou com o financiamento da FAPESP.
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Cf. GRUZINSKI, Serge. Les mondes mêlés de la Monarchie Catholique et autres ‘connected histories’. Annales HSS. Janv. – févr. n. 1, p. 94. 2001.
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SOUSA, Gabriel Soares de. Tratado descritivo do Brasil em 1587; edição castigada pelo estudo e exame de muitos códices manuscritos existentes no Brasil, em Portugal, Espanha e França, e acrescentada de alguns comentários por Francisco Adolfo de Varnhagen. São Paulo: Companhia Editora Nacional; Brasília (DF): INL, 1987. p. 197.
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Cf. MAZZINI, Innocenzo. A alimentação e a medicina no mundo antigo. In: FLANDRIN, Jean-Louis; MONTANARI, Massimo. História da alimentação. Traduzido por Luciano Vieira Machado e Guilherme J. F. Teixeira. São Paulo: Estação Liberdade, 1998. p 254 – 265.
Ver KLIBANSKY, R.; PANOFSKY, E.; SAXL, Fr. Saturne et la mélancolie. Études historiques et philosophiques: nature, religion, medicine et art. Traduit par Fabienne Durand-Bogaert et Louis Évrard. Paris: Gallimard, 1989. p. 31- 48.
Ver MAZZINI, Innocenzo. “A alimentação e a medicina no mundo antigo”. In: FLANDRIN, Jean-Louis e MONTANARI, Massimo. História da alimentação. Traduzido por Luciano Vieira Machado e Guilherme J. F. Teixeira. São Paulo: Estação Liberdade, 1998. p 254 – 265.
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SOUSA, Gabriel Soares de. Tratado descritivo do Brasil em 1587; edição castigada pelo estudo e exame de muitos códices manuscritos existentes no Brasil, em Portugal, Espanha e França, e acrescentada de alguns comentários por Francisco Adolfo de Varnhagen. São Paulo: Companhia Editora Nacional; Brasília (DF): INL, 1987. p. 279.
SOUSA, Gabriel Soares de. Tratado descritivo do Brasil em 1587; edição castigada pelo estudo e exame de muitos códices manuscritos existentes no Brasil, em Portugal, Espanha e França, e acrescentada de alguns comentários por Francisco Adolfo de Varnhagen. São Paulo: Companhia Editora Nacional; Brasília (DF): INL, 1987. p. 285 e 286.
SOUSA, Gabriel Soares de. Tratado descritivo do Brasil em 1587; edição castigada pelo estudo e exame de muitos códices manuscritos existentes no Brasil, em Portugal, Espanha e França, e acrescentada de alguns comentários por Francisco Adolfo de Varnhagen. São Paulo: Companhia Editora Nacional; Brasília (DF): INL, 1987. p. 249.
SOUSA, Gabriel Soares de. Tratado descritivo do Brasil em 1587; edição castigada pelo estudo e exame de muitos códices manuscritos existentes no Brasil, em Portugal, Espanha e França, e acrescentada de alguns comentários por Francisco Adolfo de Varnhagen. São Paulo: Companhia Editora Nacional; Brasília (DF): INL, 1987. p. 250.
SOUSA, Gabriel Soares de. Tratado descritivo do Brasil em 1587; edição castigada pelo estudo e exame de muitos códices manuscritos existentes no Brasil, em Portugal, Espanha e França, e acrescentada de alguns comentários por Francisco Adolfo de Varnhagen. São Paulo: Companhia Editora Nacional; Brasília (DF): INL, 1987. p. 244.
SOUSA, Gabriel Soares de. Tratado descritivo do Brasil em 1587; edição castigada pelo estudo e exame de muitos códices manuscritos existentes no Brasil, em Portugal, Espanha e França, e acrescentada de alguns comentários por Francisco Adolfo de Varnhagen. São Paulo: Companhia Editora Nacional; Brasília (DF): INL, 1987. p. 249.
SOUSA, Gabriel Soares de. Tratado descritivo do Brasil em 1587; edição castigada pelo estudo e exame de muitos códices manuscritos existentes no Brasil, em Portugal, Espanha e França, e acrescentada de alguns comentários por Francisco Adolfo de Varnhagen. São Paulo: Companhia Editora Nacional; Brasília (DF): INL, 1987. p. 254.
SOUSA, Gabriel Soares de. Tratado descritivo do Brasil em 1587; edição castigada pelo estudo e exame de muitos códices manuscritos existentes no Brasil, em Portugal, Espanha e França, e acrescentada de alguns comentários por Francisco Adolfo de Varnhagen. São Paulo: Companhia Editora Nacional; Brasília (DF): INL, 1987. p. 255.
Sobre esta categoria Cf. NORTON, Marcy. Tasting Empire: Chocolate and the European Internalization of Mesoamerican Aesthetics. In: AHR 111, n. 03, p. 660–691, Jun. 2006.
ANCHIETA, José de. “Carta do Ir. José de Anchieta ao P. Inácio de Loyola, Roma. São Paulo de Piratininga [1 de setembro de] 1554”. In: Cartas dos primeiros jesuítas do Brasil. Tomo 2. Serafim Leite (org.). São Paulo: Comissão do IV centenário da cidade de São Paulo, 1954. p. 112.